Ao completar a marca de 1 milhão de carros, a prefeitura estuda a possibilide de tornar ainda mais rígidos os limites de emissão de CO2 para os carros mais novos (fabricados após 2003). Hoje, estes veículos podem emitir até 1% de gás carbônico apesar de os motores terem tecnologia para rodarem poluindo menos. A proposta da prefeitura, enviada ao Conselho Nacional do Meio Ambiente e ao Ministério do Meio Ambiente, é que seja publicada resolução restringe a emissão de CO2 a 0,3%.
E os carros mais velhos ? Aqueles que poluem mais ? Soltam fumaça preta ? E estão fora da inspeção veicular ?
Os veículos fabricados até 2003 serão obrigados a passar pela inspeção a partir do ano que vem, no entanto as restrições em relação a emissão de CO2 são menores pois os motores sairam de fábrica com tecnologia diferente, e não haveria como reduzir a emissão a menos de 6%.
A prefeitura não pretende fazer mudanças no sistema de devolução da taxa paga para a realização do serviço, apenas alerta aos proprietários de veículos que existem certas condições para que o dinheiro seja devolvido: não ter dívida com a prefeitura e ter pago o licenciamento.
A repórter Luciana Marinho entrevistou Márcio Schettino, responsável pela inspeção veicular na prefeitura. Segundo ele, a adesão ao serviço chega a quase 100% nos carros, 75% nos ônibus e apenas 35% nas motos. Em parceria com a Polícia Militar, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente tem realizado blitz para flagrar veículos que perderam o prazo da inspeção veicular.
Ouça a entrevista com Márcio Schettino ao CBN SP
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Quem mais polue são os carros velhos, isso é fato. Em Londres, onde há uma inspeção veicular seríssima há um incentivo do governo para que as pessoas troquem seus carros velhos por novos e mais econômicos. Mas lá há incentivos do governo até para a pessoa adotar um cão de rua.
Claro que não acho que a prefeitura tenha que dar dinheiro para as pessoas trocarem de carro, mas dá pra ao menos, tirar os carros irregulares de circulação, isso melhoraria e muito o trânsito e nossos pulmões.
Poderia fazer também uma proposta diferente para quem tem carro velho, comprar seu carro e trocar por passagens de ônibus e metrô de graça por alguns anos.
Mas isso são idéias que dariam certo em cidades que incentivam meios de transportes alternativos. Não aqui nessa cidade onde só há estímulos para as pessoas andarem de carro.
Essa lei sim deve ser aplaudida pela prefeitura de SP
Finalmente fizeram algo de bom e útil!
O que tem de tranqueira andando pelas ruas não é brincadeira?
Tem muitos proprietarios que preferem um carro na garagem, mesmo caindo aos pedaços, os “poisés” para deixar de comer, de ter conforto em casa, comprar remedios, pagar uma boa escola para a prole, antre outras utilidades.
Graças a Deus não tenho necessidade de possuir um automovel em São Paulo.
Mas pergunto aproveitando o artigo:
E a Kombi 63 do Prof HB?
Me disseram, uma pessoa que trabalha na CBN das seis e meia ate as nove e meia da manhã, que o Milton Jung está querendo troccar de automovel.
Está em dúvidas se compra uma perua Veraneio, uma C14, ou uma Rural Willys.
Vamos ajudar o nosso “patrão” nesta duvida cruel genteeeeennnnn.
Bom final de semana e feriados a todos pq eu vou ficar por aqui na labuta nestes feriados.
E os ônibus municipais? E os caminhões? E as lixeiras? E os motoristas, recebem treinamento para direção defensiva? A prefeitura de São Paulo parece mais interessada em arrecadar do que em reestruturar o trânsito paulistano.
Em um país em que os impostos são altos e mal aplicados , a autoridade pública não tem coragem de medidas ousadas. A prefeitura de SP, por exemplo, preferiu dividir o prejuízo da inspeção com todos os paulistanos – os que andam de carro, de trem, de ônibus, de bicicleta ou a pé – em lugar de cobrar apenas daqueles que estão poluindo, o dono de carro. É conceito mundialmente entendido como o do poluidor-pgador.
Antes de me acusarem disso ou daquilo por essa ideia, lembro que sou dono de carro, e fiz a inspeção veicular.
Como o poder público é engraçado!
Calma devagar com o andor que o santo quer mijar!
Vocês não atingiram ainda os carros velhos que poluem pra caramba na cidade e vocês ainda insistem em falar dos carros novos.
Se fosse em Portugal virava piada!
Boa tarde amigos.
Os nossos ilustres representantes parece que vivem em um mundo à parte, vão governando e legislando olhando para si. Quando chega a conta, ela é nossa claro.
A prova é comparar as propagandas com o que vivemos todo dia. Queria muito saber de um político que vai e vem de trem ou algum na fila do pronto socorro municipal.
As medidas usadas são mero cumprimento de leis, e quando não tem como resistir a preção popular, aparecem as inspeções nos carro novos, ciclo faixa de algumas horas no domingo ou os irrevogáveis revogados.
Bastava que trabalhasse, e nós saberiamos imediatamente. Nem seria necessário fazer propaganda.
Desculpem errei com a pressão! O dicionário ja esta me olhando feio aqui.
O barulho também mata !
(*) Nelson Valente
O governador José Serra, preocupa-se com a sua Lei Antifumo, inconstitucional , nazista e premia a DELAÇÃO . O prefeito Gilberto Kassab, preocupadíssimo com a Cidade Limpa e Inspeção Veicular: ambos esquecem dos males maiores para a sociedade paulista e paulistana: o barulho.
Na antiguidade, os gregos indignados puseram os barulhentos ferreiros para fora das cidades. Hoje, qualquer um tem seu aparelho portátil ou estrondoso som.
O barulho também mata Embora não pareça, o barulho é uma das principais causas de morte no mundo todo, segundo OMS. Calcula-se que milhares de pessoas morrem anualmente vítimas deste problema. A música, a palavra e a voz consomem grande parte de nossas vidas. Um mundo sem som seria triste, mas seu excesso também não é agradável.
Tudo deve estar na medida certa: assim é o que determina a Organização Mundial da Saúde (OMS), que acaba de elaborar um relatório sobre a poluição acústica denunciando o aumento no número de mortes provocadas pelo barulho ao longo do planeta.
Mas o barulho também nos traz toda uma série de males à nossa vida cotidiana, entre os quais se destacam a perda de capacidade auditiva, insônia, estresse, falta de concentração, problemas cardiovasculares, depressão e até impotência sexual ou problemas no feto das mulheres grávidas.
A OMS adverte que a América Latina está cada vez mais exposta ao barulho. Os altos níveis de barulho também são um problema para as grandes metrópoles no Brasil. Segundo o Médico Neurofisiologista, Fernando Pimentel Souza,membro do Instituto de Pesquisa do Cérebro, UNESCO, Paris, anualmente são perdidos mais de 600.000 anos potenciais de vida sadia por culpa de doenças envolvendo o excesso de barulho.Além disso, a mania dos brasileiros mais jovens de ouvir música alta faz com que quase 2% dos habitantes entre sete e 19 anos já tenham perdido parte de sua capacidade auditiva. Mas o barulho também está por trás dos graves distúrbios do sono que afetam 2% dos paulistanos e de 3% dos casos de tinnitus – um fenômeno de personalidade perceptiva caracterizado por contínuos assobios nos ouvidos – que afetam aos cidadãos brasileiros que vivem nas grandes cidades.
Com isso, é preciso tomar consciência sobre o assunto e denunciar todos aqueles que infringem a lei e colocam em risco a nossa saúde. Em São Paulo, a poluição sonora e o estresse auditivo são a terceira causa de maior incidência de doenças do trabalho, só atrás das devido a agrotóxicos e doenças articulares. Inúmeros trabalhadores vêm-se prejudicados no sono e às voltas com fadiga, redução de produtividade, aumento dos acidentes e de consultas médicas, falta ao trabalho e problemas de relacionamento social e familiar. A poluição química do ar, da água e da terra deixa muitos traços visíveis de contaminação. Muitas doenças e mortes devido a alterações do meio podem ser identificadas por qualquer pessoa. Mas, a poluição sonora, mesmo em níveis exagerados, produz efeitos imediatos moderados. Seus efeitos mais graves vão se implantando com o tempo, como a surdez, que não tarda a se acompanhar às vezes de desesperadores desequilíbrios psíquicos e de doenças físicas degenerativas.
Pelo nível de ruído das nossas cidades e casas, a maioria dos habitantes deve estar sob estresse prolongado, surgindo ou agravando arterioscleroses, problemas de coração e de doenças infecciosas, fazendo inúteis dietas e acabando precocemente com suas vidas. A ativação permanente do sistema nervoso simpático do morador da metrópole pode condicionar negativamente a sua atuação com as agressões. Estamos no limite.
Muitas pessoas procuram se livrar dessa reação, por tornar-se desagradável, (por exemplo duma palpitação), usando drogas (tranquilizantes ou cigarro) para bloqueá-la.O nível de ruído em nosso ambiente urbano está quase sempre acima dos limites do equilibrio, e abre caminho para estresses crônicos.
Certas áreas do cérebro acabam perdendo a sensibilidade a neurotransmissores, rompendo o delicado mecanismo de controle hormonal. Esse processo aparece também no envelhecimento normal e ataca os mais jovens, que se tornam prematuramente velhos num ambiente estressante.
Os efeitos no sono não são menos importantes pela sua nobre função.Os países avançados, ao contrário, mantém o controle da poluição sonora para não prejudicar as atividades psicológicas, mental e física, e seus habitantes, beneficiados, atingiram um nível mais refinado. Mesmo assim esse tipo de poluição subiu para a terceira prioridade ecológica para a próxima década, pela Organização Mundial de Saúde.
O Brasil não deveria permitir tantos danos da poluição sonora nos insuficientes esforços na educação e saúde. Alguma coisa deveria ser feita nas nossas cidades excessivamente barulhentas, hoje com quase 80% da população. As providências seriam: seguir a lei e melhorá-la, diminuir poluição das fontes ruidoras (veículos automotores, aparelhos industriais e eletrodomésticos,etc.) É necessário reeducar as pessoas a viver em comunidade, porque, a nação, se não é capaz de reparar os danos da poluição sonora, poderia pelo menos preveni-los.
No Brasil, apesar de ter normas para evitar o barulho prejudicial, sejam elas severas ou não, quase ninguém as cumpre, e o problema persiste na maioria dos espaços públicos das metrópoles. Música alta, construções, tráfego de veículos, ofertas de produtos de lojas através de alto-falantes e até a pregação religiosa – que costuma contar com potentes equipamentos de som- fazem parte do panorama em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo. Brasília, Blumenau, Curitiba, etc.
(*) é professor universitário, jornalista e escritor