O maior perigo não é para quem está dentro, mas para os que estão fora do hospital. É o que disseram os dois médicos consultados pelo CBN São Paulo sobre o uso indevido de jalecos por profissionais da saúde, tema levantado no blog e sobre o qual você pode ler no post Dr House odeia a turma do jaleco na Vila Mariana, um pouco mais embaixo.
O pesquisador do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marco Antônio Lemos Miguel, que desenvolveu estudo sobre a possibilidade de transmissão de doenças através do uniforme, lembra que há risco até mesmo de as pessoas serem contagiadas com a bactéria que provoca a tuberculose.
O infectologista do Hospital Emílio Ribas Caio Rosenthal teme muito mais a contaminação provocada por médicos e enfermeiros que não lavam devidamente as mãos. No entanto, ressalta que vestir o jaleco do trabalho em atividades externas não é mesmo recomendável.
Ouça a entrevista do dr Marco Antônio Lemos Miguel:
Ouça a entrevista com o doutor Caio Rosenthal:
Estudantes de ciências biológicas da USP mantém campanha sobre o uso consciente do avental que você pode acessar clicando AQUI. Os cartazes para chamar atenção dos estudantes trazem mensagens bem humoradas com esta que publico abaixo:

Poucos se dão conta do perigo de contágio existente nos jalecos médicos usados fora do ambiente hospitalar. Confesso que eu mesmo não havia atentado pAra tal ameaça à saúde. Sua matéria,Mílton,foi muito oportuna.
Milton aqui no Rio de Janeiro é bastante comum encontrarmos pessoal da área médica andando
pelas ruas de uniforme. Moro´perto de uma hospital famoso e na hora do almõço todos saem, pegam em dinheiro e depois voltam para cuidar dos doentes. Um absurdo.
Milton!
Também acho um absurdo os médicos saírem por ai, e até prá almoçar, usando seus jalecos.
Trabalho próximo ao Hospital das Clínicas em São Paulo e vejo DIARIAMENTE esse fato ocorrer e, o pior, eles ficam com o estetoscópio pendurado no pescoço!!!
O jaleco já é um absurdo, mas o estetoscópio deveria ser proibido de ser utilizado fora das dependências do hospital, você não acha? Afinal o estetoscópio toca diretamente a pele do paciente.
Excelente matéria!