Avalanche Tricolor: A nossa seleção em campo

 

Figueirense 2 x 4 Grêmio
Brasileiro – Florianópolis (SC)

 

 

Para ser o vice-campeão e ter o direito de chegar a Libertadores sem disputar nenhuma prévia, o Grêmio ainda precisa do resultado da última rodada do Campeonato Brasileiro, no clássico que marcará a despedida de todos nós do Olímpico Monumental. Independentemente do que acontecer, é inegável a bela campanha realizada nesta temporada, ao menos na competição nacional, com uma ascensão incrível desde as rodadas finais do primeiro turno quando aceleramos o passo, entramos na ‘zona de Libertadores’, nos mantivemos nesta posição privilegiada o restante da competição, a ponto de garantirmos a classificação para o torneio sul-americano com três rodadas de antecedência, e atropelamos os adversários que nos separavam da vice-liderança.

 

A vitória deste fim de tarde, em Florianópolis, apenas ratificou o desempenho invejável do tricolor que garantiu a vitória no primeiro tempo com excelentes participações de Zé Roberto e Elano. Souza, prestes a assinar a permanência dele ano que vem, também marcou. No segundo tempo, o Grêmio fez o que os comentaristas costumam chamar de ‘administrar o resultado’, mas eu prefiro chamar de ‘viver perigosamente’. Apesar de termos tomado dois gols parecíamos mesmo ter o domínio da partida, a ponto de, em seguida, ampliar nossa vantagem com Leandro.

 

Merecemos o que conquistamos até aqui e mereceremos muito mais se a vaga direta para a Libertadores vier com um vitória contra o co-irmão, nem tanto pelo adversário, mas porque concluiríamos com uma conquista a história mágica que vivemos juntos no estádio Olímpico. O curioso é que apesar de tudo, continuamos não tendo nossos méritos reconhecidos, haja vista a seleção da CBF anunciada semana passada. Não encontraram lugar para nenhum dos jogadores gremistas, menos ainda para seu treinador, ao contrário do que aconteceu com todos os demais times que estão nas primeiras colocações. Fato que, ao contrário do que imaginam, nos engrandece. Pois se não temos craques com capacidade para compor a lista dos melhores do campeonato, não temos um técnico com habilidade suficiente para ser o comandante deste escrete de talentos, o que nos teria levado à vice-liderança do Brasileiro?

 

‘É o Grêmio, idiota!’ sussurrou uma voz no meu ouvido que veio sei lá de onde, talvez da minha própria consciência. E com razão. Pois o que nos levou a esta condição no Brasileiro, foi nossa história, o espírito que sempre nos moveu para as grandes conquistas e o desejo de oferecer ao Olímpico o melhor de cada um de nós e mostrar o quanto seremos gratos a este estádio. Com todos os méritos, Luxemburgo, Zé Roberto, Elano, Marcelo, Fernando e os demais que vestiram orgulhosamente a camisa tricolor podem ter a certeza de que fazem parte de uma seleção muito especial. Da seleção do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

8 comentários sobre “Avalanche Tricolor: A nossa seleção em campo

  1. Sabemos bem que se o IMORTAL TRICOLOR hoje é grande devemos isso ao time que mora ao lado do rio (isso eles também podem dizer) mas que, diga-se de passagem, tivessem ficado com o bom jogador colombiano não estariam hoje perdendo pra todo mundo, mas vamos ao que interessa!

    Falando em seleção e o final do campeonato se aproximando, não tem como não se lembrar do programa Terceiro Tempo as segundas-feira a noite na Rádio Guaíba. Sempre no fim do ano a equipe de esportes da Guaíba montava a seleção do ano com jogadores que atuavam nos times do Rio Grande do Sul. E como era bom esperar e ouvir teu Pai (que chamo carinhosamente de A Voz do Rio Grande) escalando sempre 11 jogadores do nosso time!
    E este ano que termina apenas dia 8 na inauguração da Arena, certamente teríamos não somente o Milton F. Jung escalando os 11 do Imortal. Com o nosso co-irmão jogando deste jeito, daqui a pouco ficarão fora até da Sulamericana….
    Por isso estamos

    • Gunar,

      E se em tantas outras oportunidades, os 11 selecionados por Milton Pai Jung era apenas provocação e satisfação, provavelmente, nesta temproada, terá um ponto de razão.

    • Carlos,

      O curioso é que o Grêmio mostrou a todas as demais cidades-sede que era possível construir estádios, com as mesmas recomendações da Fifa, sem atropelo nem orçamento exorbitante. Foi estratégia bem montada pela sua diretoria. O fato de estar fora da Copa14, dizemos os gremistas mais fanáticos, em tom de brincadeira, que é porque temos time para competições internacionais e torcida para lotá-lo, não havendo a necessidade de importar seleções e torcedores.

  2. Milton, o fato merece maiores explicações, mesmo porque o caso do Morumbi x Itaquerão está bem claro. Contra Lula, Roberto Teixeira, FIFA , etc, não havia mesmo chance. Mas o caso da Arena do Grêmio não consigo entender. Talvez pela tramitação técnica e financeira correta. Como você ressaltou ” sem atropelo nem orçamento exorbitante” e dentro das exigências técnicas da FIFA.

  3. Mílton e Gunar,desta vez,ao contrário de escolher onze jogadores do Grêmio para que componham a minha seleção,elegerei apenas um:o mestre de 38 anos, que dá aulas de como se comportar em campo,lições que deveriam ser copiadas pelas novas gerações de profissionais,que atende pelo nome de ZÉ ROBERTO.

  4. Confesso que contestei a vinda do Luxemburgo ao Grêmio, mas não se pode negar que tem mais currículo que o anterior, Caio Junior, e que conseguiu acertar o time. A vaga na Libertadores era o mínimo que mereceríamos no ano de despedida do Olímpico. Que venha o time de vermelho e a vaga direta na fase de grupos, para o ano da ARENA!!!

    Abs

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