Em resposta ao artigo “Adote um Vereador e aula de cidadania”, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR) publicou comentário neste blog. Dada a atenção do parlamentar, faço questão de abrir um post para a divulgação desta resposta:
Caro Milton Jung
Não quis dar aula de cidadania ao Alecir, o que, aliás, seria muita pretensão da minha parte.
Apenas fiz um comentário ou uma sugestão, numa mensagem pessoal via twitter, dizendo que as pessoas interessadas em fazer o acompanhamento do trabalho parlamentar na Câmara Municipal de São Paulo deveriam conhecer o Regimento Interno.
Afinal, o Regimento Interno estabelece um conjunto de regras que regulam o funcionamento da Casa. Se uma das metas do adote um vereador é entender como a Câmara funciona, acredito que conhecer o Regimento Interno ajudaria bastante.
Fiquei surpreso com a sua afirmação “que exige-se tudo menos imparcialidade.” Mais uma vez, sem pretensão de dar aula, acredito que as pessoas comprometidas com a cidadania devam ser imparciais. Entendo também, na minha modesta opinião de cidadão, que o comprometimento com uma causa pressupõe uma visão crítica, abrangente e imparcial.
Atenciosamente
Vereador Antonio Carlos Rodrigues
Caro vereador entendi que, na minha humildade, quando li o texto, imparcialidade seria o compromisso com a cidadania.
Ser imparcial no sentido de não desviar para um lado diferente ao objetivo cidadania.
Assim mesmo, ler a opinião dos dois lados é gratificante para nós leitores e cidadãos. Acrescenta-me a opinião dos blogueiros e a do Vereador.
Mesmo as mais humildes participações no exercício da cidadania passam pela criação de um blog, até a visão crítica, abrangente e imparcial.
O que não podemos é esperar.
Sobre o tema das regras que a CMSP tem, uma observação:
Elas não são ensinadas.
Aprender demanda tempo e paciência para acompanhar os trabalhos legislativos diários. Minha sugestão ao nobre vereador é que junto com a denominação de ruas, pontes e praças, ele fizesse passar um projeto de lei que convertesse a propaganda institucional e toda a enorme capacidade financeira que ela consome, em aulas para que os cidadãos de São Paulo pudessem aprender como fazer chegar suas demandas à Câmara.
Não é por acaso que comumente a galeria e as salas ali carecem da presença de seus verdadeiros donos. As pessoas desconhecem que são autoridades naquele lugar. Não faria mal à Democracia que elas além de todas as maravilhas que o poder público tem para mostrar na propaganda, aprendessem também como fazer para exercerem cada um a sua autoridade.