Não tem mais como escapar de pedágio na Castello

 

Para chegar a capital paulista pela rodovia Castello Branco não tem mais como escapar do pedágio. Ou não terá mais, a partir de domingo quando será inagurada a nova praça de cobrança no único trecho em que ainda era possível sair, por exemplo, de Barueri e chegar a São Paulo sem precisar botar a mão no bolso.

A Viaoeste, concessionária responsável pela rodovia, se esforça para convencer os motoristas de que a maioria não vai pagar mais para rodar na Castello, pois haverá mudanças nos valores cobrados nas diferentes praças de pedágio. Os maiores prejudicados serão aqueles motoristas que deixam a região de Barueri e faziam um retorno de aproximadamente 6 quilômetros para não usar as faixas pedagiadas – sim, o neologismo passou a ser usado quando a concessionária criou as pistas marginais na Castello.

Há outra situação complicada: o motorista que sai da região de Alphaville ou Tamboré, onde há condomínios residenciais e comerciais, para chegar ao Rodoanel será obrigado a pagar os R$ 2,80 do pedágio da Castello, apesar de usar apenas alguns poucos quilômetros da pissta, e depois vai pagar mais R$ 1,50 para sair do Rodoanel em qualquer outra rodovia que acessar.

Ouça as explicações do presidente da Viaoeste José Brás Ciofi, na entrevista ao CBN SP

Pra se pensar

“Se a pessoa que não tem carro é obrigada a pagar um pedágio (com nome de tarifa de ônibus) para chegar de um ponto a outro, não vejo justificativa de não cobrar nada das pessoas que tem carro”
(De André Pasquilini, nos comentários deste post)

12 comentários sobre “Não tem mais como escapar de pedágio na Castello

  1. Eu até concordaria com a reflexão se as pessoas que não têm carro também pagassem um imposto chamado “IPVA”… mas deixa pra lá.

    Quanto à explicação do Sr. José Bras Ciofi sobre o trânsito na altura do cebolão, viva Pétria Chaves, que todos os dá as dicas de como se evitar os congestionamentos na marginalTietê. Pra que foi construída a “ponte sobre o rio Pineiros, dando ali na marginal Tietê” mesmo?

    Poxa vida, e quem mora na região de Osasco, Carapicuiba, Jandira e Itapevi e que trabalha em São Paulo, não se consulta não? Só Barueri e Alphaville? Não é à toa que o prefeito de Osasco, Sr. Emídio, anda tão preocupado…

  2. Milton Matheus, minha colocação foi mais abrangente, não sobre o fato específico. Me incomoda demais o barulho que o povo faz quando alguém fala de pedágio, os motoristas fazem piquetes, operação conta-gotas (pagam o pedágio com moedas de um centavo) e por aí vai.

    Daí quando tem aumento de tarifa de ônibus (acima da inflação), um transporte público péssimo (ao contrário das nossas estradas pedagiadas), quando há manifestação somos obrigados a ver PM tacando spray de pimenta na cara de manifestante e a população (melhor, os motoristas em sua maioria) não estão nem aí, pois já resolveram seu problema de transporte público ruim (compraram um carro).

    Sobre o IPVA, essa sigla quer dizer “Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor”, mas muitos motoristas interpretam como “Imposto sobre propriedade da RUA”. O que o governo arrecada com IPVA não cobre sequer os gastos que o mesmo governo gasta com 20 mortes por dia só por causa da poluição. Também pago IPVA, embora quase não ande de carro e nem por isso acho que a rua é minha.

    Agora falando sobre pedágios, eu sou a favor sim, tanto do urbano como os das rodovias. Urbano ajudaria como uma fonte de renda para investimentos em transportes úblicos e para evitar deslocamentos de carros desnecessários em regiões com carência de espaço. Podemos discutir valores, mas não é justo uma pessoa que mora lá em Parelheiros, que nem tem carro, pagar para uma outra pessoa circular no Rodoanel.

    Ainda assim prefiro rodovias pedagiadas, faça uma viagem para Minas, passando por longos trechos de rodovias em São Paulo e depois pelas estradas mineiras, local onde pedágios são coisas do Demo. Lá temos estradas horríveis, estreitas e extremamente perigosas, tanto é que mesmo com uma frota bem menor que São Paulo, o estado de Minas tem o maior número de mortes em estradas.

    Agora aqueles que reclamam de trabalhar em São Paulo e morar em Osasco ou Alphaville, sinto muito, mas quando alguém opta em morar tão longe do trabalho tem que aguentar as consequências. Da mesma maneira que milhares de pessoas que fazem esse trajeto de trem aguentam.

    Esse conceito de cidade americana que criaram em Alphaville, grandes casas longe dos centros comerciais, tem um custo enorme (social e financeiro), tanto para quem optou por isso, como para o estado em prover essa infraestrutura para esse indivíduo chegar ao seu trabalho, portanto muito justo essa cobrança ocorrer. Ou vai dizer que 90% dos moradores de Alphaville e região não tem condições de morar numa casa a 2 kms do seu trabalho?

    As vezes pensamos em resolver o nosso problema sem parar para avaliar se estamos criando outro problema para a cidade.

    Abraços

    André Pasqualini

  3. Sim, pelo menos as estradas estaduais de SP são ótimas e seguras. As melhores que já vi aqui no Brasil. É algo que se cobra e tem retorno. Brasileiro só reclama de miséria como de pedágio e aumento de ônibus. Quero ver sair às ruas para reclamar de aumento de IPTU, imposto de renda, corrupção, reclamar da saúde, educação, segurança, mordomias dos políticos, dos altos impostos embutidos nos alimentos que vão à sua mesa, etc. Brasileiro só sai às ruas para comemorar opção sexual e manifestar sua religião, de resto aceitam tudo como CORDEIRINHOS. Brasileiro pensa pequeno e se contenta com pouco, não sabe exercer sua cidadania.

  4. Meus amigos

    O negócio, principalmente no aqui no estado de São Paulo é a todo custo tirar dinheiro do povo.
    Graças aos politicos que temos e que infelizmente, crédulos os elegeram.
    Não votei em nenhum destes que estão ai graças a Deus!

  5. O problema não é pagar, mas sim pagar sempre mais
    No caso da via oeste a desonestidade vigora sempre, e com o respaldo do governo estadual (o Governador e seu Staff + ARTESP)
    Moro no Km 18 uso apenas 1km da castelo para acessar o rodoanel, pagava somente o pedagio de $1,30 do rodoanel(a qual vale lembrar que o Sr Mario Covas do PSDB jurou de pés juntos que nunca teria cobrança) agora com o fechamento do acesso antes do pedágio terei de desembolssar mais $2,80 (o acesso era 50 mts antes das cabines, agora esta 50 metros após )
    Na anhamguera devera acontecer a mesma situação asssim que terminarem as obras
    Sempre pensei no Rodoanel como uma segunda marginal para os viajante ficarem fora do perimetro urbano, mas o Sr. José Serra deturpou as coisas
    Outra coisa que incomoda é a grande midia não divulgar estas violações, cade o quarto poder? acho que também foi corrompido
    Que vergonha

  6. A verdade é que descobriram a galinha de Ovos de Ouro: O Pedágio. O Governo com o dinheiro público construiram estradas e rodovias, não teve competência para manter as estradas em condições de uso, inventaram o Pedágio para tomar grana do contribuinte que já pagou pela construção dessas estradas quando elas foram construidas. Faça as contas: quantos veículos pegaram a Anchienta e Imigrantes nesse final de ano? agora multiplique isso por um pedágio de R$ 17,80 por veículo. É ou não a Galinha de Ovos de Ouro?

  7. Mas Daniel, o pedágio serve para manter as estradas e também arcar com os custos de ampliações ou até mesmo de construção de novas rodovias. Não basta o governo gastar apenas com a construção e deixa-las lá. Vide as estradas de Minas, todos os anos elas são “reconstruídas” e como o dinheiro é sempre curto, é feito com materiais péssimos que não aguentam a primeira temporada de chuva.

    Como já disse em outro comentário, podemos até questionar o preço do pedágio, mas questionar o pedágio não vejo o porque. Não acho que 17 reais seja justo, como também não acho que 2 reais na BR seja suficiente. Já o preço do Rodoanel sim, pois esse dinheiro serve, não só para a manutenção dele como para cobrir os gasto da sua ampliação. Também acho mais correto usar o dinheiro dos usuários do Rodoanel para bancar sua ampliação. Não acho justo eu (e milhares de Paulistanos) que uso pouco ou nunca usa o Rodoanel ter que pagar pela sua obra.

    Repetindo a analogia entre o pedágio e a tarifa de ônibus, uma pessoa de carro paga muito menos do que alguém de ônibus. Já que o motorista paga (digamos caro) mas tem um excelente serviço, enquanto o usuário de transporte público paga muito mais caro, comparado com seu nível social e tem um péssimo serviço.

    Quem tem carro tem que pensar que nem todo mundo tem (ainda bem) e ter consciência de que infelizmente essa briga por estradas de graça, livres de pedágios, tem um custo e quem vai ter que pagar serão a parte mais fraca da população, pois de onde vocês acham que o governo vai tirar dinheiro para cobrir o luxo de uma minoria? De quem não reclama, ou se reclama não é ouvido, dos usuários de transporte público, de pessoas que moram em situações de risco, das obras de saneamento e por aí vai.

    Abraços

    André Pasqualini

  8. Moro em Carapicuiba, ao lado do Rodoanel, e trabalho em São Paulo, para vir a capital sigo pelo Rodoanel, pago pedagio e entro na Castelo, ou Bandeirantes, ou qualquer uma que, ouvindo ao radio, me diz por onde esta livre. Pois bem, a partir de 17 passado, ao voltar para casa, se quiser fazer o caminho mais curto, ou seja, pela Castelo Branco tenho que pagar pedagio de 2,80 na Castelo e em seguida (aprox 5 min de Rodoanel) mais 1,30. Para mim um acréscimo de 215% na tarifa de pedágio. Para quem posso reclamar ? Para quem recorro ? Há lei a nos proteger ?
    Um outro absurdo que ninguem diz: Para que estiver vindo do interior para a Capital pela Bandeirantes ou pela Anhanguera, atualmente NÃO tem como opção pratica a Castelo, haja visto que, NÃO há acesso no Rodoanel para a Castelo em sentido São Paulo para quem venha daquelas Rodovias. Voce sabia ? Para que isso ocorra a pessoa tem duas opções nada praticas. A primeira: sai do Rodoanel, pagando o pedágio é claro para a Castelo no sentido interior, faz retorno na entrada de Carapicuiba/Tamboré e Pega a Castelo (antigamente dita com pedagiada) e ai paga mais 2,80 e poderá seguir para São Paulo. A segunda opção: No Rodoanel segue até chegar a saida de Carapicuiba/Osasco, saida que conheço bem, faz o retorno e entra novamente no Rodoanel em sentido Castelo/Bandeirantes e ai sai do Rodoanel pagando duas vezes 1,30.
    Ou seja o que não falta é PRAÇA DE PEDAGIO.

  9. André,

    entendo perfeitamente seu posto de vista, e digo que também concordo que as estradas precisam de manutenção e para isso é preciso de dinheiro.
    Se o barulho que fazem quando se fala de pedágio incomoda, em mim incomoda muito mais saber que trabalho mais de 4 meses para sustentar um governo como o brasileiro, que neste ano conseguiu bater o recorde de arrecadação de impostos um dia antes em relação ao ano anterior, mas mesmo assim oferece um serviço se saúde pública deplorável; que enquanto os trabalhadores lutam para conseguir aumento acima da inflação, cavalheiros como o senhor prefeito de São Paulo conseguem propor um aumento em seu salário de mais de 100% ( e isso com todos os adicionais que ganham); que enquanto milhares de brasileiros trabalham honestamente para ganhar o pão de cada dia, senhores como o governador José Roberto Arruda enfiam a mão no dinheiro público e saem ilesos de suas falcatruas, como se o teatro infame armado na frente de uma câmera de televisão (com direito a lágrimas e tudo mais) fosse suficiente para justificar suas ações.
    Não consigo acreditar que o governo não tenha dinheiro para manutenção de estradas, saúde pública, segurança, etc. O que falta mesmo é a ética, falta o compromisso de administrar com responsabilidade.

    Pagamos umas das maiores taxas de impostos do mundo para quê? Para ficar de cabeça baixa aceitando toda essa canalhice no governo brasileiro?

    Quanto aos moradores de Alphaville, não disse que não tem condições de pagar pedágio ou morar próximo do trabalho.
    Mas o pedágio não afeta só quem mora em Alphaville e Barueri, a ponto do Sr. José Bras Ciofi simplesmente dizer, referindo-se à estes moradores, "que a questão foi amplamente discutida com a comunidade…"; afeta também quem mora em Jandira, Itapevi, Osasco, Carapicuiba.
    E na maioria dos casos, não se trata de opção de morar longe do trabalho, mas sim de necessidade. Não é todo mundo que pode comprar uma casa do lado do emprego ou ir morar em Alphaville.

    Abraços a você também.

  10. Olha, ainda bem que temos brasileiros super informados como o Sr. André e o Sr. José Serra !
    Se você é a favor dos pedagios, por que você não paga uma mensalidade mensal para a CCR … eles vão adorar !!
    O IPVA meu amigo, é um imposto referente a veiculos sim, mas com o objetivo de manutenção das vias, sinalização, etc… para você que utiliza a estrada somente para o franguingo com farofa do final de semana na praia, talvez seja muito simples esta questão… assim como o aumento de tarifas… mas para nós que moramos na região e precisamos ir para SP todo santo dia, a questão é um pouco mais complicada !

    Realmente, brasileiro como você que gostam de pagar imposto sobre imposto… isso é uma questão ridicula, que não devemos nos manifestar !!!

    Eu pago imposto todo ano do meu veiculo, pago imposto toda vez que abasteço.. e não acho justo pagar para utilizar pouco mais de 4 km de rodovia com pouca segurança e de má qualidade !

    Talvez, para você e para o Sr. José Serra, isso não seja relevante… ai eu sugiro a vocês a pagarem para nós a tarifa do pedagio !!

  11. Meu caro Thiago e demais leitores do blog.
    Não haveria problema com o pagamento de um pedágio se não houvesse antes o pagamento de impostos muito caros para cobrir o gasto que o governo, agora, não tem.
    E sobre as estradas serem ótimas,bem, fica bastante subjetivo se compararmos o preço do quilômetro rodado com os preços de outra estradas privadas pelo mundo. Nem falar dos serviços e da estrutura oferecida a custo deste mesmo pagamento aqui e lá.
    Não vou nem falar do congestionamento com data marcada que não muda nunca e de como sempre há uma explicação plausível para quando alguma coisa sai errada, do tipo …Um animal na pista.

    Os ônibus e o resto do transporte público em SP, são um mistério da finança corporativa. De tempos em tempos o preço da passagem sobe, mas o serviço é..isso aí que a gente encontra todos os dias, faz muito tempo.
    Mas o mais irritante, é sem dúvida a desfaçatez como O Sr. Ciofi explica o fechamento ilegal dos acessos, impedindo que alguém escolha não usar esse serviço.
    Tem que reclamar?
    Claro. Tô pagando!

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