Conte Sua História de SP: minha turminha da William Harding, no Tucuruvi

 

Por Luiz Cesar de Almeida Bischoff

 

 

Rua William Harding, Tucuruvi, bairro que outrora, nos anos 50, chegou e a ter uma estação de trem, que antes de sua desativação pude ainda passar diversas vezes por ela. A lembrança do trem me traz a dos amigos de infância, dos quais grande parte perdi o contato. Mas voltando no tempo na “nossa” rua , sem os transtornos do trânsito ou dos carros estacionados tomando o “nosso” espaço, jogávamos taco , empinávamos pipas, papagaio, maranhão, não havia essa coisa de cerol ou cortante, apenas empinávamos para competir qual a mais bonita ou quem levava a “pipa” mais longe.

 

Competição sadia, jogávamos bola na rua mesmo, onde as traves do gol ou eram os nossos próprios chinelos ou mesmo dois pedaços de pedra, bola essa que quando caia no quinta do “seu” Olívio e da dona Francisca, era um terror, pois era certeza que a bola seria devolvida toda rasgada. Esse ódio pela bola é que sempre acertavam as roseiras do seu jardim.

 

Um dia, só de pirraça , após termos mais uma bola rasgada, combinamos que todos juntos iríamos “mijar” na garagem da casa do “seu” Olívio. Não foi surpresa nossas mães ficarem sabendo do fato e todos levamos uma “surra”, apenas o objeto usado variou de palmadas a cinto de couro grosso.

 

Em muitas vezes após sairmos do colégio Silva Jardim, onde logo em frente havia um morro, hoje Av Dr Antonio Maria de Laet, servia de palco para brincadeiras como escorregar com caixas de papelão morro abaixo.

 

Todos tínhamos nossos problemas e dificuldades, seja pela falta de um pai ou desemprego ou pelo apego à bebida , crianças que fomos, nossa vida era jogar pião, brincar de esconde-esconde, fazer fogueira e “roubar” frutas no enorme terreno dos Lima, que hoje é a estação do metrô e Shopping Tucuruvi.

 

Quanta diferença, onde está a garoa da minha infância que me acompanhava, quase todas as manhãs, como amiga solitária nas minhas idas a escola? Onde está o ar que podia aspirar com força e nele sentir o cheiro do capim cortado, que iria alimentar o cavalo do verdureiro? Onde está o canto dos bem-te-vis, que invadia nossos ouvidos e nos obrigava a acordar, mesmo sem querer? Onde estão as revoadas de andorinhas, que sempre invadiam o céu da “nossa” rua nas tardes quentes de verão? Onde está a água da bica, que todos tomávamos e que fluía em frente da rua Cônego Ladeira, rua essa em frente a simpática Paróquia do Menino Jesus e na qual fui batizado?
Lembranças que puxam outras e poderia passar horas, dias à escrever sobre elas mas tenho que terminar por aqu , não deixando porém de citar alguns amigos da “nossa” rua Willian Harding, como o Reinaldo, Luzia, Nelsinho, Neder, Fábio, Carlos, Mauricio, Nairo , Rolf ,Rosangela, Luis, Anselmo, Emílio, Leda, Ivo, enfim todos aqueles que de algum modo fizeram parte da minha infância e adolescência , deixo aqui um grande e fraterno abraço a cada um.

 

Luiz Cesar de Almeida Bischoff é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Cláudio Antonio. Você pode contar outros capítulos da nossa cidade aqui na CBN enviando seu texto para milton@cbn.com.br. Ou pode gravar seu depoimento no Museu da Pessoa. Agende no email contesuahistoria@museudapessoa.net e receba depois um DVD com suas memórias.

Foto-ouvinte: Tá difícil de enxergar ?

Falta luz no Tucuruvi

Imagine para quem mora nesta rua e tem de enfrentar esta escuridão noite após noite. Segundo o ouvinte-internauta Paulo César tem sido assim há 65 dias sem que a prefeitura tome qualquer providência. Caso apareça alguém interessado em restabelecer a energia elétrica, anote aí o endereço: Rua Caracaxá,bairro do Tucuruvi, São Paulo.

Agora o outro lado (publicado em 09/03, 19h40)

“Em resposta à reclamação, informamos que uma equipe de manutenção do Departamento de Iluminação Pública (Ilume) compareceu à Rua Caracaxá, no dia 06/03, retirou um curto da rede e rearmou a proteção, normalizando a situação da via.

Assessoria de Imprensa
Secretaria Municipal de Serviços”

Foto-ouvinte: Estação sujeira

Sujeira no Tucuruvi A calçada ocupada pelo lixo é rotina no entorno da estação Tucuruvi do Metrô que fica a cerca de 200 metros da subprefeitura responsável pelo local. Segundo o ouvinte-internauta Evaldo Pinto de Camargo, autor da foto, o lixo seria de responsabilidade dos comerciantes locais. Apesar da coleta ocorrer, a maneira como o material fica jogado prejudica a passagem de pedestres.

Agora o outro lado

A Secretaria Municipal das Subprefeituras enviou a seguinte resposta: 

“Informamos que a coleta de lixo na Av. Tucuruvi e Antonio Maria de Laet, próximo à estação Tucuruvi do metrô, é realizada três vezes por semana, no período noturno, sendo que o lixo domiciliar pode ser depositado na via pública a partir das 18h. Salientamos que as orientações com relação aos horários de coleta e depósito do lixo, bem como acondicionamento e demais informações pertinentes ao serviço foram transmitidas pela empresa prestadora de serviço, através de folhetos distribuídos porta a porta, sendo que a última orientação foi realizada em Outubro/2008. Como providências, a Subprefeitura acionará a empresa para a realização de nova ação educativa na região, além de solicitar a fiscalização para autuar os munícipes que porventura estejam depositando lixo na via pública antes do horário estabelecido por lei. A Subprefeitura convidará, ainda, os comerciantes do entorno da estação Tucuruvi do Metrô, onde o problema foi detectado, para uma reunião com o objetivo de sanar o problema.”