(nota republicada com novas informações)

Soube, ontem, que São Paulo tem cerca de 9 mil pontos de ônibus, desde aqueles sinalizados com apenas um poste até os cobertos e protegidos dos corredores exclusivos. Nenhum, porém, oferece o conforto deste flagrado pelo ouvinte-internauta Tiago Cheregati em uma das ruas da Móoca, a Borges de Figueiredo. Verdade que atende apenas um paulistano, mas não dá para negar a versatilidade deste abrigo que já não é mais de ônibus.
Um drama social
A ouvinte-internauta Glória, após ouvir a informação no CBN SP sobre o abrigo de ônibus usado como moradia, esclareceu: ali mora uma senhora com mais ou menos 70 anos que foi colocada no lugar pela própria filha. A senhora tem problemas de saúde. A prefeitura, às vezes, passa por lá e a leva para tomar banho. Segundo Glória, a senhora já foi professora na Itália, voltou ao Brasil e reencontrou a filha, usuária de droga. A neta dela foi levada para uma instituição de assistência. A senhora implora por ajuda e clama por um quarto, pois imagina que assim poderá ter a neta de volta. Tem dificuldade de locomoção e precisa da cadeira de roda. “É triste pois com esta idade, o problema de saúde e ainda não anda, precisaria de cuidados médicos, pois só se alimenta quando algum vizinho caridoso lhe dá comida”.