Por Adamo Bazani

O cenário é do fim dos anos 60, no bairro Campo Limpo, zona sul de São Paulo. Com a expansão e reorganização das vias que cercavam o rio Pinheiros, que até os anos 20 era sinuoso e tinha pequenos portos para a extração de areia, diversos loteamentos começaram a se formar nos bairros próximos. Foi num desses terrenos, numa casinha humilde que nascia mais uma grande paixão pelos transportes.
Uma paixão tímida no início, sufocada por preconceitos, mas que ficou em brasa amena dentro do coração e que vinha a se inflamar 30 anos depois. Solange Guarento, hoje motorista de serviço de lotação regular intermunicipal, lembra que com seis anos de idade, quando via os ônibus, bastante coloridos (não havia padronização na pintura) passar na recém expandida Marginal Pinheiros, sentia algo diferente no coração. “Me chamava a atenção ver os ônibus indo pra lá e pra cá. Comecei a anotar os prefixos, os nomes, as cores. Ia pra escola sem saber ler direito, mas sabia que o ônibus de cor amarela me levava lá. Era tudo ainda parado no Campo Limpo. O ônibus dava vida”.
Filha única, Solange não tinha com quem compartilhar a paixão que nascia. Os familiares poderiam repreendê-la. “Como uma menina, que deveria gostar de casinha, roupas e bonecas, ia dizer que o que chamava a atenção era o ônibus?”.
Na época, mulher tinha que ser dona de casa, professora, datilógrafa. Mas, bem antes mesmo do termo “busólogo” se tornar conhecido, Solange, em silêncio, praticava a arte de admirar os transportes. “Anotava os prefixos, desenhava, elaborava na cabeça novas linhas e, mesmo sem entender direito de mecânica e detalhes técnicos, nomes de encarroçadoras, como Carbrasa, Caio, Ciferal, etc faziam parte do meu vocabulário”.
Os passeios nos trólebus importados dos Estados Unidos, e operados pela CMTC nos anos 70, também faziam Solange sentir algo diferente no coração. “Eu quando criança, pegava trólebus, perto de casa para ir ao Belém, na casa do meu tio. Me fascinava a suavidade da viagem, a educação e a atuação dos motoristas, com seus uniformes impecáveis. Nesta época, não me via como motorista; só mais tarde, quando já dirigia, pensei: por que não? Mas faltava a oportunidade.”
A paixão da época de menina, deu lugar às exigências e cobranças da sociedade. Solange foi trabalhar em outras áreas, estudou e o amor ao ônibus parecia ter sido uma fase de infância e adolescência. “Sabe aquelas coisas que você gostava quando era jovem e hoje até desacreditaria que curtia aquilo”.
Mas com Solange, a paixão pelos transportes estava arraigada. No fim dos anos 80, ela consegue um serviço para o transporte escolar na cidade de São Paulo.
“A correria da cidade, o trabalho na rua, vendo os ônibus pra lá e pra cá, as cores, os modelos e até mesmo a fumaça, me fizeram sentir aquela menina de seis anos de novo”
Dirigir na CMTC, preconceito e piadinhas
“Vale a pena perseverar e esperar. O importante é não deixar ninguém estragar os sonhos. Ninguém tem o direito de humilhar os outros pelo sonho”. Foi nesse espírito que o que era então um desejo quase impossível de criança se tornou realidade em 1991. Um amigo de Solange disse que a CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos) tinha aberto vagas para motorista.
Na época, com a disputa com os transportadores clandestinos, o sistema de ônibus da cidade teve de passar por uma grande reformulação. Linhas foram criadas, outras expandidas, encurtadas, e muitas empresas haviam deixado o sistema. A CMTC teve de assumir várias regiões.
Solange não pensou duas vezes e prestou o concurso. “Passei com louvor. Eu, sem experiência com ônibus urbano grande, mulher, fiquei na posição de número 25, entre mais de 200 que tentaram a vaga na base operacional da Avenida Guido Caloi, na zona Norte de São Paulo.”
Logo no início, ela se sentiu estranha em meio a uma multidão de homens. Sem contar, o desafio de encarar o preconceito e as piadinhas .
Uma coisa é ter o preconceito do usuário, que muitas vezes nem sabe como se dá partida num ônibus, mas preconceito por parte dos colegas, irritava Solange, que tinha respostas às provocações na ponta da língua. Quando falavam para ela pilotar fogão, tascava: “Se eu fizer no fogão, o que vocês fazem no volante, será um desastre”.
A primeira linha que dirigiu foi “Morro Grande/ Praça da Republica”. Como ela não conhecia a zona Norte, durante uma semana, um instrutor da CMTC auxiliava no itinerário. Pela janela do modelo monobloco Mercedes Benz O 365, hoje já fora de fabricação, Solange viu alegrias e tristezas. Assistiu à criminalidade aumentar na zona norte, os bairros se desenvolverem, as ruas serem alargadas e o comércio se expandir.
“O modelo O 365, em 1991, já era meio rodado. Era carro pra iniciante mesmo, apesar de ser gostoso de dirigir. A ‘onda’ eram os Scanias e os Monobloco O 371, mas eu sabia que ia conquistar mais espaço” E isso foi questão de tempo. Solange viu a formação dos corredores exclusivos de Santo Amaro, na zona Sul da Capital Paulista e do Cachoeirinha, na zona Norte.
Adivinhe quem estava nas mãos de Solange ? Os Scanias que eram coqueluche entre motoristas, cobradores e busólogos. “É impressionante como o ônibus faz parte da nossa vida. Parecia que aquele Scania era parte de mim ou um filho, sei lá….não me via sem ele”
A paixão foi tão grande que, atualmente, Solange se emociona ao passar pela garagem que trabalhava e ver os ônibus abandonados. Ela chega a chamar os ônibus de “minhas amadas Scanias”
“ Foi terrível acompanhar a contagem regressiva da minha unidade. As linhas sendo entregues, colegas sendo dispensados, carros indo embora, e os que ficavam sendo sucateados por falta de manutenção. A minha garagem virou, parcialmente, uma praça e um cemitério de ônibus. Sempre que posso passo por lá. Ainda me emociono quando vejo minhas amadas Scanias apodrecendo no tempo por quase 15 anos, no pátio da Av. Guido Caloi. É revoltante, estes carros não terem sido aproveitados, pois atenderiam plenamente até hoje a muitas cidades deste país tão carente de transporte”.
Senna acelera e Solange acompanha
Os fins de semana eram especiais para Solange. Ela deixava a linha convencional e atendia pessoas com deficiência em um serviço prestado pela CMTC. E o mais legal, segundo a motorista, é que não era para levar as pessoas ao médico, fisioterapia, tratamento, etc. Era para dar um pouco de vida a essas pessoas comuns, como qualquer outra, mas que possuíam uma restrição.
“Com muita alegria, todo sábado pela manhã, eu fazia uma linha somente com pessoas com deficiência. Eu pegava cada um em seu domícilio, e levava a um clube da prefeitura na Av. Marques de São Vicente. Foi uma lição de vida conviver com estas pessoas. Só alegria. Destaco também o treinamento dado pela empresa para conduzir estas pessoas: ninguém tem noção do que um deficiente passa para se locomover nesta cidade. Aguardavam ansiosamente os especiais: shows, carnaval, formula 1, futebol, que eu nunca fiz por não gostar de torcedores mal-educados. Assisti a diversos shows internacionais, como Madona, Michael Jackson, vi treino de Airton Senna. Era uma festa, que saudade.”
Os treinos da Fórmula 1 eram destaque. “Ayrton Senna acelerava no autódromo, eu nas ruas com o ônibus. Acelerava com responsabilidade, porque meus passageiros eram especiais”
Já o futebol nunca foi bem visto por Solange, não pelo esporte em si, mas pelas torcidas. “Dava tristeza na segunda de manhã, quando via os ônibus que serviam as proximidades dos estádios, com janelas, luminárias quebradas e até lataria amassada”.
Com o desmonte da CMTC que deixou de ser operadora do sistema de transporte de passageiros entre 1994 e 1995, Solange foi trabalhar em outras empresas, como a Zefir e Kuba. Mas a estrutura nem se comparava.
Ela lembra que na Zefir, a empresa nem garagem tinha. Os ônibus eram colocados na rua e abastecidos em postos comuns. Na Kuba, a maior parte dos ônibus era de motor dianteiro “Estranhei muito. Horrível. Estava acostumada com os monoblocos e Scania, mas me adaptei depois”.
Solange continua trabalhando com ônibus, nos micros intermunicpais, de cooperativa, da linha Embu /Pinheiros. Mas a paixão, daquela menina de seis anos, continua da mesma forma. E ela finaliza dando um conselho aos novos profissionais da área. “O ônibus que dirigimos é a camisa do nosso time. Então, vista essa camisa. O passageiro é nosso torcedor, merece o melhor da gente e respeito, principalmente os idosos e portadores de deficiência, que tem muito a nos ensinar na vida. Aprendo cada dia com eles”
Adamo Bazani é jornalista e se auto-denomina “buspórter”, toda terça-feira conta mais um capítulo da história do transporte de passageiros.
Muito legal… Parabéns a Solange pela coragem…
Se esse ramo é difícil para homens, imagine para mulheres. Parabéns
Que belo exemplo de persistência nos dá essa profissional…
Valeu pela bela reportagem.
Continue assim é bom saber que não somos únicos.
Sinceramente
A mulher aguenta muito mais o tranco que os homens.
Sore vários aspectos.
Não estou falando em força física.
Boa Tarde, Adamo.
Gostaria de dizer que fiquei surpreso ao saber que existia tanta gente com a mesma paixão que eu, parabens pela reportagem.
Vai aí uma dica; em Santo André Cidade onde vc mora que eu sei, tem uma Motorista também que hoje trabalha na empresa união Santo André que se chama Sônia, pois ela também é apaixonada por ônibus, trabalhei com ela lá.
Abraços.
Mostrando mais uma vez a oportunidade das mulheres! Até que enfim as mulheres foram “prá boléia”!
Parabéns pela divulgação!
Abçs!
Pablo
Parabéns a mais uma de muitas mulheres que largaram a beira do tanque, do fogão e que passaram por preconceitos rídiculos e que hoje são referências de boa conduta no trânsito. Elas estão dominando o mercado de condutoras, a cunhada do meu irmão, por exemplo, em 6 meses ganhou mérito de melhor condutor na empresa em que trabalha, o que um motorista demora em média 1 ano para conseguir ganhar este feito.
Quando tinha meus 6 anos de idade, também, já ia pra escola admirando estes veículos gigantes… daí o sonho de criança… gostaria de ser motorista… aprendi a dirigir vendo diariamente os motoristas de ônibus, conduzindo os LPO 1113 de Mogi das Cruzes, da saudosa Eroles, e como um gravador, atentava detalhadamente como se fazia. Sempre via pisando duas vezes na embreagem, o jeito de engatar, a primeira marcha pra trás… Até pedia para o motorista deixar sentar na tampa do motor… Ali nascia um apaixonado por ônibus… fui crescendo, aprendendo a associar os ruídos dos motores dos Gabrielas e Amélias com os prefixos…e tinha um amigo, o Elder, que observava e não acreditava… Eu sempre acertava. Claro… tinha os truques… sabia os horários… as linhas e os sons mesmo !!! Cada um tinha o seu. Hoje, após 23 anos, devidamente habilitado e com o curso de transporte coletivo feito, tudo certinho, nem acredito que o sonho de pilotar uma destas máquinas se aproxima… sei o que ela sente… a empresa que admiro não atua mais na minha cidade… mas mesmo assim, o sonho continua e quem sabe em breve eu possa ter um Gabriela ou Amélia pra poder levar meus amigos para dar uma volta em Mogi… talvez nunca trabalhe pra ninguém, mas poder dirigir um veículo em 1986, com 6 anos… impossível… mas dirigir o mesmo veículo de 1986 após 23 anos… a ainda ser meu ?? Isso sim que é loucura. Sei muito bem o que ela sente… PARABÉNS A ESTA MULHER DE GARRA!!! Em Mogi tem poucas e impressiona ver como elas desempenham suas funções… é bonito admirar… lembro que em 1986… mulher?? Só no banco de passageiro. Que feio. Elas merecem toda a nossa confiança !!! Dá-lhe as mulheres !!!
Isso sim é exemplo a ser seguido pelos marmanjos que se dizem “chapéu de bico” e que, aos montes, fazem barbaridades no trânsito!
Parabéns às mulheres que, com a mesma sensibilidade com que cuida dos filhos, cuida também dos passageiros no dia-a-dia!
Aqui em Guarulhos elas já são muitas nos volantes dos ônibus urbanos! E que continuem assim! Um chefe de tráfego de uma empresa daqui até me confidenciou que elas são bem melhores do que os homens… isso nós sempre soubemos, difícil foi ver machistas admitirem!!! Isso é história para ser contada sempre mesmo fora do “mês delas”!
Aproveito para parabenizar o Milton Jung pelo blog… muito embora minha vida profissional seja voltada diariamente para o transporte coletivo da minha cidade eu não conhecia este espaço e, através de um conhecido hoje fui impelido a copiar seu link e… aqui estou !!!
Vivam as mulheres motoristas,que dão uma verdadeira aula de direçao.
Vivam os ônibus,os terminais e pontos e tudo do transporte de São Paulo.
MILTON SOU OUVINTE DO CBN SAO PAULO A MAIS DE 10 ANOS E MAIS RECENTEMENTE FIQUEI SABENDO QUE TEM UM BUSOLOGO NO PROGRAMA , AVISE A ELE QUE TENHO MAIS DE 20 MODELOS EM MINIATURA DE ONIBUS E POSSO MANDAR FOTOS TAIS COMO ALPHA, VITORIA,MILENIUM ARTICULADO, E VARIOS MODELOS DE TURISMO , MUITO FIEL AO ORIGINAL UM ABRAÇO WILLIANS EUSTAQUIO GONÇALVES
Bela história, e com aspectos que eu mesmo vivi, como conhecer o ônibus antes mesmo de aprender a ler, paixão, é o que melhor define este sentimento pelos ônibus.
Não faz muito tempo em Belo Horizonte estava indo de onibus para a Pampulha e a motorista em conversa com uma passageira, devia ser sua conhecida, comentava que na semana seguinte iria formar-se na faculdade de matemática e depois iria trabalhar como professora e pretendia seguir nos seus estudos pós graduação, mestrado, doutorado ate chegar a professora universitária.
que exemplo!!
Mais uma vez parabéns a essas mulheres maravilhosas.
O hobby acerca dos ônibus é muito saudável e divertido…é bom ver que cada vez mais as mulheres tem participado dele!
Caro Adamo , sou ouvinte da CBN a mais o menos uns 6
anos , acompanho todo o dia a programação da radio
principalmente o Herodoto Barbeiro e Milton Jung , parabens pela reportagem Referente a Motorista Solange ,
Nos ultimos tempos venho acompanhando varios mulheres dirigindo onibus , espero que este numero aumente , elas no volante são muito atenciosa , com os passageiros , respeitam as regras de transito ,e quando solicitamos uma informação são muito prestativa ao contrario de muito motorista arrogante e estressados que existem por ai o qual dirigem onibus pensando que sao tanques de guerra em nossa cidade ,
Adamo continuem a divulgar mais reportagem referente a Onibus parabens .
Eu, assim como Solange, cresci vendo os ônibus assim como ela e sempre sonhando em trabalhar com o transporte. Hj também sou motorista, muito bem qualificado, com curso de mecânica, MOPP, transporte coletivo de passageiros e transporte de escolares. Conto com larga experiência em nossas rodovias e na cidade de São Paulo. Eu só ainda não trabalhei com ônibus, trabalho entregando peixes na grande São Paulo, região de Jundiaí, Sorocaba e Vale do Paraíba. Mas é bom, enquanto isso, ganho mais experiência ainda para pegar um ônibus na mão!!!
A história da Solange é digna de aplausos por ter tido um sonho e não ter desistido.Sobre as mulheres dirigirem ônibus,eu tenho um grande orgulho,já que elas tem muito cuidado no trânsito,dirigindo desde veículos menores até os articulados (como já presenciei em minhas andanças)
Parabéns pela reportagem,Adamo!
As mulheres não devem em nada aos homens no comando dos coletivos. Já vi uma mulher dirigindo um ônibus de três eixos em Porto Alegre. Relatos de amigos dizem que ela conversa com passageiras amigas como uma dona de casa, numa cena pitoresca e que muitos viriam como paradoxal.
Concordo com o Armando Italo… As mulheres aguentam mais o tranco do que os homens…
Olá Adamo! Sempre acompanhei suas reportagens pela CBN e me surpreendo em saber que você é mais um dentre tantos aficcionados pelo ônibus.
Sensacional essa reportagem sobre a Solange e sua paixão por ônibus. Sou fã assumido dos Scanias! Ela é um exemplo para que outras mulheres se aventurem a desafiar o preconceito e seguir em frente em busca da realização de seus sonhos. Viva a Solange!
Até te faço um convite a visitar o RELATOS DE VIAGEM ETC, onde falamos de muitos assuntos tendo como ponto de partida o ônibus.
Grande abraço e tudo de bom!
Grande Adamo e Milton Jung,
para um pais sobre rodas, falar de automóveis, camimhões ou ônibus seria simples e fácil. Claro que muita gente tem como hobbie falar de automoveis, poucos falam de caminhões e outros poucos falam de ônibus. Isso é até normal se pensarmos nas proprias representações numéricas existentes.
Mas não existe nada que mais defina o nosso hobbie que a música Chegadas e Partidas, do Milton Nascimento. Um ônibus tem uma importância imensa na vida das pessoas, pois transporta-as para o trabalho, para viver alegrias quando se visitam parentes, para o amor, quando se buscam encontros com a familia, esposas, namoradas etc….
E nos transporta, literalmente para novos conhecimentos, novos lugares, novas experiências.
Eu sou LOUCO POR ÔNIBUS, mas louco tb pela vida. E se não fosse um PENHA Eliziario pref. 1047, saindo de capão Bonito às 01.40 hs do dia 04 de março de 1.976, com destino ao meu futuro, talvez nem estivesse digitando esta mensagem neste laptop.
Porisso, viva os ÔNIBUS e viva ainda mais nós, que somos LOUCOS POR ÔNIBUS.
Histórias de vida, num transporte de sonhos….
com carinho e homenagem à Solange.
Descobri seu blog hoje, parabens pelas materias, e viva as mulheres motoristas, esses dias vi uma dirigindo um 1450 LD da transpen na linha Ctba x Campinas. Abraço.
Saber que existem pessoas que gostam de ônibus é para mim uma grande satisfação, eu desde criança sempre gostei deles, conheci a Solange de vista nos idos dos anos 80 quando ela dirigia com maestria e profissionalismo o ônibus Scania/Marcopolo/Torino nunca nos falamos pessolamente, mas foi através dos fotologs que a vi novamente e lembrei que na época eu ficava na esquina da Av Rio Branco com o Largo Paissandú observando a dirigir aquele ônibus . A minha admiração por ela foi maior ainda por saber que eu não era o unico que gostava de ônibus , ser busólogo não é só admirar motores, chassi e carrocerias mas é também contar as histórias da nossa cidade através do ronco dos motores e das janelas pelas quais vemos a vida passar. Parabens a CBN pela iniciativa, sobretudo o Milton que tenho uma admiração muito grande e para nossa grande amiga e guerreira Solange tudo de bom e obrigado.
muito boa matéria amiga eu, adorei ouvir sua história e pricipalmente falar da cmtc sem duvida nenhuma a melhor empresa de ônibus que São paulo já teve bjuss querida…..
Esplêndidas as fotos e tb os breves relatos. Parabéns ao autor.
Parabéns a Adamo Bazzani,por mais uma vez dar vez e voz a pessoas especiais como Solange,de quem também compartilho este sentimento pois tamabém fui funcionário da CMTC.é triste ver o patrimônio público,sendo depreciado,estes ônibus poderiam muito bem servir de Biblioteca VOLANTE,POSTO MÓVEL DE SAÚDE entre outros que serviriam muito bem a população carente de São Paulo,além de ser uma forma de “pagar” a compra deste õnibus feita com o meu,o seu ,o nosso dinheiro.