Inter 1 x 0 Grêmio
Gaúcho – Erechim
Ganhei o domingo. Pode soar estranho pra você que me conhece e leu o resultado do Gre-Nal logo acima, mas é a pura verdade. Vítima da lei de Murphy – “se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará”- e de uma assistência técnica irresponsável, cheguei ao fim de semana desesperado com o atestado de óbito do meu Mac Air em mãos e boa parte dos arquivos que integram minhas palestras desaparecida.
A placa analógica do computador pifou de vez, e após um mês de embromação os técnicos da assistência disseram que não seriam capazes de salvar documentos, vídeos e áudios do HD. E aquele externo com um monte de coisas gravadas ? Com os feriados de fim de ano, as férias escolares e a temporada de palestras apenas se iniciando em fevereiro , havia esquecido de fazer o backup de dezembro. Como sou previdente, as coisas mais importantes também estão no pendrive, mas descobri que este havia sido perdido em um dia e lugar quaisquer.
O domingo se iniciava sob a tensão de preparar extenso material didático, pesquisar arquivos na internet e torcer para que o velho MacBook da mulher tivesse performance a altura das minhas necessidades. Não precisei de muito tempo para descobrir que ele se parecia com time em começo de temporada. Instalava uma coisa aqui, faltava outra ali; baixava um programa de um lado, tropeçava do outro.
Foi daí que lembrei: “e não é que tem Gre-Nal !?”. Mas logo vi que não era coisa séria. Jogo dessa importância não pode ser disputado em gramado esburacado, sem iluminação e com torcedor pendurado em árvore. Com um olho na tela da TV e cabeça no computador, fui ajustando as coisas a meu favor. A bola rolava quadrada em campo, os colegas de time pareciam ainda estar se apresentando um ao outro: “desculpe-me pelo passe errado, amigo. Prazer, qual é seu nome mesmo ?”.
Gostei mesmo de cinco carrinhos que assisti no gramado úmido, um deles de autoria do golerio Vítor. Esse cara é bom mesmo, até carrinho dá. Teve uns lances legais, mas a maior parte do jogo se assemelhava a minha luta particular diante do computador. Osso duro de roer.
Precisei de 90 minutos para encaixar todos os aplicativos que necessitava para viabilizar minha apresentação. O número de arquivos que baixei foi maior do que de defesas dos goleiros. Não era de se surpreender que a vitória – injusta para jogo equilibrado – viesse de um gol de chiripa.
A trave adversária ainda tremia de um petardo de Maylson no segundo final de partida quando o último bite do último programa foi instalado com sucesso. Os jogadores não haviam saído de campo, no momento em que o notebook da minha mulher foi reiniciado e todos os arquivos e apresentações que eu precisava estavam lá felizes e saltitantes (quem conhece a barra de controle dos Macs sabe que saltitam mesmo).
Comemorei como se um gol tivesse sido marcado. Como nos muitos gols que o Grêmio ainda irá marcar nesta temporada que está apenas se iniciando. E, portanto, ainda tem muitas alegrias a nos oferecer.

Caro Milton,
Ignorou o primeiro mandamento da informática:”Faras backuo regularmente”.
E o Mac resolveu?
O que me chamou a atenção nesta coluna foi esta parte:”O número de arquivos que baixei foi maior do que de defesas dos goleiros”.
Você só usa software gratuito,por isto baixou da Internet?
Abraço fraternal.
Ricardo
Faço backup regularmente. Fui irregular no fim do ano e tropecei feio. Murphy explica. Qto a frase citada, o número de defesas é que foi muito baixo. De qualquer forma, os programas que necessitava eram, por coincidência, de graça. Apenas o Iwork 09, matador, que tive de comprar para instalar. E foi ele quem encrencou nas primerias vezes na máquina de minha mulher. Nem tanto por ele, muito mais pela máquina que teve o disco prejudicado tempos desse e passou impor algumas dificuldades para rodas CDs e DVDs.
Falar-não-falando. Não sei se os hífens ainda são aceitos pela lamentável reforma ortográfica ou,se preferirem,pornográfica. Sei,porém,que sua tática aqui hifenizada,diante das circunstâncias,foi perfeita,bem melhor,aliás,que a do Silas. Ah,se aquelenchute de último segundo não tivesse esbarrado na forquilha. Bem,aí você não precisaria ter falado-não-falando desse Gre-Nal disputado num gramado indigno de sediar um clássico.
Milton, MacBook Air é tão ruim quanto um Gre-Nal!
Ele (o primeiro) é um sério candidato a ser descontinuado.. já o segundo, infelizmente, aguentaremos ad aeternum.
Saudações tricolor paulista!!
Pedro.
O primeiro se aposentou; o segundo, jamais o será, enquanto os tricolores paulistas, cariocas, baianos e co-irmãos continuarem a darem mole aos clubes do Rio Grande do Sul. O problema é esta tal competição estadual que os times daqui e de acolá aceitam disputar em detrimento de disputas mais importantes. Gastam dinheiro à toa, são obrigados a jogar pelo interior clássicos que deveriam ser realizados apenas nos grandes palcos e jogam a todo momento, banalizando a disputa.
Milton bom dia. Eu não lembro o nome dele, mas certa vez teve um sr que ganhou o premio ignobel por demonstrar que essa lei que você usa para fugir do foco é meramente matemática. Encare a realidade meu bom Paulistano
Milton,
Espero que sim, mas quem foi ao jogo (Erechim fica a 80 km de Concordia, SC, onde moro) voltou preocupado. Montaram um time de baixinhos e isso não costuma dar certo.
Abraço.
É, Fabiano, não sei nem se o time é composto por baixinhos – nem sei mais a escalação do nosso Grêmio – mas que a coisa não vai bem, isso com certeza…