Lamentável, diz Embaixador da UE sobre Trump sair do Acordo de Paris

 

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Donald Trump foi o centro das atenções no Jornal da CBN. Verdade seja dita, não fomos nada original ao fazer isso. Todo site de notícia que você abrisse nesta manhã de sexta-feira, daqui ou do estrangeiro, tinha a cabeleira do Trump em destaque, geralmente abaixo de uma manchete escandalosa sobre a decisão adotada por ele de tirar os Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris.

 

Kennedy Alencar, em A Política Como Ela É, lembrou que “pessoas poderosas costumam achar que podem fazer tudo sem limites”.

 

Arthur Xexeo e Carlos Heitor Cony, em Liberdade de Expressão, concordaram que o anúncio foi um tiro no pé.

 

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Os meninos do Hora de Expediente, Dan Stulbach, Teco e Zé Godoy, fecharam questão, com apoio da maioria dos ouvintes que falou pela redes sociais: Trump foi o Gongo da Semana.

 

De minha parte, o ato falho ao chamar o Acordo de Paris de Acordo de Paz, cometido em um momento qualquer do programa, permitiu-me pensar sobre esta comparação. Afinal, é mais do que sabido que, no futuro, se Trump não fizer  estripulias ainda maiores na Casa Branca, as guerras entre países serão na busca de recursos naturais. A água, principalmente.

 

Aliás, Trump é um cara curioso. No comando dos Estados Unidos, ele é um risco permanente que pode acabar com o mundo em uma só tacada, provocando uma guerra nuclear, ou de forma parcelada, com a destruição do meio ambiente.

 

Apesar do susto diante do anúncio feito pelo presidente americano, prefiro ficar com a opinião do embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho, que prevê reações contrárias dentro do próprio país, com governadores de alguns estados americanos perseverando nas medidas para reduzir o aquecimento global.

 

Conversei com Cravinho logo no início do Jornal da CBN para ter uma ideia da repercussão  nos países da União Europeia frente ao anúncio de Donald Trump. Reproduzo aqui a conversa com o embaixador, que considerou lamentável o recuo dos Estados Unidos, depois das longas negociações que culminaram com o Acordo do Clima de Paris, em 2015. Lamentável, mas não definitivo.

 

Pra entender porque  Cravinho acredita que nem tudo está perdido, ouça a entrevista:

 

A Rio 2016 por americanos, ingleses e argentinos

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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No Hora de Expediente, quadro apresentado no Jornal da CBN, dessa segunda-feira, ao avaliar as Olimpíadas do Rio, de passagem se indagou sobre a importância da opinião dos estrangeiros.

 

Do ponto de vista da cidade sede é evidente que um dos objetivos é divulgar a imagem que a torne conceituada e seu nome passe qualificação para eventos, turismo, produtos e serviços. Daí fica incontestável o valor de saber como os outros países julgaram os acontecimentos da Rio 2016.

 

Fomos então ao INDEKX, site que apresenta os principais jornais e revistas do mundo, e buscamos três países importantes e prestigiados veículos de comunicação. Encontramos as seguintes conclusões:

 

New York Times (Estados Unidos):

 

“Nas areias de Copacabana e olhando para o Atlântico, ao fim dos jogos do Rio. De um lado o futebol e o vôlei com o ouro olímpico. Perfeito final. De outro as premissas de doenças pela poluição das águas e da zika causando uma crise global de saúde. E agora, quando tudo terminou não houve mosquitos e nenhum atleta adoeceu pelas águas.”

 

The Guardian (Inglaterra):

 

“Os destaques da Rio 2016 – Bolt três ouros, Grã Bretanha medalhas como nunca, Phelps, Lochte mentiroso e polícia brasileira eficiente, Fiji primeiro ouro em sua história, assentos vazios, oiscina verde. Tivemos de tudo afinal.”

 

La Nación (Argentina):

 

“Os fatos marcantes das Olimpíadas do Rio: Usain Bolt o rei da velocidade riu de todos, Phelps e a revanche pessoal, Joseph Schooling ganhou do ídolo da foto, Rafaela Silva da favela à gloria, Simone Biles a menina plástica, Brasil e a alegria do futebol com Neymar Jr., o pulinho de Shaunae Miller para ganhar os 400m, Fiji a fantasia do rugby 7, o Dream Team, um clássico”.

 

Pela amostra acima, podemos concluir que afinal a Rio 2016 marcou positivamente.

 

O exterior também leu de forma correta o que foi oferecido nos shows de apresentação e encerramento. Pena que ainda há brasileiros como Nelson de Sá, que a respeito do encerramento, escreveu na Folha: “contraste com Tóquio foi cruel”.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.