Idec avalia o que fabricante faz com lixo eletrônico

Imagem da Galeria de Marcbraz no Flickr

Abra a gaveta de traquitana da sua casa e veja quantos aparelhos de telefone celular estão jogados lá dentro. Tem também baterias soltas, fonte de todo tipo, mouse estragado e teclado usado. Tem o que não cabe no armário, foi parar no canto de um quartinho qualquer, está amontoado na despensa, muitas vezes atravancando o caminho. Por ano, produzimos 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico em todo o mundo, e a maioria não tem a menor ideia do que fazer com os equipamentos que ficam defasados cada vez em menos tempo. Jogar nos aterros sanitários ou entregar para que o lixeiro resolva este problema não são soluções viáveis nem saudáveis.

As empresas de tecnologia tem responsabilidade sobre os produtos colocados no mercado e teriam obrigação de receber este material de volta, após usado. Para saber como se comportam, o Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – fez levantamento em 20 fabricantes de telefonia móvel, eletroeletrônico e informática. A análise da política de descarte e reciclagem foi feita com base em questionário – apenas metade respondeu – e em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor. Em seguida foram definidos critérios de pontuação e a avaliação foi feita em uma escala de 0 a 5.

Veja o conceito de cada uma das empresas no olhar do Idec:

Classificação segundo Idec

Foram desclassificados por não responderem o questionário Acer, Apple, BenQ, CCE, Lenovo, LG, Nokia, Panasonic, Semp Toshiba e Sony.

Da próxima vez que você for fazer a compra de um celular ou um computador, não deixe de perguntar para o vendedor qual a política de descarte ou reciclagem da empresa. Senão, melhor preparar o puxadinho na sua casa para encostar os equipamentos mais antigos.

A avaliação completa com o desempenho das empresas nas informações divulgadas pelo SAC você lê no site do Idec.

8 comentários sobre “Idec avalia o que fabricante faz com lixo eletrônico

  1. Muito boa essa avaliação do IDEC e a prestação de informação que o Milton está nos dando.

    Um dia, todos esses fabricantes vão entender que devem dar destinação a seus lixos eletrônicos e o consumidor conscientizado vai escolher um produto em detrimento do outro.

    O mercado vai separar o “joio do trigo”.

    Eu farei a minha parte e vou usar essa lista ainda este ano com certeza.

  2. O IDEC sempre colabora com pesquisas interessantes e fundalmente importantes.
    Parabéns pelo alerta a todos os consumidores de tecnologias com altíssimo grau de obsolescência!

  3. Isto mostra como nossas leis sao frageis em relacao ao descarte de lixos eletronicos , Eu duvido se uma empresa como a Dell faz isso nos USA ou se uma Sony faz isso no Japao.Elas seriam duramente multadas , mas no Brasil tudo pode. Saudacoes Coloradas Milton.

  4. Bom dia. Tenho como voce recomendou uma dispensa para lâmpadas, produtos eletrônicos, baterias, etc. Compro cartuchos da Hp para impressora a laser e dentro da caixa vem formulário para devolução do usado, “se morasse no EUA”.
    Não tenho como guardar mais, então vou tomar uma providência, vou devolver para as respectivas empresas através do correio e eles que se virem.
    É dificil ser ambientalmente ético no Brasil mas eu não desisto. Obrigado Mílton.

  5. É isto: devolver para o fabricante.

    E mais: deixar já na loja, na hora da compra, o que não se precisa levar, como parte do material da embalagem.

    O dono da Lush (sabonetes e outros produtos de toucador em barra) fez esta proposta na Inglaterra. Está no Youtube.

    Aliás, a própria filosofia da Lush é esta. Para quê fazer algo líquido, que precisa de frasco, se pode ser feito e vendido em barra.

    Parabéns aos brasileiros que já acordaram para isto.

    E temos que fazê-lo principalmente com produtos importados, que entram discaradamente no Brasil embalados em montanhas de EPS (conhecido como Isopor, que é uma marca registrada). Lá fora não pode, mas, para mandar para cá pode, não é?

    Valeu, colorado !

  6. Se é difícil achar destino ecologicamente correto para algo parado na prateleira de casa, imagine para um armário cheio, trabalho com assistência técnica de produtos eletrônicos, e achar um destino para aquelas placas e produtos obsoletos ou queimados é algo complicado.

    Acredito que ainda estamos engatinhando quando se trata de reciclagem de produtos eletrônicos, a avaliação do IDEC mostra apenas uma das pontas do problema, ainda temos que contar com uma infinidade de produtos “sem marca” que são importados e pulverizados a esmo no mercado, com certeza esses produtos não contam com nenhum fabricante responsável pelo pós venda no território nacional.

  7. Perguntinha básica Milton
    Será que em Brasilia também não tem nada para ser reciclado?
    Algum “material ou equipamento” inservível, fora de moda, em desuso, obsoleto?
    Quem sabe ne!

  8. Faço faculdade artes.Estou fazendo um projeto sobre E-lixo.
    Foi como retirasse uma venda dos meus olhos.
    Percebi o quanto há um despreparo da população em geral no descarte do lixo eletrônico.
    temos que fazer leis urgentes, por que senão nosso futuro bem próximo será um castrátofe. abraços conte comigo para o que der e vier.

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