Avalanche Tricolor: Lutar pela vida

 

Santo André 2 x 0 Grêmio
Brasileiro – Santo André-SP

 

Estar vivo é divino. Querer a vida é determinante. Esquecemos com o tempo como tudo isso se iniciou. A corrida irracional de espermatozóides dentro do corpo de uma mulher que logo em seguida chamaremos de mãe. Foi um deles, apenas você, que venceu a disputa e ganhou o direito de iniciar uma transformação alucinada que irá nos formar. Que jamais irá parar, mesmo quando jogados cá pra fora.

Amados, odiados, temidos, consumidos por muitos que nos rodeiam neste tempão de vida que temos, somos forjados seres humanos, às vezes do bem nem sempre do mal. Mas seres humanos. Aprendemos que lutar pela vitória pode ser mais importante do que a própria vitória.  Por isso não aceitamos as conquistas que nos são oferecidas de graça ou compradas ou corrompidas. Pelo menos não deveríamos aceitá-las. Quantas vezes fomos aplaudidos na derrota e nos orgulhamos do sangue que corria pela testa, resultado de um embate perdido, jamais fugido.

O ser, contudo, é estranho. Ninguém mais do que ele próprio tem consciência das batalhas que enfrentou, mesmo assim as esquece na primeira dor da alma, assim que ouve o primeiro gemido do corpo sofrido. Fraqueja e confessa sem vergonha. Quer desistir sem se dar conta do que isso pode representar a ele e a todos que cativou em vida. Como se encarar a dificuldade não lhe fosse capaz, não fosse uma obrigação.

Sim, somos obrigados a lutar até o fim. Mesmo quando todos os demais desistiram de nós – e estamos muito longe disto ocorrer -, temos de dar sinais de que queremos nos manter vivos. Conscientes. Comprometidos. Com coragem.

E não estou falando apenas de futebol.

3 comentários sobre “Avalanche Tricolor: Lutar pela vida

  1. Ao escrever este texto ainda não havia recebido a informação do comentarista da CBN Paulo Passos de que o zagueiro Rafael Marques admitia aceitar “mala branca” do Palmeiras para vencer o São Paulo. É a prova de que alguns não sabem o quanto é importante lutar para estar vivo, brigar para vencer.

    Foi o segundo gol contra do zagueiro em dois dias. Que pegue as próprias malas e parta para outro destino.

  2. Nas empresas pode-se quase sempre utilizar a metáfora do futebol. No futebol também pode-se usar a metáfora das empresas, quando se sabe que por exemplo, que para ser um bom vendedor/a há que ter conhecimento, habilidade e motivação para usá-lo.
    No futebol idem, se não houver motivação, apenas aptidão, nada feito. E, verificamos que é mais comum a ausência da motivação do que da aptidão.
    Como se explica que times dos ultimos lugares possam ganhar dos primeiros da tabela?
    Como se explica que jogadores ao enfrentar ex-times sempre joguem bem?
    Isto sem comentar a respeito das noitadas irresponsáveis.
    Dentro deste contexto de motivação irregular, a mala branca é inevitável.
    Ou não?

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