Atlético (MG) 2 x 0 Grêmio
Brasileiro – Arena do Jacaré, Sete Lagoas (MG)

“Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus …” Começa assim o texto de Eclesiastes que lembrei durante a partida desta noite de domingo, em Belo Horizonte, quando pensava no que escrever nesta Avalanche. A passagem que me levou a este livro da Biblia Cristã ensina que há “tempo para procurar, e tempo para perder … tempo para calar, e tempo para falar”. E para calar é preciso sabedoria, pois sem ela corremos o risco de transformarmos em terra arrasada, campo fértil. E nós, gremistas, sabemos bem que existem valores que precisam ser preservados, assim como temos joio a ser arrancado para que o trigo seja cultivado e a boa safra possamos colher.
Ao me calar hoje, dispenso a oportunidade de reclamar do pegador que se transformou em fazedor de pênalti; da zaga dura, firme e forte, que cedeu a velocidade ou altura dos atacantes; de laterais que esqueceram o caminho da linha de fundo; de jogadores criativos que perderam o brilho do drible; e goleadores que se esparramaram no chão antes de mostrarem seu desejo de matar.
Neste cenário, o melhor mesmo é calar, e esperar, pois há “tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado”. Mas para isso é preciso de um excelente agricultor.
Para não perder o domingo, fico com a satisfação de assistir à vitória da seleção brasileira sobre a França no comando de Luis Felipe Scolari, este sim um técnico que sabe colher. E merece cada conquista alcançada em sua história
Milton, é tempo para falar do estádio do Grêmio. Este show de bola que quase ninguém deu bola, mas parece que finalmente está começando a chamar a atenção. Até mesmo ao desinformado Galvão Bueno. Se até agora não descobriu que foi o SPFC que formou o Oscar , pelo menos soube elogiar aquilo que estava na sua frente.
Pena que diante de tantas informações na hora errada, pois ainda não aprenderam que para nós telespectadores o importante é ver a bola e o som do jogo, ninguém falou sobre o custo da Arena Grêmio em comparação com as demais.
Sem sombra de dúvida, há um tempo para tudo. Fico me perguntando,porém,se há,igualmentre,um tempo para todos. E aí,então, me pergunto se posso incluir nesse TODOS o técnico do Grêmio. Afinal,se há um tempo para tudo – e para TODOS – Luxemburgo está gastando o dele em quê? Hoje,ao ser entrevistado depois da derrota gremista para Ronaldinho,o assessor de futebol disse que o Grêmio perdeu merecidamente por não ter jogado bem. Volto a perguntar-me quando jogará para encher os olhos de seus torcedores. O teu texto,Mílton,foi imensamente superior ao futebol do nosso time.
Prefiro me calar, para não escrever besteira.
Mas vamos lá, tínhamos sobra para gastar. Pelo menos ainda não perdeu em casa. Ainda… Espero que não seja na quarta, contra o São Paulo.
Abs
Milton !
O nome do problema é Wanderlei Luxemburgo,pronto falei !!
Para tudo há um tempo! E o tempo dele acabará na quarta-feira, mesmo com vitória contra o São Paulo. Os jogadores terão alguns dias de férias e na volta, treinador novo no comando do nosso time. Sonho? Quem sabe o presidente Koff também te lê, Milton!
Mas olhando as letras e palavras da última frase acima: que saudades dos agricultores Tele Santana, Enio Andrade e deste que você citou.