O voo da vida

Maria Lucia Solla compartilha com a gente seu olhar do outono de São Paulo

Texto de Armando Italo que extraio dos comentários do post “O tempo passa diferente para algumas pessoas”, de  Abigail Costa; e imagem assinada pela nossa comentarista dominical Maria Lucia Solla que compartilha com a gente seu olhar do outono paulistano:

O tempo a vida.

Consegue, consegue, não consegue

Consegue, consegue, não consegue.

Nascemos e depois de preparados, acionamos os motores, taxiamos dentro das regras, alinhamos na cabeceira da pista a nossa aeronave da vida.

Muitas oportunidades, em um dia lindo, com céu totalmente azul, cavok como dizemos na aviação, ventos calmos.

No início da rolagem da nossa aeronave da vida, damos potência nos motores, manetes todas a frente, no batente, rolamos vamos ganhando velocidade, V1, V2, V3 rotate!

Saímos do chão!

Vamos subindo, ganhando altura inicialmente numa razão de subida acentuada, manetes full, potência nos motores.

A medida que vamos ganhando altitude, o “ar” vai se tornando mais rarefeito, causando menos sustentação aerodinâmica na aeronave da vida, como consequência, temos então que começar a diminuir a nossa razão de subida gradativamente em uma parábola, ajustando e configurando a nossa aeronave da vida, potência dos motores, etc.

Por vezes, durante a subida, vamos nos deparar com “surpresas” como turbulências, correntes ascendentes e descendentes, chuva, vento, granizo, nuvens negras pela proa, os temíveis e terríveis CBs, cumulus nimbus. Até nivelar a nossa aeronave da vida no nível de vôo “programado” nos sistemas gerenciadores de vôo.

Para aquele “piloto” determinado, persistente, que estudou tudo o que podia, treinou, este estará em condições de enfrentar “as adversidades” que provavelmente surgirão, pela proa e durante toda as etapas do voo da aeronave da vida.

Lá em cima, já nivelado, voando acima dos dez quilômetros de altitude, acima dos trinta mil pés, no silêncio da imensidão, no ar totalmente rarefeito em velocidade mach vamos então apreciando o que é de mais lindo e agradecemos a Deus, a natureza, o quanto nos custou até conseguir colocar uma aeronave voando onde está.

Voando calmamente, “silenciosamente” sobre as nuvens, e tudo lá embaixo.

Só que em um momento, “a algumas milhas” do nosso aeroporto de destino, teremos então que iniciar a descida e o processo é inverso e de certa forma complexo.

Toda cautela, destreza, proficiência, cálculos matemáticos e da física, serão realizados com ou sem auxílio dos sistemas da nossa aeronave da vida, opção de cada um.

Da mesma forma que aprendemos a subir com a nossa aeronave da vida, voar nivelado gerenciando, pilotando, temos que agir no início de descida até o pouso seguro.

Armando Italo é ouvinte-internauta do CBN SP, frequentador assíduo do Blog do Milton Jung e apaixonado por aviação.

16 comentários sobre “O voo da vida

  1. Olá Milton e a a todos amigos virtuais deste blog.

    Acabei de chegar as 16h e quando liguei o PC, acessei este blog como de costume, confesso que quando vi o texto por mim elaborado e publicado, para mim foi uma surpresa extremamente agradável!
    Fiquei muito feliz!
    Obrigado pela consideração Milton, Claudio, Vieira, minha querida mulher Adine que também leu o texto e não me falou nada e a todos que leram e estão lendo.

    Armando Italo

  2. Ítalo: Você merece a publicação do texto…. Como já havia comentado antes: uma bela viagem em que peguei carona..Ainda estou flutuando…..Parabéns de novo…

  3. Ítalo: Meu amigo totalmente virtual e real ao mesmo tempo, lembre-se que quando nivelados às vezes a “torre” nos avisa de uma outra “aeronave” voando no mesmo nível, subindo ou descendo e passando alguns momentos ou mesmo em “formação” nos acompanhará até o pouso final. Agradeço a Deus de deixar voarmos no mesmo nível e em formação. Os acasos não simplesmente acasos. São aerovias que se cruzam… Obrigado à vc., a Adine e ao seu “núcleo”.

    Martin, Isaias e Master.

  4. Prezado Armando,

    Como sempre, traduzindo de forma irretocável os sentimentos de simplicidade e sinceridade que revelam o âmago das pessoas de bem.
    Impossível melhor alusão à alma do verdadeiro aeronauta, inspirada no respeito e na liberdade.
    Para voce sempre “cavok” ou, na linguagem popular, “céu de brigadeiro”.
    Que o seu nível de voo seja sempre elevado e o cruzeiro bem longo, para que possamos bem aproveitar esses momentos de generosidade.

  5. Armado Italo,
    meu amigo e irmão.
    parabens pela pulicação do texto,adorei.vc é um icone dos amantes da arte de voar,e sempre disposto a dar aula daquilo que vc sabe e golta de fazer{voar}. um grande abraço.

    cmt. cavalli.

  6. Grande amigo e irmão de fé e Cmte Cavalli
    Muito obrigado pelas suas palavras de incentivo.
    Quanto ao fato de eu ensinar a arte de voar, ainda estou mais para aprender.
    Grande abraço
    Armando Italo

  7. Grando Armando, eu ja sabia q vc tinha um grande potencial e uma grande fé em Deus.
    E vc é um sabio da vida, mas não só da vida mas sim como da realidade.
    não digo isto porque vc publicou uma coisa e eu tenho de ter respeito por éla.
    Mas digo porque vc disso isso com palavras sabias e sincéras, eu t admiro de mais e acredito em um grande potencial seu.

    Palavras sincéras de: Natanael,
    Para: Armando.

  8. Olá Natanael garoto prodígio.
    Na vida sempre aprendemos com os erros e acertos.
    Sócrates ja dizia:
    “Só sei que nada sei”
    Obrigado pela sua menção aqui no blog
    Gostei muito!
    Armando Italo

  9. Olá Beto
    Fique a vontade para dar os seus pitacos sejam êles quais forem.
    Pode estar certo que os seus comentarios e pareceres serão muito bem recebidos.
    Obrigado!
    Grande abraço
    Armando Italo

  10. Excelente Italo, a vida traduzida para a aviação. Uma bela comparação incorporando as fases de um voo, às fases de uma vida. É isso aí, e complementando que após o pouso seguro, iremos voar com nossas próprias asas. Abração Italo, mantém a proa and “Fly Safe”.

Deixar mensagem para Adine Cecilia Cancelar resposta