
Por Devanir Amâncio
ONG Educa SP
Não é fácil andar de ônibus em São Paulo.
Na tarde de sexta-feira(30/7), às 16h10,um ônibus quebrado – de bancos duros – propiciou um belo espetáculo de solidaridade para quem estava passando pela Rua Roberto Simonsen, no Centro. O veículo, de número 81 895, da Empresa Transpass-Consórcio Sudoeste, que faz a linha Jardim Bonfiglioli-Belém, abriu o bico naquela rua estreita que remete a São Paulo do século XIX. E tanto transtorno produziu em curto tempo que o motorista, desesperado, recorreu à boa vontade dos homens simples , inclusive aos próprios passageiros. Cerca de 10 juntaram forças e entre um “agora e vai !”, fizeram o ônibus pegar no tranco para seguir viagem. Sob aplausos, partiu soltando tochas de fumaça preta. João Luís, o João da Marmita , desabafou : “Só faltava essa!.. Precisar empurrar ônibus para ir trabalhar.”
O problema remete ao curioso cenário do transporte público na Cidade. Pelo seu potencial econômico, a atividade certamente fez dos permissionários um núcleo empresarial de causar inveja. E pelo que se lê na imprensa, essa mesma circunstância deu-lhes grandes poderes políticos, que, é claro, não revertem em favor da população usuária. Eles adotam, conforme o dito popular, apenas a política do “venha a nós”, sem nada dar em troca, como atesta a pane – fruto da má manutenção – sofrida na Rua Roberto Simonsen, altura do número 62. Com certeza, o esforço das pessoas que o empurraram não será levado em conta no próximo pedido (e as pressões recorrentes) de aumento das tarifas. Para usar um recurso literário, a população continuará empurrando seus lucros.
Kassab parodia Maria Antonieta com seu raciocínio sobre o transporte público: “Se não tem ônibus, que vão de táxi!”.
(Não é piada: apesar do nulo comprometimento com o sistema de ônibus na capital, a prefeitura propagandeia e incentiva o uso de táxi. Será que os taxistas elegerão Kassab vereador?)
Abraços,
Grilo D
É muito triste quando estamops em um onibus e este para devido a problemas mecanicos.
Em fim, como nada é cem por cento, devemos relevar e nem sempre acontece, mas que é muito chato é com certeza ter que descer para empurrar um baita de um onibus para fazer pegar no tranco.
Quando não temos que descer do onibus quebrado e ter que ficar por eternos momentos a chegada de um outro da mesma companhia para continuar a viagem.
Os onibus paulistanos trafegam pela cidade inteira, tendo que percorrer grandes distâncias, em ruas esburacadas, em um transito caótico, num tal de anda e para sem fim, lotados, supercarregados, pesados.
Desse jeito, não há máquina que possa resistir, por mais perfeita que seja e robusta.
Porém, vale dizer que na minha opinião como simples usuário do extremamente deficitário transporte publico existente na cidade de São Paulo, os onibus deveriam ser substituidos no minimo num prazo de dois anos de uso.
Mas o bom senso e o respeito para com o cidadão por parte dos nossos governantes e empresários das empresas de onibus, evidentemente parace que não existe.
E assim vamos tendo que viver em São Paulo, ou melhor temos que andar de onibus.
Verdadeiros caminhões de transporte de gado!
Lamentável!
E mesmo assim, os administradores de são Paulo ainda insistem em afirmar que o transporte publico de são Paulo é no mínimo bom!
Talvez, tal afirmação por parte dos nossos legisladores, prefeito, seja pelo fato de não necessitarem de utilizar o transporte publico diariamente em São Paulo, principalmente em feriados, finais de semana, dias de chuva.
Pimenta nos olhos dos outros é refresco!