Por Abigail Costa
Confesso já tive mais amigos do que tenho hoje, muito mais. A conta de dimiuição nesse caso tem um por quê. Lá atrás, com menos idade, mais paciência, menos desconfiada e mais aberta, conhecia, gostava, era amigo.
Em alguns casos, até era de verdade; na grande maioria amizade de passagem.
Isso, amigo com prazo de validade.
Considere até laços por conveniência. Entra na faculdade. Com sorte pra sair dela serão quatro, seis ou mais anos. Nesse tempo, encontrando a mesma turma, nos mesmos horários, vidas mais ou menos parecidas, conversas, confidências e AMIZADE.
Diploma, festa, os encontros diários são reduzidos, as ligações do tipo: hã acabei de me lembrar que…. Tô ligando pra dizer que acabei de ver o….
Rotinas diferentes podem até interferir quando essa amizade tem prazo de validade e, sem se dar conta, não tivemos tempo de ler o rótulo.
Alguém já teve um amigo, amigão no trabalho.
– Oi! vou me atrasar! você pode abrir o computador, estou precisando de uma informação, está na pasta pessoal. A senha é….
– Calma que eu já estou abrindo….
A senha foi passada sem desconfiança, não é preciso pedir sigilo. É amigo.
Você sai da empresa, ele fica. No meio do caminho vão ficando as sobras, as lembranças e um dia, nada.
O nada vem não pela falta do “cultivar aquilo que és responsável”. O fim do relacionamento chega por conta do prazo de validade.
Impossível escrever e não se lembrar de nomes. Um é da turma da igreja. No colégio pelo menos mais um. Minha primeira viagem ao nordeste foi a convite de uma amiga da faculdade. A Cleide, a Izilda, a Sandra….. nos despedimos um dia e ninguém se preocupou em trocar os telefones.
Uns saem, outros entram na nossa vida. Às vezes saem mais do que chegam….
Ultimamente tenho motivos para comemorar. Tenho amigos. Poucos, mas dos bons. E confesso, tenho usado meios para conservá-los !
Espero que com prazo LONGO de validade.
Abigail Costa é jornalista e escreve no Blog do Mílton Jung sem prazo de validade.
Como sempre mais uma quinta-feira em que a Big toca nosso coração. É isso mesmo. Amigo é mais que ombro amigo é mão estendida. E não importa se seu amigo é uma pessoa, um animal, uma planta…. O que vale,realmente,é cultiva-los pois cada um de nós é responsável por isso. E eu confesso estou cuidando muito bem dos meus. Sua amizade é algo incomparável. Vou regar diariamente e colocar pra tomar sol para que nunca, nada possa prejudica-la. Esse pensamento transcrito com certeza vai tocar o coração de muita gente hoje. Mais uma vez amiga parabéns Sinto muito orgulho de você.Obrigada por mais este presente.
É por ai mesmo, muitas amizades são passageiras.. entre elas todas essas citadas. Nossa vida vai passando e neste tempo se reciclando, indiretamente vamos nos adaptando as novas situações de vida: trabalho, escola, relacionamentos, família.
Essa passagem e ultrapassagem da amizade é o valor maior de vida que podemos adquirir, mas para isso devemos ser menos descártaveis…
Ola Malu
que elo artigo mais uma vez
Veja só como é a amizade
Neste mundo virtual fiz amizades extremamente saudáveis, sinceras.
Isso a mais de dez anos
Temos negocios em comum, conversamos sobre os mais variados assuntos e até de certa forma secretos, confideniamos nossas máguas, sofrimentos, alegrias, assuntos profissionais, familiares muitos também são pilotos na vida real uns na ativa, outros fora da aviação real, outros aposentados, entre outros nada a ver com a viação real ou virtual.
O mais interessante é que muitos desses amigos ha mais de dez anos nunca tivemos oportunidade de nos conhecermos pessoalmente, trocar um abraço, um aperto de mãos, olhar olhos nos olhos por causa das distancias, uns moram fora do Brasil ou em outras localidades, estados, longe a ilhas de distancia que da umas quatro horas de voo nom stop.
Isso também vale apena.
Por outro lado, supostos amios, familiares que estão perto na mesma cidade, bairro não estão nem ai.
Mais uma prova que a solidão existe somente para quem quer e gosta dela.
Bjus
Armando Italo
Abigail, Milton e colegas do blog
Só agora que me toquei.
Millllllllllllllllllll desculpas, desta vez que vai ficar ajoelhado no milho vai ser eu
Que mancadaço!
Ao invés de dirigir-me a você postei a Malú!
Ave Maria!
Me perdoem pela minha falta de atenção por favor.
Abraços
Armando Italo
Oi, Biga….. lembrei de vários amigos que TIVE na faculdade…Hoje estão na minha lembrança…. Que seja eterno enquanto dure…..Atualmente tenho pouquíssimos ( conto nos dedos de uma mão) mas, como vc disse, dos bons….bjók….
Belíssimo texto! Parabéns!
Já fiz, muitas vezes, reflexões sobre o sentido das amizades que possuo. Certo dia, cheguei em uma pré-conclusão que as fases de nossa vida são as guias para as amizades então atuais: quando criança, basta um colega gostar de brincar de carrinho ou boneca que logo é efetuado um laço de amizade. Com a adolescência, as coisas mudam, os interesses vão se divergindo e começa a dificultar uma amizade; ainda assim, entretanto, é muito comum adolescentes terem muitos amigos. Na faculdade, somos amigos, principalmente, de quem cultiva interesses parecidos com os nossos; o restante do pessoal da facul, se os interesses não batem muito, não passam de colegas. Depois da universidade, bem ainda não vivi tal fase; porém, em conversas com pessoas mais vividas, há uma drástica redução dos orifícios de uma espécie de filtro: fica muito complicado mater uma amizade, pura e verdadeira. E, complementando esse pensando, penso que aí sim, sentimos uma necessidade de uma amiga(o)-parceira(o) que é quando queremos, de fato, casar. Ninguém (ou quase ninguém) aguenta viver sem conviver com outras pessoas.
Pronto, resumi a vida! rs
Mais uma vez, parabéns!!!!!
(escrevo em um jornal daqui de São Carlos, cidade onde faço faculdade. Comecei a entrar no blog do Milton Jung recentemente. Posso, eventualmente, utilizar trechos de seus textos, com as devidas referências?)
Olá, Renato:
Sinta-se à vontade em reproduzir este texto no seu blog. Para nós é uma felicidade saber que nosso trabalho pode ganhar ainda maior dimensão através daqueles que participam desta espaço.
Durante a sua despedida da empresa um ex-colega de trabalho me disse: “os meus amigos eu conto nos dedos da mão direita, e você está nessa relação.”. Me senti honrado com a deferência, ainda mais que ele era uma pessoa bem querida na empresa que nessa época fazia um desmonte na sua equipe de trabalho. Era um momento de muita emoção se despedir de colegas que passaram anos ao seu lado. Isso foi no final de 1996.
A amizade se consolidou mesmo, e passados 13 anos lá estamos nós velejando na Represa do Guarapiranga. Se vocês quiserem ver as fotos
http://picasaweb.google.com/RobertoHidekiTatemoto/Velejando#
O Rud é o amigo que me dá a honra de estar na sua lista de amizades.
Roberto
O Jimmy é outro que a amizade permaneceu, e falta um quarto amigo dessa época, o Zezo, mas que infelizmene não pode comparecer ao encontro. Se eu não cita-los vão ficar com ciúmes 🙂
Daí que me lembrei de um um filme do diretor Mario Monicelli, com o Ugo Tognazi, “Meus Caros Amigos”.
Não podemos esquecer daqueles amigos que chegam quando não se espera, que se instalam no coração da gente com prazo de validade que não expira.
Belo texto.
bjs,
Silvia
Belo texto!