A inspeção veicular em São Paulo teria resultado em um ganho ambiental equivalente a retirada de circulação de 195 mil veículos, segundo dados da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, divulgado nesta quarta-feira. A informação faz parte de nota que comenta a decisão do Conama que tornou obrigatório o serviço em todas as cidades brasileiras. A ideia sempre foi defendida pela prefeitura de São Paulo através dos secretário do Verde Eduardo Jorge.
Confesso que ainda não havia me deparado com dados que mostrassem a eficiência do programa implantado há dois anos na capital paulista. Nesta quinta-feira, vamos tentar esclarecer um pouco mais estes números para entender que metodologia foi usada pela que a prefeitura bancasse esta informação.
Por enquanto, deixo registrado aqui a nota divulgada pela prefeitura e a opinião sobre a inspeção veicular obrigatória:
A Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, acompanhou o processo que levou à aprovação, pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), da extensão do Programa de Inspeção Veicular com abrangência nacional. A experiência de São Paulo foi base para a aprovação da nova resolução, fixando os novos parâmetros para a inspeção nacional.
Se em 2009, com a frota inspecionada o controle resultou em um ganho ambiental equivalente a retirada de circulação de 195.000 veículos, com os novos limites o ganho ambiental será ainda maior.
O Programa de Inspeção Veicular Ambiental da Cidade de São Paulo realizou desde seu início 1.123.117 inspeções, com uma média de 7 mil inspeções diárias. O Programa foi sendo implantado gradualmente: iniciou-se em 2008 tendo como frota alvo os veículos a diesel registrados na cidade; em 2009 ampliou a frota, incluindo todas as motos e parte dos automóveis e, em 2010, atingirá toda a frota registrada na cidade, como já havia sido divulgado na portaria 126/2009.
A adesão ao programa registra índices por final de placa de 80%, no caso dos automóveis de passeio, e este percentual chega a 100% após a data limite; 23% no caso das motos, chegando a 37% após a data limite; 35% no caso do diesel leve, chegando a 50% após a data limite; 60% no caso dos ônibus, chegando a 75% após a data limite. O calendário 2009 para caminhões foi iniciado em julho deste ano para final de placa 1 e 2, cujo prazo limite expirou em setembro. 30,97% da frota realizou inspeção até a data limite.
Foram realizadas até o momento 24 blitze de trânsito com a Polícia Militar, específicas para a inspeção veicular, nas quais foram abordados 558 veículos e autuados 127 veículos. As blitze continuam diariamente.
Nos dois primeiros anos, a Inspeção teve caráter educativo, para que os paulistanos se adaptassem com a nova rotina. Quem não realizar a inspeção tem seu licenciamento bloqueado e está sujeito a multa de R$ 550,00.