Por Dora Estevam
Elas existem e não são muitas; são poucas e poderosas. Falo das editoras das revistas mais importantes do planeta da moda. As responsáveis pelo sucesso de modelos e estilistas de todo o mundo. Ou não.
Todos os estilistas passam por estas mulheres e acenam como se fossem deusas. Elas são imitadas, invejadas e disputadas. Mas não estão imunes a críticas. O profissionalismo funciona como em todas as áreas: se não der certo, rua. Pode ser a melhor, errou está fora.
Além das redações das revistas, o palco perfeito para elas agirem são as semanas de moda de Paris, Nova Iorque e Milão. Locais em que as construtoras de celebridades vão buscar as novidades para os mais famosos editoriais.
Junto delas uma legião de profissionais que acompanham a jornada, nada mole. Pois não pense que a vida destas editoras é apenas glamour, não.
Um dos trabalhos mais esperados nos últimos meses foi o da editora da Vogue francesa, Emmanuelle Alt, a editora que substituiu a ex-poderosa Carine Roitfeld, despedida após desagradar os anunciantes da revista com um editorial no qual meninas de 15 anos usavam roupas e acessórios de mulheres adultas em poses de adultas.
O cargo ficou livre por alguns dias até que a escolhida foi Emmanuelle. Ela já trabalhava na empresa e sempre foi forte candidata a vaga. Com muita experiência, brilhante profissional e total prestígio, a nova editora mostrou que sabe das coisas. Não quis arriscar tentando emplacar uma cara nova e escolheu a modelo conhecida universalmente para a primeira capa: Gisele Bündchen, toda de branco, com vestido Dolce em renda transparente, mais linda do que nunca.

Emmanuelle Alt é uma pessoa mais discreta e demostra isso no trabalho, também.
Não podemos dizer o mesmo de Anna Dello Russo, editora da Vogue Nippon. Você já deve ter visto fotos dela por aqui. É uma fashionista conhecida pelas mais extremas combinações de roupas e sapatos. O excêntrico modo dela se vestir apareceu a primeira vez no site do Sartorialist, em 2006, e de lá para cá só impulsionou a moça através da internet.
Hoje, Anna tem um blog, usa twitter e responde a dezenas de entrevistas por mês. Ano passado, lançou perfume e soma a este estilo empreendedor uma personalidade super divertida, contam os que a conhecem pessoalmente.
Anna Dello Russo gosta tanto de ser celebridade que se diverte com o público: troca de roupa três vezes por dia e faz poses para satisfazer sua ambiciosa plateia. Quem adora a moça são os fotógrafos de ‘streetstyle’. Estão sempre atentos para seu show particular.

Outra editora da qual gosto muito é Christine Centenera, da Harper’s Bazaar. Eu não sei se é o meu olhar mas ela tem uma carinha de mulher brasileira e se veste muito parecida com nosso estilo. Gosto muito.

As roupas são mais discretas: nas cores e modelos. O estilo é despojado mas não extravagante. Por acaso nesta foto, ela aparece com calça estampada e mais solta, mas, normalmente, Christine evita estampas.
E para finalizar, eu vou falar da mais poderosa editora de todas elas, madame Suzy Menkes. Ah, esta mulher é capaz de chamar mais atenção do que a Lady Gaga. Com renome mundial, ela é jornalista e trabalha no Internacional Herald Tribune. É o tipo da mulher que derruba ou coloca no pedestal da fama. Todos os estilistas e produtores de moda se derretem aos pés dela. É o próprio poder. E já está confirmada a presença de Susy nos desfiles do SPFW brasileiro em junho.

O trabalho destas editoras é primordial para a moda. Delas dependem as vendas dos produtos, sejam caros ou baratos. O sucesso ou a derrota, a contratação ou não, a ascensão de uma modelo ou o esquecimento. É incrível pensar que basta uma letra e pronto.
Da para imaginar o poder destas mulheres?
Dora Estevam é jornalista e escreve sobre moda e estilo de vida, aos sábados, no Blog do Mílton Jung
Este mesmo sistema de poder é encontrado em outras profissões.
Na Economia, por exemplo, há economistas que podem mudar os acontecimentos futuros, principalmente porque a Economia é uma ciência que vive de expectativas.
No Direito um parecer de um advogado renomado dentro da sua especialização pode definir situações.
O que as editoras poderosas não podem ser acusadas é de que estão em casa de ferreiro com espeto de pau.
Usam o que propõem.
Oi Dora
Em se tragtando do assunto moda, ja confessei aqui que sou literalmente analfabeto de pai e mãe.
Porém vou por onde conheço:
Na aviação de vez em quando aparecem algum maluco e resolve mudar algumas coisas.
A ANARC mudou tanta coisa, tantos presidentes e a aviação hoje em dia se encontra em verdadeiro caos, colapso
Um “famoso” comandante de 737 200 da VARIG, do nada resolveu “mudar a rota” na decolagem, dos 027 mudou para 270 grau, ao invéz de curvar a direita, curvou a esquerda, se perdeu porque nao sabia navegar pela bussola mecanica, ficou em orbita sobre a selva amazônica, acabou o combustivel e foi cair no meio do mato.
Mudanças?
Todo cuidado é pouco, pelo contrario os resultados poderão ser catastróficos.
Dora, querida, poderosas elas são mesmo!!!! Agora que a mais poderosa é também a mais horrorosa!!!!!!……….. Socorro!!! Que mulher feia!!! Só tendo poder mesmo!!!
Hahahahahah!!!!
Boa semana!!
Oi Ítalo, mas esse seu colega tirou o brevê por telefone….que horror.
Abraço
Mônica queridona, eu gosto do bobi na cabeça dela, é muito engraçado… Ela tem até uma caricatura no NYT…é muito engraçado.
Beijinhos
Sem dúvida as mulheres estão tomando conta de vários setores com cargos elevadíssimos…só espero que o poder não faça ninguém sofrer como fez Zelia Cardoso na época do Plano Collor.
Pois é Cara Dora
Lá em cima e cá embaixo acontecem coisas inacreditáveis
Muitos não conseguem explicações.
Ouça a caixa preta do B737 200 “nos finalmentes” do vôo.
Para quem não está acostumado pode impressionar “um pouco”
Italo sem dúvida a situação é lamentável. O pior de tudo é que envolve vidas.
Só por Deus.