Barriga no balcão e inovação

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

 

Tivemos uma terça-feira em que o mundo corporativo não passou despercebido na mídia. Pela manhã, aqui no Blog, Mílton Jung apresentou uma chamada para dicas empreendedoras que facilitam o conhecimento das marcas e de seus consumidores. Logo depois à noite, William Bonner no Jornal Nacional mostrou reportagem sobre novidades em produtos e aplicativos que ajudarão o consumidor, tornando a sua compra ou o seu uso mais eficaz.

 

Como barriga no balcão e inovação sempre merecem comentários aqui vão alguns.

 

Na ascensão das primeiras marcas nacionais de moda, seus donos – Renato Kherlakian da Zoomp, Tufik Duek da Forum, André Brett da Vila Romana, etc. – circulavam variavelmente nos Shoppings durante a semana, e certamente aos sábados. Sós, ou com suas equipes.

 

É verdade que com o passar do tempo, esse hábito foi desaparecendo. Uma pena, pois certamente contribuíram no desempenho e desenvolvimentos de marcas e produtos. São poucos os remanescentes, assim como poucas as marcas que continuaram fortes.

 

Outra forma simples e eficiente de obter importantes informações é a Lista da Vez. Ou seja, um controle em que a equipe de vendas anota todos os clientes que entram na loja. Indicando o que foi comprado e o que não foi comprado. Quanto e Por quê. Simples e eficiente, gerando daí os principais parâmetros do varejo. Taxa de conversão, Número de peças por atendimento, Ticket Médio e Preço Médio de Venda.

 

Quanto à inovação, o engenheiro Fabio Piva apresentou no Jornal Nacional um aplicativo que poderá eliminar as filas nos caixas. Pelo celular o consumidor fará o seu pagamento. Entretanto, até que o novo aplicativo seja ajustado é bom lembrar que a utilização da equipe de vendas para efetuar a função de caixa também acaba com as filas. A simplicidade neste caso é tão evidente quanto é surpreendente que as lojas de forma geral ainda mantenham os caixas.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

O cliente nem sempre tem razão, mas é mais barato atendê-lo

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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Um brasileiro em treinamento no maior banco do mundo, na
cidade de Nova York, na função de atendimento de reclamações
globais, chegou a uma conclusão surpreendente: analisando matematicamente os teores, os valores e os custos de todo o processo necessário para responder aos clientes, sugeriu que o Banco liberasse automaticamente as queixas até a quantia de 50 dólares. O Banco acatou e passou a economizar monetariamente um
considerável valor anual. Aumentou o resultado e a satisfação de seus reclamantes. E, também do nosso compatriota, que retornou
como Diretor.

 

A CORI, importante empresa de moda em sua fase mais ascendente viu crescerem as reclamações, em função de novos volumes e de materiais de maior qualidade, suscetíveis a tratos menos cuidadosos. Após observação estatística decidiu acatar as trocas e devoluções imediatamente, no ato. A economia detectada nos
estudos dos casos foi comprovada na prática, e a empresa ganhou nos custos e na imagem. Afinal, as reclamações eram insignificantes diante dos números totais.

 

Ainda na CORI, na medida em que o número de lojas crescia e as quantidades vendidas também, os fornecedores de equipamentos de segurança sempre buscavam a empresa para implantá-los. Estes aparelhos incômodos e constrangedores nunca foram usados. Não só pelo desconforto, afinal a maioria usava, mas pela economia.

 

Todos os estudos feitos indicavam que era mais vantajoso ficar sem eles, pois os roubos eram bem inferiores as despesas de implantação e operação destas engenhocas. São difíceis de retirar das peças, e algumas vezes não conseguem escapar do famigerado apito de roubo na saída da loja.

 

Uma grande financeira que operava com veículos vendidos em 36 meses, a maior queixa dos compradores era pela demora na entrega do certificado de propriedade. Após análise a empresa passou a enviar no 35º mês o certificado lembrando ao cliente, que se quisesse, já poderia trocar por um novo carro. Passado o
suspense inicial, pois se corria o risco de não haver a quitação da última parcela, as reclamações acabaram e as vendas aumentaram juntamente com os resultados financeiros.

 

Sam Walton e Steve Jobs, nada contemporâneos, já falecidos, têm
muito a ensinar do velho varejo.

 

De Sam é bom lembrar que o cliente é a única pessoa que pode realmente quebrar uma empresa. Basta ir ao concorrente.

 

De Jobs ficou a dica que o cliente só não tem razão quando opina sobre algum produto ou serviço que não conhece. Portanto quando se busca ruptura e criação, aí sim, o cliente quase sempre não tem razão.

 

PS: Este artigo foi escrito inspirado na entrevista de Bianca Dreyer pelo
Milton Jung no Mundo Corporativo.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

O momento, a pessoa e a tarefa mais importantes como abordagem de venda e sabedoria de vida

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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Cheguei a três interessantes questões ao buscar uma síntese das melhores práticas comerciais. As três se sobrepõem as especificidades e particularidades das técnicas de vendas, pois estão na esfera conceitual e emocional. De certa forma, estão inseridas em textos como contos de sábios ou até mesmo de cunho religioso, como bíblicos ou espirituais.

 

Questão 1 – Qual o momento mais importante da vida?

 

É o momento presente. Nem eventos passados nem futuros são mais importantes do que o atual, em que há o controle da situação.

 

Questão 2 – Qual a pessoa mais importante?

 

É a pessoa que está na nossa frente. As outras estão ausentes e fora da ação atual. É preciso se esmerar para focar a atenção nesta pessoa.

 

Questão 3 – Qual a tarefa mais importante?

 

É atender esta pessoa que está à nossa frente da melhor maneira possível. Outras tarefas ficam em segundo plano, pois o possível é fazer feliz quem está conosco no momento.

 

Numa situação de venda é claro o momento mais importante, pois é exatamente o atual, em que a pessoa na frente é o cliente. Que passa a ser a pessoa mais importante. Cuja tarefa mais importante é atendê-lo de forma a deixá-lo feliz.

 

Em qualquer outra situação, sempre podemos repetir essa relação de importância, efetivando o presente como o ponto principal. Afinal, é assim que podemos ter o controle da situação, sem as perdas de estar pensando no passado ou no futuro.
Podemos imaginar quão maravilhoso seria o mundo se todos agissem desta maneira.

 

Visualize você sendo a pessoa mais importante para o pessoal de atendimento das companhias aéreas, ou para os vendedores e vendedoras de lojas, ou para os atendentes das concessionárias de serviços públicos.

 

É assim que eles fazem você se sentir? É assim que você faz o seu cliente se sentir?

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

Na CASA COR, uma lição de varejo

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

APENAS UM OLHO

 

Há uma semana na CASA COR, Carlos Ferreirinha, expert em Luxo, e José Marton, autoridade em arte, design e arquitetura, se propuseram a falar sobre Arquitetura de Varejo. E foram além. Como ir além exige o Varejo contemporâneo.

 

É um comércio de US$ 23 trilhões em que apenas 9% estão sendo abocanhados pelo e-commerce, mas com efeito multiplicador. Pela velocidade, pela potencialidade e, principalmente, por se identificar sobremaneira com um novo estilo de comportamento de vida.

 

Para o Varejo, a sobrevivência diante das mudanças atuais deverá passar pela adaptação através de um processo de absorção das transformações das comunidades. São comunidades étnicas, pró-saúde, de estilo de vida e de valores.

 

Caberá à Arquitetura o papel de comunicar diretamente aos consumidores os novos valores estabelecidos. Nesse contexto, a velocidade é importante, pois já temos marcas operando dentro desses novos parâmetros.

 

As fotos exibidas por Ferreirinha são o melhor exemplo para esse entendimento:

 

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Destaques para a loja da Burberry que oferece a plenitude de todos os recursos para uma experiência de compra real e virtual:

 

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A Starbucks, em Tóquio, ressalta a disponibilidade do escritório para os clientes:

 

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A Bento Store, de Carlos Ferreirinha apresenta uma inovação de produto, serviço e arquitetura surpreendente. Vende marmitas e afins:

 

BENTO

 

A Loja Casa Cor, por J.Marton, oferece produtos para casa e uso pessoal com assinatura. Designers afamados ou principiantes expõem e vendem:

 

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Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

De volta aos shoppings antes que morram

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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Há uma semana, Mílton Jung comentava a pesquisa do Serasa sobre o crescimento das vendas on line. Simultaneamente a revista Exame explicava como a morte dos shoppings vai mudar o visual dos Estados Unidos, em reportagem de João Pedro Caleiro.

 

O estudo do Credit Suisse, que embasou a matéria de Exame, prevê um fechamento de 20 a 25% dos shoppings existentes, o que significa que dos 1.200 poderão restar apenas 900. A paisagem urbana americana mudará. As operações de sucesso de hoje deverão permanecer, enquanto as demais desaparecerão ou se transformarão em centros comerciais, privilegiando o varejo local, sem marcas nacionais.

 

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Da mesma forma que o Credit Suisse, o Goldman Sachs aponta o comércio eletrônico e a mudança nos modelos de consumo como os responsáveis pelas transformações.
Entretanto, se considerarmos que apenas 9% do varejo global de US$ 23 trilhões, é eletrônico, e as vendas nas lojas físicas crescem no máximo a 2% ao ano contra 15% no e-commerce, estas previsões podem ser modestas. E aqui, sem nenhuma modéstia, aparece o celular, o grande destaque com 30% de aumento anual.

 

Provavelmente a solução para os Shoppings será focar nas operações de cinemas, restaurantes e entretenimento de forma geral, além de lojas com experiências de compras.

 

Curiosamente, as grandes marcas on line começam a abrir lojas físicas.

 

Todo este processo comercial, que ocorre globalmente, inclusive aqui, onde temos 559 shoppings, tem a lógica das mudanças. Hábitos e avanços tecnológicos, ou vice-versa.

 

O que não tem explicação é o fato de aqui e lá os shoppings não estarem on line. Pessoalmente tenho tido a oportunidade de oferecer meios técnicos e operacionais para tal, mas sem sucesso. Há os que se interessam, mas não aprovam. Outros, nem querem ouvir falar de replicar no on line a operação física.

 

É intrigante, mas é global.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

O comportamento do consumidor on-line

 

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O SPC-Brasil foi às ruas (virtuais) para identificar mudança de comportamento no consumo do brasileiro pela internet. Os números divulgados nesta terça-feira, em primeira mão pelo Jornal da CBN, mostram que o medo das compras on-line tem diminuído de forma considerável. Dos internautas consultados, 89% disseram que fizeram ao menos um compra on-line no último ano. A maior parte deles, 43%, aumentou a quantidade de produtos adquiridos.

 

Na entrevista com superintendente financeiro do SPC Flávio Borges destacamos que essa migração ocorreu em pleno período de crise econômica. Chego a desconfiar, porém, que se deu exatamente pela crise econômica. Mas a melhor resposta, certamente, está nas mãos dos especialistas. Ou nos dados a seguir:

 

O que tem levado essas pessoas a trocar a loja real pela virtual?

 

Curiosamente, 58% dos internautas têm a percepção de que os produtos vendidos pela internet são mais baratos do que nas lojas físicas. Até é verdade, principalmente se colocarmos na conta custos de deslocamento, tempo desperdiçado e o fato de a facilidade de comparação de preços ser muito maior e mais rápida na internet. Aliás, todos esses itens aparecem na lista de benefícios citados pelos consumidores:

 

VANTAGENS

 

E o que você compra pela internet?

 

Aqui, encontrei a resposta mais reveladora da pesquisa: vestiário, calçados e acessórios, como cintos e bolsas, aparecem no topo da lista com 35%, sendo que se pegarmos apenas a resposta de mulheres, o percentual quase bate a casa dos 38%. Digo reveladora porque por muito tempo ouvi especialistas falando que o consumidor não compraria roupas pela internet pois tem a necessidade de experimentá-la antes. Justiça seja feita, pelo menos um deles sempre apostou no sentido inverso: meu colega de blog Carlos Magno Gibrail – mas sobre isso deixo para ele se aprofundar em futuro artigo.

 

Dos ouvintes que consultei durante o programa, recebi, pelo Twitter, algumas respostas que vão ao encontro do resultado da pesquisa do SPC:

 

 

 

Dentre os que não compram pela internet, 49%,2% dizem que não o fazem devido ao pagamento de frete. Aparece ainda com relevância: não poder experimentar, não levar o produto na hora da compra e não poder ver o produto. O temor de não receber o produto ou de ser vítima de algum golpe, aparece em menor percentual, mas ainda existe, como se percebe em uma das mensagens que recebi pelo Twitter:

 

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Como a pesquisa foi realizada pelo SPC-Brasil, um tema de interesse foi o nível de endividamento desses consumidores que preferem usar cartão de crédito e parcelar em até três vezes. O maior perigo, que se vê na pesquisa, porém, é que assim como as compras que fazemos em shopping ou no varejo físico, também a maioria das pessoas não faz qualquer tipo de planejamento – o que me levou ao seguinte alerta:

 

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A entrevista completa, você ouve aqui no site do Jornal da CBN, ou no arquivo a seguir:

 

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Startup: aparências e transparências

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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A Tesla, fabricante de carros elétricos de luxo vendeu no ano passado 76.000 veículos, com prejuízo de US$ 800 milhões. A General Motors, 10 milhões de carros com lucro de US$ 9,4 bilhões. Para os investidores, Tesla e General Motors têm praticamente o mesmo valor de mercado. Ou, para ser exato, US$ 50,6 bilhões para a General Motors e US$ 49,7 bilhões para a Tesla.

 

A Amazon ficou década no prejuízo. A WhatsApp tem bilhões de usuários, mas não tem receita. A operação é bancada pelo Facebook, que pagou fortuna pela sua compra e, também, inicialmente, não tinha como se manter, não fossem os aportes dos investidores iniciais.

 

O entendimento dessas aparentes incongruências está explicado na entrevista de Arthur Igreja, no Mundo Corporativo, da rádio CBN. Um professor que faz e mostra como fazer.

 

Após desmistificar a idade padrão dos empreendedores de sucesso, cuja faixa etária está acima dos 35 anos e não em pós-adolescentes; e de validar experiência anterior intensa, se possível com insucessos, Igreja diz que é recomendável ao empreendedor:

 

“é um profissional que consegue demonstrar capacidade de entrega, capacidade de execução; também se fala muito que é um profissional apaixonado pelo problema, ou seja, ele quer resolver um problema grande, um problema que muita gente passa e ele está absolutamente apaixonado em conseguir transformar este problema em uma solução mais simples”.

 

 

Nesse contexto, acredito que a resolução de problema, mais do que oportunidade futura é mais convincente.

 

Pessoalmente, experimentei há 17 anos vender roupa pela internet formando um marketplace. Não deu certo, pois achavam que roupa não seria vendida sem provar, ou que era melhor entrar individualmente.

 

Recentemente, tentei convencer os shoppings centers que deveriam fazer marketplaces, pois os lojistas que entravam na internet iriam em pouco tempo perceber a necessidade de se agrupar. Ainda estou tentando, e os lojistas já estão se juntando.

 

Mas, hoje, aprendi a lição. Estou lançando um produto que resolve um problema que observei durante 40 anos: a renovação do contrato de locação comercial. Espero que possa desempenhar a figura proposta por Arthur Igreja do empreendedor de sucesso.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

O Ponto Comercial é estratégico no novo caminho das empresas de varejo

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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O Ponto Comercial como estratégia de distribuição tem sido fundamental para determinação dos novos caminhos das empresas de varejo. Lojas físicas, lojas virtuais, licenciamentos, franquias, revendedores autônomos, máquinas de vendas, e omnichannel, que é a conexão entre todos, são as opções atuais.

 

A importância do Ponto Comercial, desde os primeiros estudos dos 4 Ps – Produto, Ponto, Preço, Promoção – até os 7Ps atuais, com a inclusão de Pessoas, Processos, Atendimento (Physical Evidence), é observada e acentuada em momentos de mudanças mais profundas e velozes.

 

Foi assim na década de 60 quando o varejo impulsionado pelo prêt-a-porter (pronto para vestir) e depois pela introdução dos shopping centers, inovou nas lojas, tornando os pontos comerciais mais atraentes e condizentes com os desejos dos consumidores.

 

Da mesma forma, hoje, diante de transformações geradas pela inclusão de novos canais de vendas, pelo aumento da oferta de áreas de vendas em canais já existentes, pela redução da demanda em função da economia recessiva, a análise dos pontos comerciais e sua definição de ocupação tende a ser prioritária.Ainda mais, que os primeiros sintomas de melhoras da Economia começam a aparecer.

 

É essencial determinar quais pontos deverão continuar, quais serão eliminados e quais precisarão ser acrescentados. Uma modernização da estratégia de distribuição deverá passar pelas três alternativas.

 

Ao que tudo indica, pela movimentação de lojas físicas abrindo lojas virtuais, marcas virtuais inaugurando lojas físicas, cadeias de lojas reduzindo pontos ou mudando, marcas ampliando linhas ou reduzindo, o Planejamento dos Pontos Comerciais está sendo realizado.

 

E nesta circunstância, cabe ressaltar que além do Planejamento é necessário que se faça o Controle. Na área virtual, os domínios precisam ser renovados, mas os proprietários são avisados pelos prestadores do serviço. No ponto comercial físico, há necessidade de comunicação com o locador para a renovação, além da obrigatoriedade do seguro em dia, mas o locador não avisa.

 

O controle do Contrato de Locação passa então a ser primordial. Se não houver comunicação dentro do prazo de lei, o locatário perde o ponto comercial. Por falta de comunicação.

 

Será o fantasma do “velho guerreiro”?*

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

 

*Chacrinha: “Quem não se comunica, se trumbica”

Varejo deverá ter um dia das mães como elas merecem

 

 


Por Carlos Magno Gibrail

 

 

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As quedas comparativas do varejo de anos anteriores serão provavelmente substituídas por crescimento acima de 3% em relação ao ano passado. Para o IDV Instituto do Desenvolvimento do Varejo, formado por 60 redes, prevê-se 3,8%.

 

Um grupo de grandes operadores, estudado pelo jornal Valor Econômico e objeto de comentário no Jornal da CBN de ontem, terá provavelmente um aumento maior, tendo em vista que no primeiro trimestre em ascendente desempenho mensal, alcançou 14,8%.

 

 

A análise realizada por Adriana Mattos e Thais Carrança considerou o balanço de nove grupos de empresas de capital aberto:

 

 

Pão de Açúcar, Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio), Restoque (Le Lis Blanc, Dudalina, John John, Individual, BO BÔ, Rosa Chá, Base), Multiplan (18 Shoppings Center), Profarma.

 

 

Eles tiveram o referido aumento de 14,8% no primeiro trimestre do ano, quando passaram de 22,43 bilhões de reais para 25,76 bilhões de reais. E o lucro líquido de 78,8 milhões foi para 506.1 mihões de reais. Aumento de 175%.

 

 

Esses números positivos refletem as melhoras na gestão das empresas, ao controlarem os custos operacionais, e a reação positiva da economia, em função da redução de juros e queda da inflação. Há também a considerar a liberação de 16,6 bilhões do FGTS.

 

 

É um cenário altamente favorável ao movimento dos próximos dias para incentivar o consumidor às compras do Dia das Mães. Com a ajuda de mais 10 bilhões de reais a serem distribuídos através de nova rodada do FGTS depois de amanhã. Sem esquecer o provável adicional da meteorologia, que deverá comparecer com o frio para animar o varejo, que, renovado, irá aquecer as comemorações desta data tão especial.

 

 

Feliz Dia das Mães a todos!

 

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

Mudança de comportamento no comércio é desafio para estatísticas, no BR e EUA

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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Informações sobre lojas, publicadas há pouco, simultaneamente no New York Times e no Relatório Anual da ABRASCE Associação Brasileira de Shoppings Center, dão a impressão que estamos em mundos diferentes.

 

A manchete dos americanos é contundente:

 

“Lojas temem virar peça de museu concorrendo com a internet”.

 

Enquanto os brasileiros, menos enfático mas otimistas, apontam o crescimento do número de shoppings de 538 para 558 no último ano. Perfazendo acréscimo de 3,7%. Registram também aumento de 3,8% na ABL área bruta locável. Que é uma medida da quantidade dos espaços disponíveis para as lojas se instalarem.

 

Não obstante os dados positivos relativos ao desempenho do último ano, registram o potencial de desenvolvimento comparativamente ao atingido em outros países.

 

Tomando a ABL disponibilizada para cada 100 habitantes registram que nos EUA há 219ABLm2 /100hab, no Chile 20ABLm2/100hab, enquanto no Brasil temos 7,4ABLm2/100hab.

 

Esses dados da ABRASCE, embora reais são inócuos, pois considerar o crescimento de ABL é distorcer o resultado. Em virtude do grande espaço ocupado pelas âncoras este índice fica sem significado. É só percorrer a maiorias dos Shoppings brasileiros para atestar os espaços locáveis sem ocupação.

 

Da mesma forma, apostar no potencial de disponibilidade futura da ABL por habitante, é crer no mesmo cenário do varejo, quando há clara sinalização que devido a novos canais e novas conexões, além de específicos lifestyles, haverá uma nova estruturação do comércio.

 

É o que diz o New York Times, apontando que nos últimos três anos o comércio eletrônico que vinha crescendo 30 bilhões ao ano, passou para 40 bilhões de dólares:

 

“A transformação vem esvaziando os shoppings center, levando marcas tradicionais do varejo à falência e causando perdas de emprego em volume espantoso: 89 mil vagas foram perdidas de outubro do ano passado para cá.”

 

Ao mesmo tempo, operações de sucesso digital como a Amazon abrirão lojas físicas.

 

Lojas físicas deverão comissionar vendedores que encaminharem compradores para a web, e lojas físicas abrirão lojas virtuais.

 

Aqui, haverá mudanças no mix, com preferência ao entretenimento. Cinemas, teatros, restaurantes, games, etc. deverão ampliar em muito sua presença.
Lá e cá, quem comandará será o consumidor. As estatísticas que se cuidem.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.