Projeto quer limitar gasto com publicidade

 

adoteLimitar a verba destinada à publicidade da prefeitura de São Paulo a 0,15% da receita é a intenção do projeto de lei apresentado pelo vereador Donato (PT). Hoje, o orçamento da cidade prevê gastos de R$ 126,3 milhões apenas para propaganda da administração direta. Com a restrição proposta em projeto, não passariam de R$ 30 milhões.

Antes de comemorar a economia com o dinheiro público e aplaudir a iniciativa é preciso se ater a alguns aspectos, lembrados em reportagem publicada pelo Movimento Nossa São Paulo. Além de a base governista dominar as votações na Câmara Municipal e não ter interesse neste limite – enquanto dure na situação -, o próprio legislativo aumentou seis vezes a previsão orçamentária para gastos com comunicação. Os R$ 6 milhões de 2009 se transformaram em R$ 36,8 milhões, neste ano.

“A Casa, inclusive, contratou cinco novos funcionários comissionados e está finalizando o processo de licitação para a escolha de uma agência de publicidade – que poderá custar até R$ 17 milhões ao contribuinte – para divulgar as atividades do Legislativo municipal” – está escrito no site da instituição. O Nossa São Paulo questionou o vereador sobre esta contradição e ele tentou justificar afirmando que ainda não está claro como o dinheiro será usado, mas que isto não significa que é errado investir na agência.

Mesmo que aos vereadores não interesse limitar os gastos com publicidade – sejam os da prefeitura sejam os da Câmara -, para a cidade e as contas públicas pode ser saudável, portanto o cidadão tem o direito de se pronunciar sobre o tema e cobrar – se for favorável a ideia – que esta seja debatida e votada no parlamento.

Comentário de Antônio Augusto Mayer dos Santos, colunista do Blog do Mílton Jung (publicado às 14h42):

“CORRETO. Limitar gastos com publicidade institucional é, sem dúvida, iniciar a racionalidade do destino da receita pública. Afinal, se a razão de ser da Administração é o administrado, que é contribuinte, nada mais dispensável do que publicizar o óbvio, ou seja, o que é feito por conta de obrigações legais e constitucionais. Ponto. Mas o que efetivamente justifica a necessidade de limitação nos gastos com publicidades institucionais – tanto do Executivo quanto do Legisltivo – é o fato de que as mesmas raramente são úteis e tampouco necessárias. Outro passo a ser refletido no campo legislativo, pelo Congresso Nacional (Não este, que é totalmente submisso às Medidas Provisórias e aberrações governistas mas o próximo), diz com a proibição de slogans de administrações, frequentemente reproduzidos em campanhas eleitorais em suas dimensões, cores e logotipos. Tolerância zero para o gasto público dispensável e personalista.”

12 comentários sobre “Projeto quer limitar gasto com publicidade

  1. Seria interessante um levantamento dos gastos em propaganda por ano ou por gestão da prefeitura de Sampa. Esses caras criticaram antecessores por gasto excessivo em propaganda, mas o tempo mostra a verdade.
    Abraços,
    Grilo D

    • Nunca se gastou tanto com publicidade como no atul governo. E que isso não signifique que nas administrações anteriores os valores tenham sido baixo. O maior problema mesmo é o tipo de publicidade na qual este dinheiro é investido, pois não serve para prestar serviço, mas para fazer propaganda de governo.

  2. Acho o seguinte:
    Se uma ciodade, empresa, é bem administrada não há necessidade de ficar gastando uma baita de uma grana em publicidade “só para inglês ver”
    A não ser em casos considerados como extrema necessidade.
    O resto na minha opinião, nada mais que politicagem, querer aparecer, etc.
    Ao invés de gastartem uma verdadeira fortuna em publicidade, somente “para mostrarem que estão fazendo alguma coisa e são bozinhos” que gastem então na saude publica, transporte publico, na limpesa e saneamento da cidade, entrre outras coisas mais importantes e relevantes para a população.
    Chega de pitotecnia senhores politicos.

  3. A situação da despesa com propaganda do Serra é pior ainda. O correto seria fazer um fator de conversão. Tipo um valor por habitante. É como o custo da mídia é calculado. Isso daria uma coerência nos investimentos de todos os governos que hoje não existe.

  4. CORRETO. Limitar gastos com publicidade institucional é, sem dúvida, iniciar a racionalidade do destino da receita pública. Afinal, se a razão de ser da Administração é o administrado, que é contribuinte, nada mais dispensável do que publicizar o óbvio, ou seja, o que é feito por conta de obrigações legais e constitucionais. Ponto. Mas o que efetivamente justifica a necessidade de limitação nos gastos com publicidades institucionais – tanto do Executivo quanto do Legisltivo – é o fato de que as mesmas raramente são úteis e tampouco necessárias. Outro passo a ser refletido no campo legislativo, pelo Congresso Nacional (Não este, que é totalmente submisso às Medidas Provisórias e aberrações governistas mas o próximo), diz com a proibição de slogans de administrações, frequentemente reproduzidos em campanhas eleitorais em suas dimensões, cores e logotipos. Tolerância zero para o gasto público dispensável e personalista.
    Antônio Augusto Mayer dos Santos – colunista do Blog do Milton Jung.

  5. A propaganda da cidade só tem lógica quando é usada para valorizar a marca da cidade como produto.
    Para atrair turistas e firmar posicionamento.
    A Interbrand por exemplo , é uma empresa que já prestou serviço no mundo definindo conceitos, posicionando e reposicionando marcas de cidades.

  6. Cá pra “nóis”

    A publicidade que a prefeitura está veiculando na midia sobre as enchentes, mostrando caminhões carregando tranqueira, coadjuvantes, a eloquencia e performence do personagem principal é digna de um oscar.
    Mas que produção!
    Quanto será que foi gasto?

  7. Nunca me conformei com a quantidade de propaganda em rádio e TV, especialmente quando a ação do poder público pode ser percebida na vida cotidiana da cidade do estado e do país. Uma questão bem peculiar e pouco discutida é justamente a que se referiu o Dr. Antônio Augusto no com 4.
    O uso de logotipos pelos governos é prova da intenção de funcionar como funciona a iniciativa privada. O mesmo modelo das campanhas é bem ao gosto de campanhas publicitárias para produtos de consumo e pressupõe gastos que a meu ver não é o objetivo da administração pública. Por exemplo: O símbolo da Adm. Estadual está presente, hoje, em todos os espaços públicos ou privados de uso coletivo em São Paulo. A lei anti-fumo obriga que o seu símbolo seja afixado em lugar visível mas não pode ser um “proibido fumar” qualquer… Tem que ser o que ela preconiza.
    Cadê a educação para o trânsito, os valores das obras construídas. Por que não anunciam na TV as audiências públicas?
    O que se vê na TV é não é prestação de contas, não é educativo, não é sequer, utilidade pública. É propaganda e propaganda enganosa por que é feita sem critérios. Não há como balizar a economia ou o custo benefício de uma obra quando não se veicula com a mesma ênfase o valor orçado e o seu custo final.

  8. O Nosso prefeito se viu obrigado a fazer às pressas as propagandas justificativas das enchentes pois:
    – Em 4 anos de governo NAO INVESTIU o dinheiro nos piscinões e obra preventivas como estaria previsto;
    – O prefeito como um marionete do Serra nao podia gastar em investimento preventivo e agora tem que fazer OBRAS EMERGENCIAS, muito mais caras…porem o povo paulistano sofreu e sofre muito com os buracos e congestinamentos, sem contar com os desastres e mortes de pessoas ingenuas;
    – Qto à tal coleta do lixo…estava previsto que iriamos, tal qual na Europa começar a ter os tais containers, porém, mais uma vez, a verba foi cortada – o nosso fantoche do Serra Elétrica cortou… entao como não podemos deixar o lixo no horario marcado, pois muitas pessoas trabalham neste horário, o lixo bóia…
    Nossa cidade e nosso país está largado…

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