Quando a inteligência artificial bate à porta do RH

Reprodução da palestra no Open Talent Summit 2025


A inteligência artificial deixou de ser um assunto restrito a engenheiros, laboratórios e áreas de tecnologia. Ela passou a disputar espaço na mesa onde se tomam decisões sobre gente, cultura e liderança. Esse deslocamento muda o jogo dentro das empresas — e reposiciona o RH no centro da estratégia..

Essa percepção ficou clara para mim ao ouvir Ryan Bulkoski, da Heidrick & Struggles, executivo global da área de dados e inteligência artificial, um dos convidados do Open Talent Summit 2025. O evento promovido pea Chiefs.Group,  uma plataforma de “executivos sob demanda”, foi realizado em São Paulo. 

Ryan lida há anos com a contratação de lideranças em inteligência artificial para grandes companhias. Segundo ele, até pouco tempo atrás, esse tema ficava restrito aos times técnicos. Hoje, quem puxa a conversa é o RH. Não por acaso. A inteligência artificial não é apenas uma nova ferramenta. Ela muda a forma como as pessoas trabalham, aprendem e se relacionam dentro das organizações.

Um ponto me chamou atenção: Ryan insiste que o maior desafio da IA não é técnico, é mental. A ideia de que alguém “é dono” da inteligência artificial perdeu sentido. Ela atravessa todas as áreas. Por isso, passou a aparecer até em descrições de cargos que nada têm de tecnológicos. Espera-se que líderes compreendam, estimulem e saibam conversar sobre o tema — mesmo sem dominar o funcionamento interno das ferramentas.

Nesse cenário, a humildade virou ativo. Executivos que dizem “ainda estou aprendendo” criam ambientes mais seguros. Especialmente para os mais jovens. A liderança, aqui, deixa de ser a do especialista que sabe tudo e passa a ser a de quem convida para o aprendizado coletivo.

Ryan evita discursos grandiosos sobre resultados. Prefere exemplos simples. Recrutadores que ganham tempo com triagens automatizadas. Gestores que usam IA para estruturar feedbacks difíceis. Conselheiros que trocam horas de preparação por minutos de leitura assistida. O ganho aparece quando sobra tempo, clareza e energia humana.

Outro dado revelador: hoje, praticamente todas as buscas por executivos já incluem alguma exigência relacionada à inteligência artificial. Não apenas para cargos técnicos, mas para conselheiros, CEOs e líderes de áreas tradicionais. Não se trata de saber programar. Trata-se de não ficar fora da conversa.

O medo, claro, acompanha a mudança. Ryan defende que a melhor resposta não é discurso, mas exemplo. Líderes que mostram como usam IA — inclusive expondo dúvidas e limitações — ajudam a criar confiança. Vulnerabilidade, nesse caso, não enfraquece. Aproxima.

No fim, ficou uma ideia difícil de ignorar. O maior risco de não avançar na agenda de inteligência artificial não é tecnológico. É humano. Talentos deixam empresas que parecem lentas, fechadas ou pouco dispostas a aprender. A cultura envelhece antes do negócio.

A inteligência artificial pode até assustar. Mas, como lembrou Ryan, outras grandes transformações também causaram receio. Estradas, ferrovias, energia. Ajustes vieram, mas a infraestrutura ficou. Com a IA, tudo indica que estamos apenas no começo.

Cabe à liderança decidir como atravessar esse caminho: espalhando medo ou convidando à curiosidade. A tecnologia, no fim das contas, não escolhe – ao menos não deveria. Quem escolhe somos nós.

Mundo Corporativo: Carolina Junqueira, do Grupo Globo, ensina que compliance começa com o diagnóstico dos riscos da empresa

Gravação da entrevista de Carolina Junqueira. Foto: Priscila Gubiotti/CBN

“Não se apaixone pelo seu programa de compliance.”

Carolina Junqueira, Grupo Globo

A reputação de uma empresa pode ser abalada por uma única falha ética. E manter o comportamento institucional alinhado com a lei e os princípios morais não depende apenas de cartilhas formais, mas da atuação consistente de lideranças e da criação de um sistema de governança que vá além do discurso. Esse é o foco da entrevista com Carolina Junqueira, diretora de riscos e compliance do Grupo Globo, no programa Mundo Corporativo.

“Entender qual o perfil de risco da empresa e concentrar os seus recursos no enfrentamento daquelas questões é a melhor forma de criar um programa de compliance eficiente”, afirma Carolina. Segundo ela, o compliance não deve ser visto como uma área distante, e muito menos como um “repositório” de problemas que ninguém sabe resolver. “Compliance não pode ser um instrumento de resolução de conflitos, se não existem outros mecanismos na empresa para isso.”

Liderança, confiança e regras claras

A diretora do Grupo Globo destaca que o papel das lideranças é “fundamental para pautar o tom das relações, identificar questões nas equipes e criar um ambiente em que a resolução de conflitos seja possível antes que vire uma questão ética”. Essa perspectiva reforça a ideia de que o compliance não pode ser isolado num departamento, mas deve permear toda a cultura organizacional.

Na prática, isso se traduz em três pilares: clareza das regras, canais seguros de denúncia e atuação independente do compliance. “Quando você tem uma regra clara, fica mais fácil cobrar o cumprimento dessa regra”, afirma. Na Globo, esse conjunto está formalizado no código de ética e conduta, que é conhecido por funcionários, parceiros e prestadores de serviço.

Outro ponto sensível é o sigilo no tratamento das denúncias. “Essa confidencialidade é uma forma de proteger o sistema como um todo”, explica Carolina, ao lembrar que o cuidado com os envolvidos garante a confiança no processo. “As pessoas se sentem mais estimuladas a nos procurar quando sabem que o relato será tratado com respeito e discrição.”

Compliance é para todos

Ainda que muitas vezes seja visto como algo restrito às grandes empresas, o compliance é igualmente relevante para pequenos negócios. “Primeiro, olha o risco que você corre”, alerta Carolina. Até mesmo um pequeno comércio pode ter interações com agentes públicos, estar sujeito a legislações trabalhistas ou correr o risco de falhas éticas no ambiente interno. “Compliance é conformidade com as leis e regulamentos que se aplicam ao seu negócio.”

A recomendação é que, independentemente do porte, o empreendedor identifique os principais riscos do seu setor e adote mecanismos simples para prevenir desvios. Isso pode começar com um código de conduta, um canal seguro de escuta e um comitê ético com autonomia para analisar relatos. “Mesmo em empresas menores, a estrutura pode existir de forma proporcional à realidade”, reforça.

Carolina também aponta que a diversidade nas equipes de compliance é uma vantagem estratégica. “Esse conhecimento do dia a dia, da realidade das pessoas, ajuda muito na avaliação dos casos e gera acolhimento para quem nos procura.”

Ouça o Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast.

Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves, Priscila Gubiotti e Letícia Valente.

Mundo Corporativo: Márcia Lourenço revela como a Allianz Seguros transforma sua cultura organizacional

Márcia Lourenço foi entrevista no Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti CBN

“A cultura é a alma do negócio. Se você não entende a cultura, você não entende o negócio.”

Márcia Lourenço, Allianz Seguros

A transformação cultural em uma empresa vai muito além do escopo do RH. Ela se infiltra em todos os setores e precisa estar alinhada aos valores e à missão organizacional. Para Márcia Lourenço, diretora executiva de Recursos Humanos, Comunicação e Sustentabilidade da Allianz Seguros, o processo é como “colocar o RH dentro do negócio e o negócio dentro do RH.” Segundo ela, essa transformação exige “escutar mais, estar com as pessoas para ouvir e entender as necessidades reais.” O tema foi discutido em sua participação no programa Mundo Corporativo, onde Lourenço compartilhou as iniciativas da Allianz para reformular sua cultura organizacional.

Uma liderança ativa e comprometida

Na visão de Márcia Lourenço, a transformação cultural só acontece quando a liderança acredita e promove a mudança diariamente. “Transformação cultural não é um programa de RH. É da empresa. RH é um instrumento, mas o ‘start’ vem da liderança. Não tem jeito.” A executiva acredita que a cultura empresarial precisa ser um reflexo genuíno dos valores da companhia, algo que inspire os colaboradores e promova um senso de pertencimento. Esse envolvimento da liderança é crucial para que o processo não se resuma a palavras “bonitas na parede,” mas se torne uma prática cotidiana e vivenciada por todos.

Esse compromisso tem norteado a Allianz a adotar uma estratégia de proximidade com seus colaboradores e clientes. Lourenço descreve como, no esforço de descentralizar e democratizar a comunicação, a empresa promoveu encontros regulares e coletou feedbacks diretos das equipes. “Eu viajo muito e faço mini comitês, onde os colaboradores podem trazer suas dúvidas, crenças e até críticas, porque a cultura também é feita desse diálogo franco.”

O papel da escuta ativa e da proximidade

Para Lourenço, um dos pilares dessa transição é a prática da escuta ativa e a presença junto aos colaboradores. “RH tem que estar com ouvido no trilho, estar lá no negócio para ouvir de verdade.” Segundo ela, esse movimento cria uma conexão mais profunda com as necessidades e expectativas dos colaboradores, impactando diretamente o compromisso deles com a transformação proposta.

Outro ponto importante é a adaptação da cultura da Allianz ao contexto global e ao mesmo tempo local. Apesar de ser parte de um grupo internacional, a Allianz no Brasil tem liberdade para moldar sua cultura de acordo com as particularidades do mercado e dos colaboradores brasileiros. “Nós asseguramos o futuro de nossos clientes e colaboradores. Esse propósito permeia todas as operações, mas com uma identidade que respeita as realidades locais.”

Assista ao Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Letícia Valente.

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: o papel estratégico do RH

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“Marcas sem um propósito são marcas sem alma” 

Jaime Troiano

“Você está sendo chamado no RH!”. Eita frase que ainda deixa muita gente de cabelo em pé na firma, não?!? Vem de um tempo que ao setor de recursos humanos só cabia contratar e demitir — também fazia folha de pagamento, cuidava do cartão de ponto e, em alguns casos, da festa de fim de ano. Isso é passado. Ainda bem. Até porque muitos dos profissionais da área têm formação de ciências humanas e dispõem de uma sensibilidade que não se limita mais as “quatro linhas”.  Foi desta disposição e conhecimento que surgiu o conceito do RH estratégico que, se estratégico o é, tem responsabilidade, também, sobre a marca da empresa. 

“Eles (o pessoal do RH) sabem melhor do que ninguém, dentro da organização, como a cultura e os significados da marca são como se fosse um ‘cola’ que mantém os colaboradores integrados e engajados”

Cecília Russo

No Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, Jaime Troiano e Cecília Russo chamaram atenção para o papel estratégico do Recursos Humanos que, ao fazer gestão de pessoas, também assume protagonismo na gestão da cultura da empresa. Jaime identificou três origens para que este movimento surgisse no cenário corporativo:

  1. A evolução técnica e profissional dos profissionais e do setor de RH dentro das empresas, com consequente empoderamento que ocorre a partir dos níveis mais altos de gestão.
  2. Os profissionais entenderam que a marca é algo que preenche o pensamento cultural da organização 
  3. A emergência do valor do Propósito na vida das empresas

“Os setores de marketing sempre viram o Propósito com um viés ou uma importância mercadológica, o que não deixa de ser muito relevante também. A turma de RH pensa no Propósito como uma argamassa que organiza a empresa do lado de dentro, que une as  pessoas”

Jaime Troiano

Na próxima vez que você for chamado no RH, vai pensando em como seu conhecimento e inteligência podem colaborar na construção de uma marca relevante: sim, assim como a turma da comunicação, do marketing e do recursos humanos, você também tem papel estratégico nessa área. A marca é uma construção coletiva. E quanto maior a participação, mais consistente fica.

Ouça o comentário completo de Jaime Troiano e Cecília sobre o papel estratégico do RH na gestão da marca: 

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar no Jornal da CBN, aos sábados, às 7h55 da manhã.

Mundo Corporativo: Cristiane Carvalho, RH da Microsoft, dá dicas de como a pandemia impacta a gestão de pessoas

 

“Você precisa atentar também ao bem estar das pessoas neste momento … então não quebre canais de comunicação porque a sensação de não estar socializando e de isolamento já é presente; então, incremente” —  Cristiane Carvalho, Microsoft Brasil

A hora do cafezinho acabou, a conversa do corredor não existe mais e a necessidade de trabalhar em equipe permanece. Para resolver essa equação —- que surgiu com a pandemia e, pela tendência em diversos segmentos, deve se manter nos próximos anos — são necessárias soluções comportamentais e tecnológicas. Em entrevista ao programa Mundo Corporativo, Cristiane Carvalho, diretora de Recursos Humanos da Microsoft,  falou das oportunidades e desafios deste momento.

Assim que surgiram os primeiros sinais da chegada da Covid-19 no Brasil, todos os colaboradores passaram a trabalhar de casa. Essa migração em massa tornou-se possível e foi facilitada porque a Microsoft já tinha plataformas próprias para execução de projetos e comunicação. A empresa também levou muitas dessas soluções a seus parceiros de negócio.

Por outro lado, logo se percebeu que a integração trabalho e casa ocorria de formas diferentes para cada colaborador. Muitos pais tiveram dificuldades porque precisavam cuidar dos filhos, acompanhá-los nas aulas remotas e dar atenção para as demais atividades ao mesmo tempo em que estavam em seu expediente de trabalho.

Outro problema identificado por Cristiane Carvalho foi a fadiga do trabalho remoto:

“A gente tinha uma separação física do trabalho e da casa, tinha o tempo do translado da casa para o trabalho e vice-versa, a conversa dentro da empresa … isso fez com que as pessoas começassem a trabalhar mais, a  sofrerem com um estresse mental”

Com o ambiente de trabalho fechado, a socialização que havia deixou de ocorrer e para suprir essa ausência de contato presencial, segundo a diretora de RH da Microsoft, a empresa criou encontros virtuais para o café da manhã e para o fim de expediente, presenteou colaboradores com lanches durante o dia para a interação das equipes de trabalho, e restringiu os horários de reunião, adaptando-os as agendas dos pais que tinham, por exemplo, de preparar o almoço para as crianças.

A experiência provocada por esta pandemia também mudou a forma de se avaliar o desempenho dos colaboradores, medindo muito mais a tarefa cumprida do que o tempo dedicado ao trabalho. Assim como os gestores de áreas foram orientados a identificar a performance por períodos, compreendendo os impactos da pandemia.

“Algumas pessoas usaram esses últimos meses para aumentar o impacto e algumas tiveram de cuidar de outras coisas, de famílias, parentes doentes … o que a gente quis introduzir é o conceito de compreensão e empatia”

Assista à entrevista completa com Cristiane Carvalho, da Microsoft, no vídeo publicado neste post e se inscreva no podcast do Mundo Corporativo. Colaboraram com o programa Juliana Prado, Natália Mota, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Priscila Gubiotti.

Mundo Corporativo: diálogo e empatia ajudam a corrigir erros na pandemia, ensina Fabile Migon, da Zoop

 

 

“A gente bota todo foco em empatia. Empatia é a nossa chave para cuidar e saber como as pessoas podem e devem lidar nesse momento que a gente esta vivendo” — Fabile Migon, Zoop

Para os profissionais responsáveis por cuidar dos colaboradores dentro das empresas, a necessidade de manter um relacionamento à distância se transformou em mais um enorme desafio nesta pandemia. Mesmo em setores em que a tecnologia é a base do negócio, como no caso da Zoop, uma plataforma de serviços financeiros e meios de pagamento, a adaptação exigiu esforço redobrado. No caso de Fabile Migon, entrevistada do programa Mundo Corporativo da CBN, havia outro complicador: ela havia assumido a vice-presidência de Gente e Cultura da empresa cerca de dois meses antes de as atividades serem paralisadas no escritórios e todos os colaboradores terem de trabalhar em casa.

“(Quando) você vive este estresse, você vive esta ansiedade, você tem dois pólos:: pegar essa adrenalina; e vamos fazer acontecer; e aquilo te dá gás, te dá energia, te dá foco, motivação e brilho nos olhos e segue em frente; ou você pega esse estresse e paralisa: medo, receio, ansiedade”

Para Fabile Migon, um das estratégias que deram certo na empresa foi a de manter as mesmas características que os colaboradores reconheciam na Zoop: ser humana, divertida e leve com os colaboradores. Uma das ideias foi dar seguimento a programas realizados dentro do escritório como o de as equipes tomarem café da manhã juntos para conversar sobre os mais variados temas, desde que não estivessem relacionados ao trabalho nem a pandemia. Para isso foi criado o programa #cafécomgente em que os profissionais se conectam online e falam de séries, livros e assuntos que podem trazer mais humanidade para o ambiente de trabalho.

 

As reuniões do CEO com os colaboradores aumentaram de frequência para que houvesse maior transparência sobre os cenários que a empresa estava enfrentando. Além disso, foi criado um atendimento terapêutico exclusivo, em que os funcionários podiam ligar a qualquer momento para falar de suas ansiedades e preocupações.

“Então, o diálogo, a comunicação, a proximidade, a empatia faz com que a gente vá corrigindo coisas ao longo do caminho e não deixe para corrigir lá na frente; a ponto de ‘meu Deus, as coisas já aconteceram e a gente não foi corrigindo’. Então, é humanidade mesmo. É você estar próximo das suas pessoas que é o maior ativo que a gente tem”.

O Mundo Corporativo é apresentado pelo jornalista Mílton Jung e vai ao ar aos sábados no Jornal da CBN e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. O programa também está disponível em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Juliana Prado, Guilherme Dogo, Rafael Furugen e Débora Gonçalves.

Mundo Corporativo: o RH tem de se reportar ao CEO, diz Fernando de Mello

 

 

“Sempre deve ter um humano fazendo o julgamento do outro humano. A gente tenta logicamente transformar o desempenho de algumas áreas em métricas. Mas a gente nunca deixa só a métrica reinar” — Francisco Homem de Mello, CEO Qulture.Rocks

 

A área de recursos humanos está em plena transformação —- novos negócios, novos desafios e muita tecnologia. O uso de ferramentas digitais têm colaborado para um desempenho melhor do setor e conseguido resultados efetivos, mas Francisco Homem de Mello, da Qulture Rocks, alerta que o fundamental é que o RH seja visto como estratégico dentro da empresa, sob o risco de se desperdiçar todo o investimento tecnológico. Em entrevista ao jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, Mello apresentou resultados de pesquisa que ouviu cerca de 1.800 líderes empresariais — vice-presidentes, diretores e gestores — e ajuda a entender o cenário atual deste setor.

 

Para 61% dos entrevistados o RH participa efetivamente das decisões estratégicas da empresa enquanto e para 64% deles, o RH se reporta diretamente ao CEO:

 

“É otima a posição do RH se reportando ao CEO. Acho que cultura, gestão de desempenho, gente é prioridade número 1 de CEO e, portanto, a área do RH tem de se reportar ao CEO”

 

Para ter acesso aos resultados completos da pesquisa “Panorama de RH no Brasil 2018”, acesse esse link.

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã, no site da CBN, na página da emissora no Facebook e no perfil do instagram @CBNoficial. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, e aos domingos, às 22h30, em horário alternativo. Participaram deste programa o Guilherme Dogo, Ricardo Correia e Débora Gonçalves.

Mundo Corporativo: RH é papel dos líderes, alerta Cláudia Lourenço

 

 

“Não tem como fazer RH somente com os profissionais da área através das suas ferramentas e programas; recursos humanos é o papel de cada líder que recebe cada colaborador todo o dia, que olha no olho, que eventualmente sabe como ele está se sentindo, se ele está contribuindo bem ou se ele está com algum problema” — Claudia Lourenço, diretora de RH da Europ Assistant Brasil

 

Propor ações que promovam o desenvolvimento profissional dos colaboradores e engajar os líderes nestes programas são alguns dos desafios da área de recursos humanos tratados por Cláudia Lourenço, em entrevista ao jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da CBN. Lourenço é diretora de RH da Europ Assistant Brasil e foi considerada uma das executivas de RH mais admiradas do Brasil.

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas no site, na página do Facebook e no Instagram da CBN. O programa vai ao ar, aos sábados, no Jornal da CBN, ou domingo, às 10h30 da noite, em horário alternativo. Colaboram com o Mundo Corporativo Guilherme Dogo, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Isabela Medeiros.

Mundo Corporativo: líderes precisam saber que as empresas sempre vão precisar de gente

 

 

“O mundo está mudando, as empresas estão mudando, mas elas não vão deixar de ter gente, sempre gente vai fazer parte das empresas”. É o que diz Josué Bressane Junior, sócio-diretor da Falconi Gente, para alertar os líderes da necessidade de entenderem que é preciso usar o RH de maneira mais estratégica. Bressane foi entrevistado pelo jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da rádio CBN. Para ele, são os líderes que têm a responsabilidade de implantar as transformações efetivas nos negócios, no entanto nos trabalhos que desenvolve de consultoria percebe que nem sempre isso acontece: “a mudança não ocorre de baixo pra cima, a mudança ocorre de cima pra baixo; essa é a grande dificuldade das organizações porque muitos querem mudar no pensamento, mas na essência não querem essa mudança”.

 

No programa, Bressane falou também da relação entre gerações no ambiente de trabalho e da forma como uso de tecnologia está modificando os processos de avaliação de desempenho e de contratação. O Mundo Corporativo é gravado às quartas-feiras, 11 horas, com transmissão ao vivo pelo site e pela página da CBN no Facebook. O programa vai ao ar aos sábado, no Jornal da CBN, e aos domingos, 11 da noite, em horário alternativo. Colaboram Juliana Causin, Rafael Furugen e Débora Gonçalves.

Mundo Corporativo: Ricardo Karpat ensina a melhorar as chances de emprego

 

 

“O currículo é uma flecha para atingir o alvo, quanto mais pessoas tiverem contato, mais chances de você ser notado no mercado de trabalho”. A opinião é de Ricardo Karpat, da Garbor RH, em entrevista ao jornalista Mílton Jung, do programa Mundo Corporativo, da rádio CBN. Ele lembra que o currículo ainda é uma peça importante na busca por emprego, especialmente em cargos que não sejam de diretoria, por isso deve ser tratado com muito cuidado pelos candidatos. Especialista em recrutamento profissional, Karpat também sugere o uso do Linkedin, rede social profissional, que tem sido bastante consultada pelas empresas na busca de profissionais capacitados a preencherem as vagas disponíveis.

 

O Mundo Corporativo vai ao ar, às quartas-feiras, 11 horas, no site da Rádio CBN (www.cbn.com.br), e você participa com perguntas para o e-mail mundocorporativo@cbn.com.br e pelos Twitters @jornaldacbn e @miltonjung (#MundoCorpCBN). O programa é reproduzido aos sábados, a partir das 8h10, no Jornal da CBN.