Avalanche Tricolor: Passes e bites

 

Papel de parede do meu Mac pra temporada 2010

Papel de parede do meu Mac pra temporada 2010

Inter 1 x 0 Grêmio
Gaúcho – Erechim

Ganhei o domingo. Pode soar estranho pra você que me conhece e leu o resultado do Gre-Nal logo acima, mas é a pura verdade. Vítima da lei de Murphy – “se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará”- e de uma assistência técnica irresponsável, cheguei ao fim de semana desesperado com o atestado de óbito do meu Mac Air em mãos e boa parte dos arquivos que integram minhas palestras desaparecida.

A placa analógica do computador pifou de vez, e após um mês de embromação os técnicos da assistência disseram que não seriam capazes de salvar documentos, vídeos e áudios do HD. E aquele externo com um monte de coisas gravadas ? Com os feriados de fim de ano, as férias escolares e a temporada de palestras apenas se iniciando em fevereiro , havia esquecido de fazer o backup de dezembro. Como sou previdente, as coisas mais importantes também estão no pendrive, mas descobri que este havia sido perdido em um dia e lugar quaisquer.

O domingo se iniciava sob a tensão de preparar extenso material didático, pesquisar arquivos na internet e torcer para que o velho MacBook da mulher tivesse performance a altura das minhas necessidades. Não precisei de muito tempo para descobrir que ele se parecia com time em começo de temporada. Instalava uma coisa aqui, faltava outra ali; baixava um programa de um lado, tropeçava do outro.

Foi daí que lembrei: “e não é que tem Gre-Nal !?”. Mas logo vi que não era coisa séria. Jogo dessa importância não pode ser disputado em gramado esburacado, sem iluminação e com torcedor pendurado em árvore. Com um olho na tela da TV e cabeça no computador, fui ajustando as coisas a meu favor. A bola rolava quadrada em campo, os colegas de time pareciam ainda estar se apresentando um ao outro: “desculpe-me pelo passe errado, amigo. Prazer, qual é seu nome mesmo ?”.

Gostei mesmo de cinco carrinhos que assisti no gramado úmido, um deles de autoria do golerio Vítor. Esse cara é bom mesmo, até carrinho dá. Teve uns lances legais, mas a maior parte do jogo se assemelhava a minha luta particular diante do computador. Osso duro de roer.

Precisei de 90 minutos para encaixar todos os aplicativos que necessitava para viabilizar minha apresentação. O número de arquivos que baixei foi maior do que de defesas dos goleiros. Não era de se surpreender que a vitória – injusta para jogo equilibrado – viesse de um gol de chiripa.
A trave adversária ainda tremia de um petardo de Maylson no segundo final de partida quando o último bite do último programa foi instalado com sucesso. Os jogadores não haviam saído de campo, no momento em que o notebook da minha mulher foi reiniciado e todos os arquivos e apresentações que eu precisava estavam lá felizes e saltitantes (quem conhece a barra de controle dos Macs sabe que saltitam mesmo).

Comemorei como se um gol tivesse sido marcado. Como nos muitos gols que o Grêmio ainda irá marcar nesta temporada que está apenas se iniciando. E, portanto, ainda tem muitas alegrias a nos oferecer.

8 comentários sobre “Avalanche Tricolor: Passes e bites

  1. Caro Milton,

    Ignorou o primeiro mandamento da informática:”Faras backuo regularmente”.

    E o Mac resolveu?

    O que me chamou a atenção nesta coluna foi esta parte:”O número de arquivos que baixei foi maior do que de defesas dos goleiros”.

    Você só usa software gratuito,por isto baixou da Internet?

    Abraço fraternal.

    Ricardo

    • Faço backup regularmente. Fui irregular no fim do ano e tropecei feio. Murphy explica. Qto a frase citada, o número de defesas é que foi muito baixo. De qualquer forma, os programas que necessitava eram, por coincidência, de graça. Apenas o Iwork 09, matador, que tive de comprar para instalar. E foi ele quem encrencou nas primerias vezes na máquina de minha mulher. Nem tanto por ele, muito mais pela máquina que teve o disco prejudicado tempos desse e passou impor algumas dificuldades para rodas CDs e DVDs.

  2. Falar-não-falando. Não sei se os hífens ainda são aceitos pela lamentável reforma ortográfica ou,se preferirem,pornográfica. Sei,porém,que sua tática aqui hifenizada,diante das circunstâncias,foi perfeita,bem melhor,aliás,que a do Silas. Ah,se aquelenchute de último segundo não tivesse esbarrado na forquilha. Bem,aí você não precisaria ter falado-não-falando desse Gre-Nal disputado num gramado indigno de sediar um clássico.

  3. Milton, MacBook Air é tão ruim quanto um Gre-Nal!

    Ele (o primeiro) é um sério candidato a ser descontinuado.. já o segundo, infelizmente, aguentaremos ad aeternum.

    Saudações tricolor paulista!!

    Pedro.

    • O primeiro se aposentou; o segundo, jamais o será, enquanto os tricolores paulistas, cariocas, baianos e co-irmãos continuarem a darem mole aos clubes do Rio Grande do Sul. O problema é esta tal competição estadual que os times daqui e de acolá aceitam disputar em detrimento de disputas mais importantes. Gastam dinheiro à toa, são obrigados a jogar pelo interior clássicos que deveriam ser realizados apenas nos grandes palcos e jogam a todo momento, banalizando a disputa.

  4. Milton bom dia. Eu não lembro o nome dele, mas certa vez teve um sr que ganhou o premio ignobel por demonstrar que essa lei que você usa para fugir do foco é meramente matemática. Encare a realidade meu bom Paulistano

  5. Milton,
    Espero que sim, mas quem foi ao jogo (Erechim fica a 80 km de Concordia, SC, onde moro) voltou preocupado. Montaram um time de baixinhos e isso não costuma dar certo.
    Abraço.

  6. É, Fabiano, não sei nem se o time é composto por baixinhos – nem sei mais a escalação do nosso Grêmio – mas que a coisa não vai bem, isso com certeza…

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