Avalanche Tricolor: Luis Suárez, o Imortal!

Grêmio 1×0 Vasco

Brasileiro – Arena do Grêmio, Porto Alegre RS

Luis Suárez comemora o gol na despedida da Arena, em foto de Lucas Uebel/GrêmioFBPA

Eu vi Anchieta e Tarciso. 

Vi Iura e André Catimba.

Eu vi Danrlei e Baltazar.

Vi Jardel e Paulo Nunes.

Eu vi Renato jogar.

Vi o Grêmio campeão gaúcho de 1977. Brasileiro, em 1981 e 1996. Vi a Batalha dos Aflitos; os cinco títulos da Copa do Brasil, os três da Libertadores e o Mundial de 1983.

Quando imaginava já ter visto muito mais do que mereceria ver, eis que deparo com 2023: o Ano de Suárez! Por onze meses, me permiti sonhar assistindo a um dos maiores jogadores do futebol mundial em atividade vestindo a camisa do meu Grêmio. 

Na estreia, um hat-trike como cartão de visita. Repetiria o feito no Campeonato Brasileiro. Nas duas finais que disputou, a confirmação da nossa hegemonia regional. Em três Gre-nais, marcou duas vezes. Da primeira, um gol que ficará para sempre na nossa lembrança. O movimento do corpo, o forjar do passe que ludibriou seus marcadores e um chute à distância no ângulo do goleiro adversário. 

A cada partida, a identificação de Suárez com a torcida e com o time só se fazia maior. A luta para fazer do Grêmio o melhor que poderia ser feito, o esforço para superar as dores no joelho, a irritação com a jogada desperdiçada e o incentivo ao colega que sofria algum revés, se somaram a gols e assistências. Participou de quase metade dos gols marcados pelo Grêmio, nesta temporada. E não foram poucos. 

Nos momentos mais difíceis, Suárez chamou para si a responsabilidade. Liderou o Grêmio em algumas viradas expressivas. Arrancou gols de onde sequer se esperava que pudesse surgir. E graças a sua dedicação manteve o Grêmio competitivo por toda a temporada nos devolvendo a Libertadores.

Sempre a altura de sua história, não se contentou em apenas receber as homenagens em sua despedida da Arena do Grêmio. Queria retribuir a tudo e a todos. Como se ainda fosse preciso fazer mais.

Fez mais um gol. E um daqueles gols que os mortais não seriam capazes de fazer. Com a frente tomada de jogadores, pouco espaço para a bola passar e o ângulo fechado pelos zagueiros e goleiro. Foi lá, de fora da área, com um toque refinado, assim como seu futebol, que Suárez encontrou o caminho para mais uma vitória gremista, que nos coloca no G4 a uma rodada do fim do campeonato brasileiro.

Para todo e sempre, vamos lembrar de 2023, o Ano de Luis Suárez, o Imortal!

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