Jornalista não tem empresa na casa da mãe

 

adotePode parecer curiosa a chamada acima, mas é real e uma resposta a referência feita pelo vereador Carlos Bezerra (PSDB), no CBN São Paulo, ao tentar explicar por que contratou uma consultoria que declara ter sede em endereço onde jamais funcionou. O parlamentar usou como exemplo o caso dos repórteres do jornal O Estado de São Paulo que identificaram supostas falhas na prestação de contas dos vereadores da Câmara Municipal e disse que eles não eram contratados como pessoas físicas – não tinham carteira assinada – , portanto teriam sido levados a abrir uma empresa: “se você ligar para a sede da empresa provavelmente a mãe deles vão atender, ou a esposa”. A tese do vereador é que profissionais como eles não precisam ter sede própria pois fornecem “propriedade intelectual”.

Exemplo errado, vereador.

Diego Zanchetta esclarece: “Gostaríamos de deixar bem claro que tanto eu como o Bruno (Tavares) e todos os repórteres que trabalham conosco aqui em Metrópole, ninguém é pessoa jurídica. Aqui, todos somos contratados pela CLT e ninguém possui empresa aberta que funciona na casa da mãe ou qualquer coisa parecida”.

Portanto, os jornalistas citados não tem empresa na casa da mãe. Talvez os contratados pela Câmara, sim. A averiguar.

5 comentários sobre “Jornalista não tem empresa na casa da mãe

  1. Milton Jung,
    minha filha é formada em jornalismo trabalha honestamente e foi obrigada a abrir firma e o endereço é da casa da mae, qual o problema em ser CLT ou casa da mae, trabalhando honestamente nao é suficiente, ou estou enganado, tanto o vereador como os reporteres nao foram felizes nas afirmaçoes, sou CBN-24horas

  2. Olá Milton,

    Mais um vez a culpa é da imprensa, veja o discurso do vereador Netinho de Paula em seu site oficial:

    http://www.netinhodepaula.com.brhttp://www.twitter.com/netinhocohab2

    “Fiquei muito triste com a postura desses repórteres. Estou desconfiado que a imprensa, particularmente a imprensa paulista, está prestando um papel muito triste, um papel de desinteresse. Está querendo agir como um partido político. Essa tática, neste momento eleitoral que passamos, de tentar acusar, de fazer esse tipo de indução pública, isso não é sério. A imprensa não pode se prestar a isso”

    No blog postei sua resposta a minha pergunta sobre a Mineral Comunicação, objeto da reportagem do Estadão de domingo:

    http://cuidandodacidadania.blogspot.com/

    Abraços

  3. Milton,

    Ao contrário do que pensa o Sr. Miro, há, sim, problema em ser obrigado, pelo empregador, a “abrir firma” em vez de ter a carteira de trabalho assinada.
    Via de regra, tal expediente tem como objetivo evitar o recolhimento, pelo empregador, das contribuições previstas na CLT. O que gera um claro prejuízo ao trabalhador, que se verá desprotegido do Regime Geral de Previdência Social, sem direito a benefícios como seguro desemprego, auxílio doença, aposentadoria por idade, etc.

  4. Dias dêsses um ouvinte fez comentário a respeito da logomarca do vereador Antônio Carlos Rodriguesespalou pela região Sul êle se manifestou dizendo que desconhecia e iria verificar quem fez essas logonarca. Quem conhece na Estrada de Itapecerica na altura do bairro Don José, dar uma olhadinha ao lado esquerdo da estrada em frente ao posto de gasolina tem um muro de uns 200 metros está lá a marca dêle. Quem passa na Rua Integrada na Cohab Adventista tem um muro de uns 100 metros está lá a marca dêle, pra não me alongar muito porque na região do Capão Redondo tem outras. Agora vai duas perguntinha ao ilustre vereador.
    Já demitiu o funcionario que gastou nosso dinheiro com coisas indevidas. A outra pergunta é:: aquele CARRO DE SOM (TRIO ELETRICO) que circula em época de eleiçao fazendo um barulho ensurdecedor pelas Ruas da região o senhor também desconhece?

Deixe um comentário