Reproduzo texto sobre o sucesso da Webcidadania de Jundiai, interior de São Paulo, enviado pelo Henrique Parra Parra, do Voto Consciente da cidade. E acrescento o vídeo institucional da campanha.
Desde Abril, centenas de cidadãos jundiaienses estão usando as redes sociais para construir campanhas de webcidadania e mobilizações que resgatem sua capacidade de influenciar políticas públicas. Misturando swarmings em flashmobs, twittaços e manifestações espontâneas com campanhas descentralizadas em busca de adesões e construção pública de relevância, o ciberativismo invadiu escolas e passa a integrar o dia a dia dos atores políticos locais.
Boa parte dessa mobilização tem como pano de fundo um concurso de webcidadania lançado por organizações sociais da cidade e que, investindo em uma plataforma de crowdsourcing para questões públicas, pretende construir um novo modelo de governança em que os cidadãos comuns decidam e influenciem as políticas públicas.
Trata-se do Concurso Cidadonos (www.cidadonos.org.br), que é promovido pelo Movimento Voto Consciente Jundiaí, conta com o apoio do Cidade Democrática, Rede Social Jundiaí e SENAC, e premiará neste ano as melhores ideias e propostas para transformar Jundiaí na cidade dos sonhos de seus moradores. Serão doze questões premiadas por tipo de propositor – cidadão, ONG, parlamentar e gestor público – com quatro categorias temáticas: Meio Ambiente, Educação, Juventude e Cultura.
Em pouco mais de dois meses, já são 2.169 jundiaienses participando do concurso através do portal de inovação aberta para questões públicas Cidade Democrática. São quase 900 ideias apresentadas para melhorar a cidade e 15 mil atividades – entre apoios, perguntas, respostas e comentários – formando uma grande rede em busca de transformações sociais.
Serão mais dois meses de mobilizações e, no dia 16 de Agosto, haverá a premiação das 12 questões mais relevantes. Elas farão parte de uma Agenda Cidadã que, no segundo semestre, será apresentada a todos os agentes políticos com alguma capacidade de realização (Governo, Terceiro Setor e Iniciativa Privada) para a construção de metas de implementação. Políticas Públicas, Ações de ONGs e Projetos de Responsabilidade Social serão construídos a partir dessa inteligência coletiva e olhando para as ideias mais relevantes.
Em Dezembro, no Fórum da Cidade, cada ator publicará suas metas para 2012, em um ciclo de dois anos que desenha um novo tipo de Orçamento Participativo, desta vez partindo da sociedade – não do governo – e investindo na intersetorialidade como forma de resolver os problemas e construir transformações da realidade social.