São Paulo: energia nova no Conselho de Política Urbana

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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O Conselho Municipal de Política Urbana, que na forma de órgão consultivo recebe tudo que se relaciona com as questões urbanas da cidade de São Paulo, em eleição realizada domingo para o segmento de Associações de Bairro, elegeu quatro novos representantes. A chapa CIDADE VIVA encabeçada pelo músico Sergio Reze ficou com duas cadeiras, e a CIRANDA representada pela arquiteta Regina Monteiro com uma. Coube a SÃO BENEDITO LEGAL completar com uma vaga o segmento.

 

O currículo dos líderes envolvidos na CIDADE VIVA e CIRANDA é exemplar. Sergio Reze tem contribuído em muito pela preservação da cidade. Diretor do Defenda e da AMAPAR Associação do Parque Previdência, aglutinou em sua chapa representantes expressivos de bairros de distintas condições econômicas, mas com invejável qualidade de vida. E esta experiência o habilita a cumprir o propósito de defender as melhores condições para todas as espécies de zoneamento da cidade. Revitalizando as que deterioraram e mantendo as que estão preservadas.

 

Regina Monteiro, a urbanista ilustre do CIDADE LIMPA, idealizadora e executora deste revolucionário projeto quando diretora da EMURB, fundadora e Presidente do Defenda, volta agora ao embate urbano de São Paulo representando um punhado significativo de entidades de bairro que necessitam da força do conhecimento técnico e político que ela possui.

 

A chapa SÃO BENEDITO LEGAL deverá fazer um contraponto ao abrigar proprietários de imóveis que buscam a legalização comercial. Por constatar situações de fato criadas pela falta de controle, ou por, simplesmente, desacreditar em recuperação de áreas degradas ou repudiar modelos seletivos.

 

De qualquer forma a preservação será mantida, com os votos da Cidade Viva e Ciranda. E daí os nossos votos que todas as Chapas atuem exemplarmente a favor da qualidade de vida da cidade.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

Foto-ouvinte: a desconstrução se transforma em arte urbana

 

Arte urbana

 

Foi comprado para atender o sonho de um dos milhões de brasileiros que trocaram as pernas pelas quatro rodas de um automóvel. Deve ter guiado seu dono a lugares desconhecidos por nós. Tão misteriosos quanto o seu rumo foram os motivos de seu abandono. Pode ter sido a ingratidão de quem usufruiu dele enquanto esteve forte. Talvez a pobreza que impediu o pagamento das taxas, impostos, multas, reparos e combustível necessários para rodar. Quem sabe a intervenção do ‘amigo do alheio’ que se apropriou indevidamente dele para depois descartá-lo? Provavelmente jamais saberemos detalhes da vida pregressa desta carcaça de automóvel encontrada em uma das ruas de São Paulo. A única certeza é que hoje o que antes foi carro hoje se transformou em uma espécie de arte urbana misturada a um cenário caótico e colorido.

 

N.B: Por desatenção desta blogueiro, o nome do autor da foto não foi registrado.