Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: lições de 2021, aprendizados para 2022

‘“A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente”

Sorem Kierkegaard, O desespero humano 20021
A cultura suéca FIKA é uma tendência Foto de cottonbro no Pexels

Orientados pela frase do filósofo dinamarquês, que abre este texto, olhamos para o que aconteceu e miramos naquilo que somos capazes de entender para oferecer a você, que nos acompanhou ao longo de 2021 e está disposto a seguir esta jornada ao nosso lado, em 2022, um caminho de equilíbrio, esperança e conhecimento. No programa de Natal, o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso aproveitou-se da ‘bola de cristal’ de Jaime Troiano e Cecília Russo para entender o que nos espera logo ali na frente.

Que fique claro: a ‘bola de cristal, de Jaime e Cecília, é apenas metáfora para a sabedoria que eles acumularam nas carreiras dedicadas ao branding e ao relacionamento humano. Cientes do desafio que a pandemia segue nos impondo e das dificuldades econômicas que o país enfrenta, eles listaram três verdades reveladas na pandemia e três verdades que precisão ser consideradas pelas marcas.

Verdades reveladas

  1. Capacidade de adaptação – o ano passado e este que está se encerrando fizeram as marcas repensarem suas estratégias para preservar vínculos, para reforçar suas proposta de valor, mantendo-se relevantes. As que conseguiram saíram fortalecidas, a despeito de todos os problemas que enfrentamos juntos. E isso influencirá na longevidade delas, em 2022.
  2. Fazer diferença – destacaram-se no cenário as marcas que fizeram diferença na vida das pessoas, ajudando na travessia deste período de restrições. E o reconhecimento foi imediato: no estudo Marcas Mais, da Troianobranding e Estadão, por exemplo, os consumidores identificaram Nubank, iFood e Nestlé, com marcas parceiras.
  3. O desejo de consumir – os períodos de promoção, como a Black Friday, mostram que o desejo de consumir segue preservado; as pessoas querem comprar, quando o acesso é possível. E isso nos aponta para um espaço que as marcas relevantes devem ocupar.

“Essas três razões me permitem ter um certo otimismo para 2022”

Jaime Troiano

Verdades a serem consideradas

  1. A necessidade de acelerar – A pressão pela agilidade e economia do tempo, que já era uma demanda, se tornará ainda mais relevante. Tudo mais acelerado, entregas mais rápidas, respostas imediatas. 
  2. O espaço para desacelerar – não é uma contradição ao anterior; é uma complementação. Com tudo em alta velocidade, haverá espaço para as marcas promoverem ou venderem desaceleração. Para oferecerem o FIKA, um ritual da cultura sueca que tem origem na inversão da palavra ‘kaffe’. É muito mais do que uma pausa para o café. É um estilo de vida, em que você aproveita as pausas para socializar.
  3. Marcas para mim – eis aqui uma tendência que já existia e se expressou com a pandemia: a ideia de que não há mais uma marca que possa ser generalista, que sirva a todos. As marcas que ganham valor são fortes para algumas pessoas e não para todas.  

“Então, posicionar, focar é uma tendência”.

Cecília Russo

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso completo com outras dicas e referências de marcas: 

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, 7h55 da manhã, no Jornal da CBN.

Caruaru beberá mais cerveja que a Alemanha

 


Por Carlos Magno Gibrail

 

 

Estamos numa fase de oportunidade única para o varejo brasileiro. Os próximos dez anos determinarão as marcas que dominarão as décadas seguintes. Os R$ 2,2 trilhões de consumo serão R$ 3,5 trilhões até 2020, que corresponderá a 65% do PIB. Mesmo com a tributação altíssima que vivemos, além do represamento do capital para o trabalho na esfera pública, quando o talento está nas empresas privadas.

 

Estas previsões fazem parte do mapa de consumo que a revista Exame traçou para 2020. Baseada em dados da consultoria McKinsey e da Escopo, empresa de Geomarketing.
Embora saibamos que o consumo em si não trará sustentabilidade ao crescimento, dois fatores, a renda per capita e o bônus demográfico, propiciarão as grandes chances de efetivarmos um salto na renda, e nos tornarmos o quinto maior mercado consumidor do mundo.

 

A história tem demonstrado que ao atingir a renda per capita entre US$ 12 mil dólares e US$ 17 mil os países geram as maiores taxas de consumo. Estamos com US$ 11 mil, a um passo de desencadear um significativo salto. De outro lado, os estudos demonstram que ao chegar com 60% da população economicamente ativa no mercado de trabalho, se obtêm o ápice do bônus demográfico. Este estágio será alcançado em 2022. Depois disso a relação entre ativos e inativos irá diminuir e o aumento de renda ficará à mercê da produtividade real.

 

É o que acredita Aldo Massachio, de Harvard, quando disse à Exame: “As empresas que se estabelecerem líderes no Brasil até 2020 deverão se perpetuar nessa posição nas décadas seguintes”.

 

Não é à toa que até 2013 serão abertos mais de 70 Shoppings Centers, e que grandes varejistas que consideravam apenas cidades com mais de 500 mil habitantes estão abrindo novas unidades em cidades de 150 mil habitantes.

 

Este panorama estabelece claramente a oportunidade ao mesmo tempo em que fixa 2022 como data limite da impunidade à má administração pública. Se não vierem as reformas tributárias, políticas e morais, adeus crescimento. Antes disso, segundo a Exame, Caruaru terá consumo médio de cerveja maior que o da Alemanha, e os brasileiros consumirão três vezes mais cerveja que os alemães. Saúde!

 


Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos, e escreve às quartas-feiras, no Blog do Mílton Jung

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Que São Paulo você quer em 2022?

 

Outono em São Paulo

Faz dois anos estava com 30 pessoas em volta de uma mesa e três perguntas em cima dela. Tínhamos um dia inteiro para responder ao desafio que havia sido apresentado por cinco organizações e movimentos sociais de forte atuação na capital paulista:

1. Qual sua visão para integrar utopia e realidade para São Paulo em 2022?
2. O que projetar e priorizar para 2022?
3. Como construir os caminhos para a concretização das propostas?

Antes de seguir em frente, uma explicação para a data citada: em 2022 comemora-se o bicentenário da Independência e o centenário da Semana de Arte Moderna, e se encerra a vigência do Plano Diretor Estratégico que a cidade esqueceu de implantar e rediscutir nestes anos todos. Bons motivos para provocar a reflexão sobre a São Paulo que queremos ou a que podemos ter.

Lembrei-me do encontro agora porque no fim do mês – dia 23 de novembro – será lançado o Projeto São Paulo 2022, com a intenção de oferecer ao cidadão e ao setor público informações sobre a Capital e, assim, levar adiante a construção de uma cidade que contemple uma agenda de desenvolvimento justo e sustentável.

Naquela oportunidade me coube o papel de provocador. Estava lá para gerar reações dos demais participantes da mesa de discussão e fazê-los imaginar como seria esta cidade melhor que todos buscamos. Antes deles falarem, porém, apresentei o que considero ser fundamental para que se possa planejar. E repito neste artigo. Nossas ideias – sejam quais forem – têm de estar calçadas em três dimensões: custo, acesso e qualidade. Nenhuma se sobrepõe a outra, todas precisam ser medidas com a mesma régua. No Brasil, costuma-se por as questões do custo em primeiro lugar e o resultado tende a ser o aumento do gasto no setor público e a redução no privado, sem que haja efeito no acesso aos serviços e na qualidade oferecida.

Leia o texto completo no Blog Adote São Paulo