Por Carlos Magno Gibrail

foto divulgação Osklen @fotosite
A SPFW que está nas passarelas esta semana é a segunda edição com um novo calendário e o sistema “veja agora, compre agora”. Mudanças que buscaram um alinhamento com os grandes desfiles de Milão, Paris e New York, que atendiam às novas formas de comunicação. Não para se igualar, mas para atualizar as marcas.
Com o objetivo de acompanhar a evolução dos meios digitais e neutralizar a crise no setor de moda, Paulo Borges decidiu pela mudança. Agora, de acordo com a entrevista concedida a Pedro Diniz na Folha, está se preparando para após o término do evento atual identificar nos resultados se o novo sistema corresponde aos desejos do mercado e, portanto, se continuará.
Borges afirma que uma minoria de marcas, de um lado, e a imprensa, de outro, levam a uma nova avaliação. Alguns empresários querem descontinuar a forma atual, enquanto parte da mídia, que antes criticava o fato de a moda desfilada ser extremamente conceitual e não aplicável, está apontando agora um excesso comercial. Sem criatividade.
Ao que tudo indica este cenário é típico do processo de mudança quando os mais ágeis e adaptáveis continuarão o desenvolvimento do novo sistema. Enquanto os demais conservarão o status quo formando nichos ou mesmo saindo da competição.
Neste contexto é bom lembrar que as coleções sem relação direta com verão e inverno, atendendo a estilos de vida e com abastecimento feito em no máximo uma semana, são exigências de um consumidor atrelado ao mundo digital. Geração “www” que atende ao “eu quero o que eu quero quando eu quero”.
É o novo varejo.
É Moda!
Carlos Magno Gibrail é mestre em administração organização e recursos humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.