
O vírus da febre amarela que infectou e matou pessoas em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, é diferente daqueles que andavam antes no Brasil e mesmo em outros países. Pesquisadores da Fiocruz conseguiram identificar ao menos oito mutações no vírus atual, a partir do sequenciamento completo do genoma do micro-organismo, obtido em dois macacos bugios.
Maurício Nogueira, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, disse, em entrevista ao Jornal da CBN, que as informações sobre a mutação são essenciais para entendermos o surto recente da doença, no Brasil. Porém, ainda não é possível dizer se foram essas mutações as responsáveis por trazer de volta ao país o medo em relação a febre amarela.
Para ele o próximo passo é aumentar o estudo com amostras do Brasil inteiro para entender o que cada uma dessas mutações causou ao vírus. Nogueira lembra que na ciência cada nova informação gera novas perguntas.
No entanto, é taxativo: a vacina aplicada na população das regiões que sofrem o surto de febre amarela segue sendo eficiente e a melhor maneira de impedir que outras pessoas sejam infectadas e até mesmo morram.
