Grêmio 1×0 Bahia — Campeonato Brasileiro
Arena do Grêmio, Porto Alegre (RS)

Fazia tanto tempo que eu não via um árbitro marcar pênalti para o Grêmio que, no primeiro momento, nem reconheci o lance como tal — entenda como quiser essa frase. A verdade é que não temos o luxo de discutir as circunstâncias de uma vitória — elas têm sido raras demais. Esta foi apenas a segunda nas últimas treze partidas.
Apesar das limitações repetidas e dos riscos desnecessários de sempre, o Grêmio teve alguns méritos neste início de domingo. A resiliência diante de um adversário mais organizado e com talento no meio-campo foi um deles. E não dá para reclamar da entrega dos nossos jogadores que, visivelmente, têm redobrado esforços para impedir qualquer triunfo adversário. Surpreendentemente, hoje, não tomamos gol. Mesmo aqueles que, ao receberem a bola, parecem não saber exatamente para que serve aquele objeto, correm intensamente no gramado — registre-se: o mais feio da Série A do Campeonato Brasileiro.
Christian Oliveira, pelo lado direito, também está na restrita lista de méritos gremistas. Pena que não tenhamos sido competentes para transformar seus dribles e cruzamentos em finalizações. Ao lado dele, Kannemann. Apesar das duas cirurgias recentes e dos 34 anos, continua um exemplo de dedicação. Vê-lo protagonizando jogadas ofensivas — hoje, deu chapéu, cruzou para a área e ainda deu assistência — revela tanto o destemor do nosso zagueiro quanto o grau de desorganização que ainda nos define. Tem ainda a cobrança de pênalti certeira nas redes de Braithwait — um surpresa se pensarmos que nossos jogadores não têm tido o costume de ver árbitros apitando pênalti a nosso favor.
Por fim, é claro, os três pontos. Conquistados a despeito de todas as condições, são o que temos a comemorar, por enquanto. O Grêmio venceu! Portanto, que comemoremos!