O noticiário de três dos principais jornais de São Paulo sobre a Câmara Municipal, nesta quarta-feira, foi bastante rico. Na primeira página do Diário de São Paulo, com direito a foto de plenário vazio, “Câmara de SP: Cem dias sem aprovar projetos de vereadores”; no alto e em letras garrafais da primeira página da Folha “Imobiliária banca vereador que atua pelo setor em SP”; e nas internas do Estadão “Entidade quer cassar mandato de relator do Plano Diretor”.
Para quem se preocupa com o trabalho no legislativo, sinal de terra arrasada. “Não sabia que até ele estava metido nessa”, disse-me o primeiro que encontrei na redação. “Só tem bandido”, tascou outro mais à frente.
Pé no chão. É preciso pensar antes de mais nada que a ideia de que todos são bandidos, ladrões e corruptos só serve mesmo para os bandidos, ladrões e corruptos – e estes existem, apesar de muitas vezes não sermos capazes de identificar seus nomes ou qualificar seus crimes.
A começar pelos cem dias de trabalho no legislativo municipal, o jornal se antecipou, pois os vereadores apesar de terem tomado posse em primeiro de janeiro, só entraram na Câmara em primeiro de fevereiro. Mesmo que tivessem completado este período simbólico sem aprovar nenhuma proposta de vereadores, é preciso avaliar que os projetos de lei tem trâmite a ser seguido até estarem prontos para serem votados em plenário, em duas votações como prevê o regimento interno.
Mais importante é avaliar outras informações que estão na reportagem do Diário, na qual é possível ver que tipo de projeto de lei cada um deles apresentou. Sinaliza a que vieram. Há quem não tenha apresentado nada até agora, assim como aqueles que deram entrada a projetos sem nenhuma importância. É significativo ver, ainda, o comparecimento deles nas comissões para as quais foram escolhidos.
Do financiamento de campanha, destaque na Folha e Estadão, é preciso estar atento para o fato de que não há irregularidade nenhuma em candidatos receberem doação, desde que registrada no Tribunal Regional Eleitoral. Mesmo que o recebam da Associação Imobiliária Brasileira que a Folha acusa ser testa-de-ferro do Secovi, que se apresenta como Sindicato da Habitação, e repassou R$ 6,5 mi aos vereadores. É claro que quem dá, cobra. Ou pede de volta.
É isto que reforça a desconfiança em relação a atuação desses vereadores, como demonstra a Associação dos Comerciantes da Santa Efigênia que teme pelas decisões do líder do Governo na Câmara e relator do projeto de concessões urbanísticas, José Police Neto (PSDB), na lista dos financiados pela AIB, conforme afirma o Estadão.
Sobre este assunto, aliás, a informação desta tarde é que os comerciantes não entrarão com pedido de cassação contra Police Neto como anunciado no jornal. Querem é pressionar a prefeitura a mudar o projeto que, de acordo com eles, foi levado à Câmara sem discussão prévia. No caso ainda há o “fogo amigo” de parlamentares de olho na relatoria da revisão do Plano Diretor.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL), que foi candidato à prefeitura de São Paulo, e um dos dois únicos a declararem a lista de financiadores antes da eleição, entrou com representação no Ministério Público Eleitoral para que o caso das doações da AIB seja investigado. E faz bem.
Ao cidadão cabe, a partir desta enxurrada de informações, ainda maior rigidez na fiscalização dos parlamentares, monitorando o comportamento deles nos projetos que interessam ao setor que os financia. Um desafio, principalmente, àqueles que se comprometeram com a campanha Adote um Vereador.

Existem duas saídas para o Brasileiro fugir da corrupção e da podridão que o Brasil está afundado até o nariz.
1- Aeroporto Internacional Franco Montoro – Guarulhos – GRU -SBGR
2- Aeroporto Internacional Tom Jobim – Galinhão – GIG – SBGL
Fui
É, Milton, o senhor Vereador José Police Neto deve muitas explicações aos paulistanos. Quebra de decoro escancarado.
Já passamos da hora de reavaliar todo o sistema eleitoral. Começando pelas pseudo pesquisas de opinião e, principalmente, financiamento de campanhas.
Só quem entra na política sabe direito como a coisa funciona. É bom lembrar que o dinheiro vale mais que qualquer ideologia e que certos políticos para se mater no poder são capazes de vender suas almas ao diabo. Talvez o financiamento público de campanha política pudesse diminuir “um pouco” essas trocas de favores. Interessante lembrar, também, que nenhuma empresa quis financiar o candidato a Vereador Antônio do Glicério. Por que? Se eles dizem que doam sem nenhum interesse então deveriam financiar qualquer um candidato.
É bom lembrarmos, que estamos ainda em uma democracia, sendo que nos elegemos nossos politicos, para o Sr. José Police Neto ser eleito pelo voto do povo, teve seus méritos reconhecido pelo mesmo. Receber dinheiro privado em suas campanhas é indicio que ainda funciona uma democracia em nosso pais, pois, escolhemos quem queremos que nos governam. Sabendo que vivemos em um mundo em que o dinheiro é o pilar de uma pseudoestabilidade. Ajudamos da maneira que podemos, oferecendo dinheiro, oferecendo algo na forma de agradecimento e de admiraçao pelos serviços prestados ou a ser prestados pois acreditamos que o politico escolhido por nos faça algo em que acreditamos ser o melhor. Por isso se chama “doaçao de campanha”. (Nunca desista de lutar pelo que é certo.)
Políticos matam as mães para irem aos bailes dos órfãos.
Só vivem apoiados na “Lei de Gerson”
Lembram?
E assim vamos “vivendo” e aprendendo o que não deve.
Eis o Brasil de hoje!
Escandalos em cima de escandalos, corrupção desenfreada as claras.
Bom nem preciso falar que teremos muito trabalho com esses vereadores, más como eleitor e cidadão me comprometi e não volto atrás.
Vou investigar tudo isso com muita paciência que Jó me ensinou.
Para essa Casa que é do POVO eu, como cidadão, quero que se mexam pois a fila esta andando e aqueles vereadores que se sentirem pressionados, vigiados e até “fazerem beicinho” com o Eleitor ou com a Imprensa, vocês não são obrigados a permanecer nos cargos.
Aqueles que se sentirem improdutivos e imcompetentes peçam para sair.
Senão o POVO fará isso!
Acredito que o que precisa ser focado não é o vereador que recebeu, mas o que recebveu doação e não declarou a justiça eleitoral. Essa é a questão
Todos os vereadores devem explições para qualquer cidadão, afinal nós contribuintes, eleitores somos os “patrões” deles. Uma pena que tudo tem um interesse que não é claro. Até os vereadores que se dizem transparentes estão sumindo! Gostaria muito de ver parlamentares exemplares, quero ter esperança, político não pode ser sinônimo de mau caráter! Posso ter esperança?