Avalanche Tricolor: está na hora de reagir

Fortaleza 0x1 Grêmio

Brasileiro – Castelão, Fortaleza/CE

Foto: Lucas Uebel/GrêmioFBPA

Nascemos em uma época na qual nossos sonhos no futebol não se estendiam além dos limites do Rio Grande do Sul. Nossas batalhas eram regionais. Nossas conquistas, estaduais. Superar o principal adversário no clássico Gre-Nal e vencer o Campeonato Gaúcho nos satisfazia para todo o sempre.

Foi, então, que nos agigantamos e conquistar o Brasil se tornou possível. Avançar sobre a América e levantar a taça Libertadores se fizeram realidade. Até o mundo esteve aos nossos pés. E a grandeza do Grêmio passou a ser motivo de nosso orgulho. 

Por isso, é tão difícil entender o destino que aceitamos abraçar neste campeonato brasileiro, mesmo depois da tragédia vivida por todos os gaúchos. Há uma aparente tolerância ao que acontece partida após partida. Como se não houvesse nada a fazer além de se resignar.

A sequência de derrotas — assistimos à quinta na noite desta quarta-feira —, que nos mantém na parte mais baixa da tabela de classificação, desafia nossa paciência.  Ainda que estejamos com partidas a menos que os adversários e em desvantagem devido a interrupção forçada pelas enchentes, a presença na zona de rebaixamento é constrangedora.

Não negamos que o esforço para nos mantermos vivos na Libertadores, a despeito de todos os prejuízos que tivemos, cobrou um preço alto de nossos jogadores. A ausência de um local próprio para recuperar forças e reorganizar o time também se refletiu no desgate físico e psicológico do grupo. E será preciso tempo para resgatar a energia dispendida.

Soma-se a tudo isso, uma série de fatores que migram da infelicidade no acabamento de algumas jogadas a movimentos desproporcionais causadores de prejuízos, como pênaltis e expulsões – na partida de hoje, conseguimos reproduzi-los quase que na sequência.  

A hora de dar um basta em tudo isso, porém, chegou. No sábado, ainda que distante da nossa cidade e Arena, teremos um clássico regional a disputar. Os torcedores se farão presentes, imagino que em grande número, no Couto Pereira, em Curitiba, para reviver o clima do velho Olímpico Monumental, da mesma maneira que fizemos recentemente nas partidas da Libertadores.

Se queremos reagir no Brasileiro e sinalizar nossa capacidade de superação na temporada, o Gre-Nal é a oportunidade que se apresenta. Vamos à vitória!

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