Ladrão troca celular pelas mãos em saidinha de banco

 

Três ladrões foram presos acusados de participarem de uma quadrilha que praticava a “saidinha de banco”, assalto cometido logo após as pessoas sacarem dinheiro em agências e caixas eletrônicos, em São Paulo. De acordo com a polícia, eles se passavam por clientes e identificavam as vítimas sinalizando com as mãos. A prática revela que, rapidamente, estes bandos mudaram a estratégia para assaltar, depois que lei municipal proibiu o uso de telefone celular dentro das agências, em São Paulo.

Sugeri, durante o Jornal da CBN dessa quarta-feira, que, na próxima vez, os vereadores paulistanos aprovem lei proibindo o uso das mãos nas agências bancárias. Ouvintes-internautas foram além na ironia pelo Twitter:

@rovira_jesse: “vai surgir lei obrigando os bancos a contratar especialistas em Libra”

@Guilhermeolsen: “vamos proibir o uso dos bancos”

@aladiaamorim: “Antes do celular ladrões se comunicavam com cara, boca e gestos, agora voltou isso, não é novidade não, lamentável”

A autora do projeto, vereadora Sandra Tadeu (DEM), não gostou da brincadeira, foi a plenário e pediu que a imprensa respeite os vereadores. Pelo Twitter, três deles encaminhado a mim, comentou:

@miltonjung Fico feliz ao saber que, em menos de um mês, minha lei que proíbe o uso de celulares em bancos já começa a fazer efeito!

@miltonjung Vi hj na imprensa q bandidos buscam outras maneiras p/ praticar a saidinha d banco. Foram devidamente descobertos pela policia

@miltonjung Isso prova q a iniciativa d proibir os celulares é correta, já q os bandidos usavam sim os aparelhos p/ falar c/ comparsas

Engana-se a vereadora mais uma vez (a primeira foi ao propor a lei). Nunca se negou o uso de celular pelos assaltantes. O que sempre se disse é que sua proibição prejudica o cidadão, tira-lhe um direito e não reduz o risco de assaltos. A retomada do método (antigo, como disse uma ouvinte-internauta) é prova disso.

Em lugar de impedir o uso do telefone, deveria usar sua autoridade e cobrar por ações efetivas no combate a violência.