Por Maria Lucia Solla

Não canso de me encantar com a magia da vida. A todo instante, a cada sensação, experiência, presença, ausência, a cada tudo e a cada nada. Encantamento. Impossível convencer alguém de que vida é magia, ou de qualquer outra coisa. Convencimento é coisa íntima, que se faz a sós, cada um a seu modo. E que sempre é diferente. Novidade. Nova idade interior. É um movimento surpreendente, que alinha fatos, organiza dados e, plim, acontece. Imagino uma vitamina de vivências levadas ao processador interno, acionado pela coragem e perfeitamente ajustado ao nosso mecanismo perfeito, que clica quando é hora e pronto.
Convencimento pede flexibilidade e é flexível. Mostra-se quando os ponteiros se abraçam, quando a busca frenética faz uma pausa para o devido descanso. O ócio criativo, talvez. Então um dia assim de repente, ao anoitecer, ou ao amanhecer, acionado por um abraço, uma despedida amorosa, um sonho, um acidente, uma canção, ou por qualquer coisa vinda de qualquer lugar, a ficha cai. E a gente vai em frente meio bamba no início, mas maravilhada ao longo do caminho. É como andar de bicicleta.
Aqui, neste idílio com o Mar, meus processos internos clicam com maior frequência e intensidade. O mar clama e declama para mim. Eu ouço. Ouço tudo mais claramente: as cores das palavras, do silêncio, do quebrar das ondas nas pedras, do espreguiçar da Valentina. Percebo o pulsar da vida, ora aqui, ora ali. Nas minhas preces peço coragem para continuar mudando, conquistando e me desapegando. Para aproveitar mais uma entre tantas oportunidades que a vida me oferece de recomeçar todo dia com alegria, gratidão, gratidão, gratidão e muita garra.
Como acredito que o pensamento pode ser amigo ou inimigo, tenho exercitado a escolha de cada um, como fazia a minha avó Grazia com os grãos de feijão.
E você, como sente a vida?
Pense nisso, ou não, e até a semana que vem.
Maria Lucia Solla é professora de idiomas, terapeuta, e realiza oficinas de Desenvolvimento do Pensamento Criativo e de Arte e Criação. Aos domingos escreve no Blog do Mílton Jung
Maria Lúcia
Passo aqui para lembrar da cena de minha mãe separando o feijão sobre a mesa da cozinha. Quando ia ajudá-la não repetia a mesma paciência e deixava passar coisa ruim. Na mesa do jantar e com o prato servido encontrava a coisa estragando meu sabor. Aprendi que escolher exige paciência, cuidado. Erros costumam azedar o sabor da vida.
Mílton,
sim, sim e sim!
beijo,
ps: privilégio ter você aqui
ps2: sem esquecer que não é errado errar
ps3: xô coisa ruim
AMIGA MARIA LUCIA,
BOA TARDE.SAUDADES DA NONNA.
NA COZINHA,NA SABEDORIA,NO AMOR,NO CONSELHO(TESORO MIO).
ABÇOS
FARININHA
Tentando te elogiar aqui com minhas dificuldades tecnológicas, amei o texto, bjs
Farina,
Saudade boa!
Curte que vale a pena.
Beijo e boa semana cheia de bons acontecimentos e boas lembranças,
Maryur,
você está se saindo bem com o tablet, mas onde você é boa mesmo é na amizade, no carinho, na atenção.
Obrigada, amiga.
Beijo e aproveita o dolce quasi far niente,
Outro dia ouvi que,o tempo fica a nosso favor quando agimos a favor dele. Encarar a vida com leveza, valorizar o tempo e o espaço, uma arte. Sua arte sempre me emocionando. Valeu! E sigamos catando por aí . Beijo.
Suely,
E você sempre me fazendo sorrir um sorriso gostoso que só. De cumplicidade.
Sim, catando sempre.
Beijo e gratidão,
Prima, lindo texto, linda foto!
Dizem que se em cada encarnação transformarmos uma imperfeição em virtude, já valeu nossa vinda. Nesta estou trabalhando minha impaciência e o escolher feijão é um ótimo exercício deixado pelas nossas avós.
Que este raiar do sol ilumine sua vida agora e sempre!
Com carinho
Maga
Magutcha, sábia prima,
obrigada pela companhia e pelo carinho, sempre.
Sim, que o raiar de cada dia nos permita ser mais simples, mais alegres e gratos pela vida, seja viajando em grande estilo ou quebrando o nariz…
Beijo e até logo logo,
lu