Avalanche Tricolor: Um olhar em Miralles

 

Grêmio 2 x 2 Avaí
Brasileiro – Olímpico Monumental

Um juiz trapalhão e um time atrapalhado não costumam ser motivo de entusiasmo, mas o gol que impede a derrota no minuto excedente é sempre excitante para o torcedor. Vibra-se muito mais para espantar a indignação pelas coisas que não estão dando certo do que propriamente pelo ponto conquistado, pouco para quem está diante de sua torcida e contra um adversário capenga na competição.

Mesmo levando-se em consideração tudo isso, quero escrever esta Avalanche com uma visão positiva do que pode acontecer com o Grêmio neste Brasileiro. Olhar que se abriu aos 7 minutos do segundo tempo quando Miralles entrou em campo com o desafio de mudar o cenário de melancolia que assistiamos. E conseguiu.

O atacante-argentino-cabeludo demonstrou um desejo e uma coragem na busca do gol que vinham fazendo falta ao time. Foi quem mais chutou ou tentou marcar de todos que estiveram em campo, nessa noite, apesar de ter jogado apenas metade da partida. Além disso, parece ter acordado Escudero, seu compatriota, o que será muito bom para a saúde do torcedor gremista no segundo semestre que se aproxima.

Já vimos muito fogo-de-palha vestir a camisa tricolor, gente que estreou com uma cara e logo se descobriu que não passava de uma máscara para nos ludibriar. Pelo histórico e expectativa em relação a Miralles a possibilidade de sermos enganados, porém, é pouca. É preciso apenas que ele seja encaixado em um time um pouco mais organizado e confiante.

Que o espírito de Miralles contamine o Imortal. E ele se transforme em personagem constante desta Avalanche.

3 comentários sobre “Avalanche Tricolor: Um olhar em Miralles

  1. Pinçaste bem o que salvou a noite dos gremistas: Miralles,realmente,mostrou, em pouco tempo,a razão pela qual o Grêmio trouxe este argentino com fome de gol. Já o presidente Odone,numa infeliz entrevista pós-jogo,deixou claro ou quase isso que,nesta quinta-feira,demiitirá Renato. Na hora em que este comentário estiver circulando a sorte ( ou o azar)do técnico do Grêmio talvez já tenha sido até decidida.

    • Bruno,

      Eu havia lido um dia antes notícia de que o Grêmio pretendia fazer com o Renato uma parceria longa, reproduzindo modelo de sucesso nos clubes europeus. Infelizmente a falta de coragem da diretoria impediu que isso se realizasse. Renato trabalhou este ano sem parte do seu time titular, perdeu o goleador da equipe, Jonas, ficou sem nenhum atacante com as lesões frequentes, teve de improvisar em muitas posições e jamais teve jogadores habilitados para a defesa. Insistiu muito com alguns jogadores como Gilson e não repetiu o mesmo com outros como Escudero. Entre perdas e ganhos, tinha saldo positivo apesar dos resultados deste ano. Somente agora contaria com a presença de alguns reforços e o retorno de outros. Por que não lhe dar este crédito? Medo de quem? E as tais convicções da diretoria?

      Odone tem razão, não deveria deixar a vaca ir para o brejo; teria de ter impedido também o Jonas de sair do time, o Paulão de ser transferido, e reforçado nosso rebanho. Não o fez, preferiu a solução mais fácil e sem criatividade.

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