Construtora transforma calçada em pátio de obras

 

Calçada ocupara por construtora

A conversa com o ex-prefeito de Bogotá (Colômbia), Enrique Peñalosa, inspirou o repórter Fernando Andrade, da CBN, no fim da tarde desta segunda-feira. Após o entusiasmo com as palavras de um dos colombianos responsáveis pela mudança radical na forma de tratar o cidadão naquela cidade, Fernando se deparou com a realidade paulistana. E escreveu este lamento para os leitores do blog:

“Após cobrir o Seminário Transportes para Cidades Melhores na USP, nesta segunda-feira, no qual o ex-prefeito de Bogotá, na Colômbia, Enrique Peñalosa, fez excelente apresentação mostrando que para revitalizar áreas degradadas, primeiro se contrói calçadas, depois os parques e, por último, se asfalta as ruas, me lembrei da atitude de uma construtora que na zona norte de São Paulo.

Peñalosa ressaltou que a democracia de uma cidade se mede pelo tamanho da calçada. E ilustrou isso com fotos de calçadas de diversas capitais.

Aí, voltando pra casa, depois de descer do ônibus e seguir a pé o restante do trajeto – faço isso por opção e adoro meu “rolê” -, decidi fotografar como a incorporadora BrasilArt trata os pedestres. Há anos, o edifício de alto padrão de quatro dormitórios na rua Benta Pereira, 160 – Santa Teresinha vem sendo construído e há anos perdemos a calçada. Como é possível ver nas fotos, o impacto da obra na região foi enorme. Não seria melhor ter privilegiado os moradores, pedestres do bairro ?

Como isso não ocorreu até agora, mudo de calçada e continuo desviando dos cocôs dos cachorros do outro lado. Mas fica aqui meu protesto!”

Ouça a entrevista de Fernando Andrade com o ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa

11 comentários sobre “Construtora transforma calçada em pátio de obras

  1. A respeito do comentário sobre a Construtora que está deixando sem calçada a Rua Benta Pereira quero adiantar que moro na Rua Ana Lins uma trav. da Benta e quero reclamar sobre os caminhões que transportam as caçambas desta e outra obra que estão fazendo nessa mesma rua, eles não cobrem as caçambas e a terra e o concreto ficam na rua. Impsssível andar na Rua Ana lins pois a sujeira é enorme, e eles não lavam a rua. Sou moradora do bairro há 20 anos e quero dizer que o sossego acabou em nome do progresso.

  2. O registro de Fernando Andrade é simbólico no que vem ocorrendo na cidade de São Paulo: uma transformação selvagem, exterminando casas e vilas em prol grandes construções, incrementando absurdamente o fluxo de autoóveis em ruas pequenas e antes calmas e sossegadas, impermeabilização do solo, retirada de áreas verdes(quintais) e mais concreto. No entorno da Benta Pereira há mais uma meia dúzia de novas obras que vão transformar o Imirim, Vila Ester e Santa Terezinha num amontoado de prédios, sem nada em troca para as áreas em questão.Uma lástima.

  3. mas o problema citado – da contrutora de condomínios de alto padrão – está bem longe de democracia da cidade, ou seja lá o que isto quer dizer. Basta ir lá no local e mandar a empreiteira apropriar uma ‘passagem regular’ para pedestres, substituindo a calçada

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  4. Na cidade vizinha aonde moro atualmente, conversando com um vereador e com o prefeito, foram categóricos em suas afirmações.

    “Aqui construtoras, incoporadoras, empresas de onibus não tem vez.
    Senão a cidade poderá acabar como acabou São Paulo.
    No caos total sem retorno.
    Respeitamos os nossos eleitores e os cidadãos.
    Primamos pela qualidade de vida sobre vários aspectos.
    Tanto é que muitos paulistanos estão fugindo de São Paulo na procura de locais mais humanos para viver.
    Livres da especulação imobiliária, ganancia, consumismo, arrogância politica, desmandos, sem vergonhices, caos, etc.
    Fiquei até meio “assustado” e perplexo diante das afirmativas acima.
    Não acredito!
    Pensei!
    Será verdade mesmo isso que estou ouvindo de politicos?
    Até quando?
    Tomara que seja verdade e que estas afirmações perdurem em beneficio de todos.

  5. Interessante! Partido político não paga IPTU !!

    Atendidos os requisitos constitucionais, são imunes do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU):

    – Os imóveis integrantes do patrimônio da União, Estados, Municípios, Distrito Federal, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público (CF, artigo 150, VI, a e §2º);

    – Os templos de qualquer culto (CF, artigo 150, VI, b);

    – Os imóveis integrantes do patrimônio dos partidos políticos, inclusive suas fundações; do patrimônio das entidades sindicais dos trabalhadores; das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos e atendidos os requisitos da lei (CF, artigo 150, VI, c); e das instituições de Educação e de Assistência Social.

  6. Armando Italo,

    tudo o que o prefeito e o vereador lhe falaram é verdade! è que aqui em S.Paulo “as construtoras, incoporadoras, empresas de onibus” arrumam uma boquinha no consórcio político Serra/Kassab, e tudo fica por isso mesmo;

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  7. Ola Junior
    Quase que não acreditei nas afirmações do prefeito e de um vereador da cidade, prefiro não mencionar o nome.
    Agora mais de um mês residindo “no meio do mato”, percebi o quanto de qualidade de vida ganhei, saude, paz de espírito, LIBERDADE!
    Vocês não imaginal o quanto faz bem acrodar de manha cedo, numa noite muito bem dormida, abrir as janelas e ver o nascer do sol, sem barulho de cirenes, barzinhos, sem ter que aguentar os manos com os seus carrões com o som no ultimo volume, sem ter ao lado como visinho um inferno de um supermercado descarregando mercadoria de madrugada porque a lei em SP não permite que seja feito durante o dia, sem ter que morar ao lado de um novo e horroroso predio em construção trazendo toda sorte de infortunios, sujeira, degradação ambiental, toda a sorte de poluição sonora, degradando ruas e quarteirões inteireiros, poder andar pelas ruas sem ter que suportar um transito caotico, absurdo, bandidagem, sem ter que viver confinado, preso num apertamento por maior e confortável que seja, sem ter como opção de diversão e lazer restaurantes, shoppings, coisas de metropolis que não tem nada a ver comigo, competição desenfreada nas empresas, consumismo exagerado, de um querer aparecer mais que o outro com os seus celulares hipermodernos, carrões, roupas de grife, ave maira quanta bobagem, quanta coisa pequena em comparação com o sossego, paz de espírito, o SER.
    A culpa de toda e de quem não sabe votar, por toda a desgraça, de infortunio do caos, da sujeira, do lixão, da buraqueira, das enchentes, da favelização, da periferia crescendo dia a dia, da péssima qualidade de vida, do transito caótico, da falta de respeito por direito ao cidadão, do enorme numero de lançamentos que são feitos na cidade de São Paulo sem nenhum tipo de restrições, a bel prazer e a gosto das incorporadoras, com apoio irrrestrito das autoridades paulistanas, e por ai vai.
    NÃO VOLTO MAIS PARA SÃO PAULO!
    O que escrevi acima nada mais que a realidade nua e crua que tem que viver e suportar, a maioria do paulistano que não sabe votar.
    São Paulo só podia terminar assim
    CAOS!
    Ai pergunto:
    A quem realmente interessa esse caos que o paulistano tem que viver cotidianamente?

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