“Pouco se fala dos feitos desta Casa. A mídia tem sido um pouco ingrata com os que muito trabalham por esta cidade. Estou aqui para defender os cidadãos e acho que a vida pública fica comprometida pelo excesso de críticas e poucos elogios para aqueles que trabalham pelo bem do município.”
Marco Aurélio Cunha (DEM), um dos vereadores que mais faltaram as sessões das comissões permanentes da Câmara Municipal de São Paulo.
Mílton Jung 
Ohhh Milton, q injustiça com o nobre vereador. Ele faltou muito pq foi visitar o povo, enquanto nós estávamos só criticando a Casa ele tava ralando. “Mais” q injustiça!!!
Bom, nesse caso como “padrinho” dele, vou ler a fala na íntegra no Diário Oficial e pedirei que discorra mais dessa fala.
Não quero ser acusado de fazer julgamento precipitado.
Contudo vejo que está entre aspas e aí………aguardem.
1- Quais feitos da casa não estão sendo passados ao cidadão, que eu faço questão de colocar no blog para a população.
2- Quem são esses que muito trabalham pela cidade na opinião dele e em quê?
3- Perguntarei a ele quais elogios o senhor acha que deveríam ser atribuídos aos vereadores?
4- O que ele sugere para a Imprensa abordar mais, no noticiário, para não comprometer o trabalho do vereador?
5- O senhor se sentiu criticado injustamente?
Podem me cobrar depois.
Abraços.
Como prometido aí está a fala do meu afilhado para consulta e opinião do eleitor e cidadão paulistano.
O SR. MARCO AURÉLIO CUNHA (DEM) – (Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Srs. Vereadores, amigos que nos assistem pela TV Câmara São Paulo, boa tarde. Aproveito este espaço para fazer um comentário em relação à carga de críticas que esta Câmara Municipal tem recebido dos jornais.
A conferência do nosso trabalho é legítima. A opinião pública tem de estar a par de cada momento e de cada passo dado por esta Casa. Deve acompanhar e cobrar dos seus Vereadores um grande trabalho, porque a cidade de São Paulo precisa absolutamente de Vereadores corretos, que busquem o bem comum e atuem de forma justa e concreta.
Porém, parece-me um pouco exagerada as afirmações que, às vezes, a mídia – justa e necessária à formação da opinião deste País – faz.
A meu ver, há grandes Vereadores, grandes contribuidores para que esta Casa seja um grande sucesso. Entretanto, está faltando um pouquinho de discernimento entre a crítica e a oportunidade que esses Vereadores têm para mostrar o seu trabalho.
Criticaram, por exemplo, os 100 dias de trabalho deste ano; mas pouco se falou de tudo que foi debatido.
Não se começa um mandato, como o meu, por exemplo, com projetos pré-estabelecidos, com grandes feitos, pois para isso é necessário ter conhecimento, compreender a Casa e, assim, ter ideias concretas.
Basta um projeto bem-sucedido, bem apresentado para fazer, talvez, valer o mandato, mais do que uma sucessão de pequenos projetos para mostrar apenas números e não qualidade. Acho que a mídia tem sido um pouco ingrata com pessoas que trabalham muito nesta Casa, mas que talvez ainda não tenham tido tempo para mostrar a que vieram.
Tenho absoluta certeza de que trabalhar na vida pública é um grande desafio e por isto me propus a lutar por um espaço como Vereador nesta Casa: para defender ideias em prol da Cidade e do cidadão. Às vezes, sou malcompreendido, porque muita gente confunde o meu cargo de Vereador com o meu cargo de dirigente do São Paulo Futebol Clube. Tenho recebido muitos e-mails cobrando minha participação nesta Casa. No entanto, minha participação tem sido extremamente assídua, tenho saído daqui muito tarde e trabalhado bastante em prol das necessidades do cidadão e da cidade de São Paulo.
Essa confusão ocorre porque, de uma forma paradoxal, a mídia tem me dado mais espaço como dirigente de clube futebol do que como representante desta cidade de 11 milhões de habitantes. Notícias do São Paulo Futebol Clube parecem até mais importantes do que as notícias da política desta cidade; daí a visibilidade que alcancei como homem público do futebol superar, e muito, a visibilidade de vários Vereadores que trabalham intensamente nesta Casa. Isso é absolutamente injusto, porque o trabalho nesta Casa é muito árduo, apesar de pouco visível.
Tenho a preocupação de que as pessoas competentes e de alto nível cultural da iniciativa privada, que poderiam estar aqui defendendo o cidadão de São Paulo, fiquem assustadas com essas notícias, porque essa crítica sistemática não tem levado em conta os feitos desta Casa. Com isso, o jornalismo ético e correto acaba dando espaço a pessoas que, estando aqui por acaso, não têm muito que pensar, pois se candidatam simplesmente para poder ter uma melhor oportunidade na vida, em detrimento de espaço a pessoas de altíssimo nível que poderiam estar aqui, junto conosco, contribuindo para a Cidade. Então, cada vez mais o sistema político fica comprometido pelo excesso de críticas recebidas pelos jornais.
É justo que se verifique, sim; é justo que se investiguem coisas aparentemente erradas, sim. Mas, aos Vereadores que fazem um belíssimo trabalho, não é justo que não se dêem oportunidades a eles de mostrá-lo, apesar de não ser de praxe elogios da mídia aos Vereadores que trabalham bem, porque se transforma em partidarismo, em participação política dos jornais. Agora, desculpem-me, mas é necessário, sim, que se elogiem grandes causas e grandes dirigentes e Vereadores, porque todos nós precisamos de um pouco de elogio para viver. Criticar tão-somente afasta da vida pública os ideais inerentes a ela e favorece pessoas que não têm os mesmos ideais dos homens corretos na defesa da cidade de São Paulo, do Estado de São Paulo e do País.
Por isso, peço à mídia que reflita, que não seja tão cruel com os homens públicos e que saiba discernir entre o elogio aos que fazem algo de bom e a crítica aos que agem de forma inconveniente, errada e antiética.
De qualquer forma, tem sido um prazer muito grande conviver com todos nesta Casa; tenho aprendido com cada um, profissionais de várias origens, homens públicos imbuídos dos melhores sentimentos. Espero fazer um mandato muito limpo e correto para que amanhã, mesmo que a mídia me julgue mal, possa eu estar com a consciência tranquila.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
“Bom aí está a fala dele e quem me enviou foi sua assessora de imprensa Juliana Carvalho, a quem agradeço desde já.
Por Cláudio Vieira.