Por Abigail Costa
TPM, uma companheira de décadas.
Chegou assim, CHEGANDO, nem pediu licença, entrou e ficou.
Por diversas vezes tentei deixá-la de fora da minha vida, mas se tem alguém fiel a mim, é a bendita.
No começo me desesperava.
Meu Deus, até ontem estava tudo bem! Agora estou me sentindo péssima.
E a coitada da mamãe que mesmo fazendo “de um tudo” pra me agradar, nada estava bom. Sem falar da sensação de vítima, coitada, rejeitada e INCHADA de fato!
Resumi o que se pode escrever sobre ela. Tem tantos outras impublicáveis.
Se o conselho é “procure um médico”, “terapias complementares”, “blá-blá-blá…” já procurei, já tomei, já fiz.
Com o passar do tempo resolvi tirar proveito, sim, até o ruim, se espremer do lado certo, vinga. Sei quando minha amiga-mensal está se aproximando. Primeiro aviso aos mais chegados. Segundo não sou, estou me sentindo coitada. Agora vem a parte melhor. Faço uso dela, LITERALMENTE.
O que poderia passar por mais um incomodozinho, resolvo, falo, deixo bem claro.
Interessante é a vontade de botar pra fora o que me incomoda, sem medo….
O que antes poderia ser um “isso nem vale a pena retrucar”, com a minha fiel escudeira vale.
É mais que um anti-qualquer-coisa que sara a gente.
É seguro, é legitímo.
É uma coragem que você não sabe de onde vem.
Às vezes o som da própria voz surpreende.
Como me sinto depois?
De alma lavada.
Sem pedido de desculpas, pra mim é claro.
Em tempo: já me despedi da minha… mês que vem tem mais.
Abigail Costa é jornalista e escreve no Blog do Mílton Jung, ao menos uma vez por mês sob o efeito da TPM.
