Nos EUA, seu cão rende mais ao médico do que o ser humano

 

 

O doutor Evan Levine é cardiologista em Nova Iorque e vive no estado americano de Connecticut, onde tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Algumas vezes, tenho oportunidade de receber, por e-mail, a coluna que escreve com o sugestivo nome de ”O que seu médico não vai(ou não pode) dizer”. Nesta semana, em seu texto, tenta mostrar como a medicina está mais viável para os médicos que atendem animais do que os que tentam curar o ser humano, ao menos nos Estados Unidos (no Brasil seria diferente?). A crítica tem um alvo: a remuneração proporcionada pelo sistema de saúde americano – algo que me lembra muito a situação enfrentada por profissionais brasileiros de medicina muito mal pagos pelas operadoras de plano de saúde e pelo próprio SUS.

 

Leveni começa o artigo lembrando episódio do seriado Seinfeld, no qual Kramer, o amigo alucinado, leva ao veterinário o cão de um conhecido, alegando que animal de estimação está doente. Ao chegar no consultório, descreve ao médico os sintomas dele e não do cachorro, calculando que seria indiretamente medicado e a um custo bem menor (o vídeo está acima). Do ponto de vista do humor, a estratégia estava correta, mas distante da realidade americana, segundo constata o dr. Levine:

 

“Nesta semana, um colega (cardiologista) contou-me a história de seu cão e os custos para tratá-lo. Infelizmente, seu melhor amigo morreu em consequência de insuficiência cardíaca congestiva, depois de ser submetido a um ecocardiograma que lhe custou US$800, pagamento feito no ato. O tratamento incluiu, ainda, uma ecografia abdominal, que me pareceu desnecessária, e foi realizada pelo veterinário que não é especialista em doenças do coração. A máquina utilizada para realizar o teste foi provavelmente um modelo mais antigo, usado antigamente em seres humanos, que custa uma fração dos equipamentos de eco existentes hoje nos consultórios de medicina. Se ele ou qualquer outro cardiologista tivesse realizado o mesmo tipo de ecocardiograma em um paciente, com uma máquina nova e muita mais cara, teria direito a receber US$250 através da seguradora dentro de um mês. A “eco” para cachorros custou-lhe mais do que o dobro do que ele receberia para a realização de um ecocardiograma em seres humanos! E ele teve que pagar em dinheiro, antecipadamente! Muitos cardiologistas, hoje em dia, têm que pedir autorização da seguradora do paciente e oferecer razões detalhadas para ter direito ao valor cobrado, preferindo arriscar e fazer o exame antes mesmo da instituição assumir este custo.”

 

Dr.Levine diz que gostaria de ser ressarcido pelas seguradoras da mesma forma que os veterinários estão sendo pagos pelos donos de cães. E faz um ótimo trocadilho com mais sentido em inglês do que em português: “I do hope that medicine is going to the dogs”. Brinca, assim, com a expressão “going to the dogs” que ao pé da letra seria “indo para os cachorros”, mas que, em português, significa “ir de mal a pior”.

Nova estação, redobre os cuidados com seu animal de estimação

 

Por Dora Estevam

 

 

Quem tem um animal de estimação em casa? Quase todos nós. Como eu também tenho, duas delas, a Natacha (Labrador fêmea) e a Hanna (Husky fêmea), pensei em fazer um post para você falando um pouco sobre estes bichinhos que são as nossas fofuras. As minhas “meninas” sofrem quando muda a estação, no inverno, então, ficam resfriadas, caem os pelos – o quintal fica totalmente coberto de pelos brancos e beges. Saio correndo atras do veterinário. Como já estou mais bem instruída. penso nesses cuidados um pouco antes do inverno. Conversando com veterinários percebi que é comum apesar de muita gente ainda estranhar tais comportamentos. Tem outros cuidados também que passam despercebidos e um especialista pode nos ajudar. Para esclarecer estas questões, entrevistei o dr. Marcelo Ruiz, da Clínica Veterinária Paulista, do Morumbi, em São Paulo.

 

Ouça aqui a entrevista que gravei com o veterinário Marcelo Ruiz ou leia a seguir:

 

Quais os cuidados com os pets nesta época do ano?

 

Dr. Marcelo: É mais comum nesta época do ano aparecer doenças viróticas, tipo traqueíte virótica ou traquiobronquite dos cães, tem que se fazer as vacinas anteriormente antes que chegue o inverno, pois as gripes são contagiosas entre os cães,é como uma gripe humana. Em dias de frio os cachorros mais sensíveis têm crises de asma, precisa ventilar a casa, principalmente os que ficam confinados em casa. Tem também a troca de pelagem, a alimentação vai influenciar bastante nesta troca, uma ração de alta qualidade pode ajudar a não cair muito os pelos e não vai ficar com falhas no animal, evitando falhas e infecções de pele no animal.

 


Os banhos são necessários?

 

DR. marcelo: A rotina é a mesma. O banho precisa ser em um petshop que têm os secadores especiais e secam bem os pelos até a profundidade para não dar alergia.

 


Eles têm problemas com alergias?

 

Dr. Marcelo: Sim, muitos cães são propensos as alergias, tanto de contato (quando o proprietário limpa o chão com algum produtos não apropriados ) como as respiratórias, sistêmicas, alimentar (precisa dar uma ração especial).

 

As roupas são adequadas para todos os cães?

 

Dr. Marcelo: Os cães não tem tanto frio como nós, só os de pelo curto que tem um pouco de frio e você deve por uma roupa. Já para os de pelo longo é opcional, só que tem que tomar o cuidado de tirar a roupa todos os dias e escovar este animal todos os dias, pois a roupa vai embolar este pelo e isso pode dar problema de pele.

 


Um dica final.

 

Dr. Marcelo: Ame e cuide bem dos seus filhos (pets)

 


Dora Estevam é jornalista e escreve sobre moda, estilon de vida e, também, de PETs, no Blog do Mílton Jung

Petshop sem veterinário é perigo aos animais de estimação, diz conselho regional

Toda loja de animais de estimação tem de ter um veterinário responsável. Caso contrário, há riscos aos cães e gatos que forem deixados no local, mesmo que seja para um simples banho. É o que afirma o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo que denuncia a existência de muitas destas casas funcionando irrgularmente.

O presidente do CRMV-SP, Francisco Cavalcanti de Almeida, disse que os proprietários dos animais tem de prestar atenção também na qualidade dos produtos vendidos nos petshops, principalmente em relação a ração à granel, comum em casas da periferia.

Ouça os alertas do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo feitos no CBN São Paulo.

Em caso de dúvidas ligue para (011) 5908-4799. Mais informações no site do CRVM-SP.