Adote um Vereador é destaque em Minas

A fiscalização do trabalho dos vereadores foi destacada em reportagem de primeira página do jornal O Estado de Minas, na edição desta segunda-feira. Reproduzo o texto que fala da campanha Adote um Vereador:

Fiscalização
Projeto incentiva “adoção” de vereadores

Alessandra Mello – Estado de Minas

Que tal adotar um vereador e acompanhar todos os seus passos, gastos com verbas indenizatórias e projetos até o fim de seu mandato? Essa é a proposta do projeto Adote um vereador, que usa a internet como ferramenta para que os cidadãos possam fiscalizar os políticos. Idealizada inicialmente pelo Instituto Ágora em Defesa do Eleitor e da Democracia, ela tem sido adotada por eleitores e também organizações não governamentais (ONGs), como o Movimento Voto Consciente, que há 22 anos acompanha o trabalho do Legislativo paulista, e a Transparência Brasil, que tem dado força para disseminar a ideia, que já faz sucesso nos Estados Unidos e Inglaterra. Surgida em janeiro deste ano, inicialmente na capital paulista, onde 17 dos 55 vereadores já foram adotados, a ideia está aos poucos se expandindo para outros estados, mas em Minas Gerais até hoje nenhum foi adotado. Quem se habilita? Pela proposta, os interessados escolhem os vereadores de sua cidade para acompanhar durante todo o mandato e se cadastram na Wiki, uma plataforma de uso coletivo na internet, onde são reunidos os links e informações dos “adotados” para quem quiser acompanhar. “O ideal é criar um blog gratuito e começar a partir daí a reunir informações sobre o trabalho dos vereadores, como presença nas votações e comissões, projetos aprovados e apresentados, doadores de campanha, declaração de bens e todo tipo de informação que for possível levantar”, conta o estudante de informática Joildo Santos, de 23 anos, um dos organizadores voluntários da campanha. Segundo ele, quem quiser pode se cadastrar no grupo de discussão do site do projeto para receber todas as instruções sobre como fiscalizar os representantes do Legislativo municipal e também como integrar a rede comunitária que divulga a iniciativa. Além do blog, o cidadão adotante pode informar ao vereador que seu trabalho passará a ser acompanhado e divulgado sistematicamente por meio do Wiki, que nada mais é que um site colaborativo, no qual os associados interferem no conteúdo, nos moldes da Wikipédia. “A gente sempre vê uma cobertura ampla do que acontece nos legislativos estaduais e também no Congresso, mas pouco nos municípios, principalmente nas cidades pequenas. E essa é uma fiscalização importante, pois o que mais nos afeta é o que acontece com a nossa cidade e com os recursos que ela dispõe”. Para um dos voluntário do Adote um vereador, o físico e programador Everton Zanella, de 25 anos, o uso da internet como ferramenta de combate à corrupção e de controle dos gastos públicos ainda é tímido no Brasil. “Mas nosso projeto é de longo prazo. A intenção é ampliar nossa rede para que nas próximas eleições municipais os eleitores possam ter uma boa base de dados para consultar antes de votar em alguém que já exerça cargo público”, afirma Zanella, responsável pela página principal do site colaborativo que reúne as informações sobre os vereadores adotados em todo o país. Segundo ele, quem se interessar em participar pode acessar os contatos no site para ter mais informações. O projeto, que é mantido por voluntários, pretende também dar cursos on-line para quem se interessar pela proposta.

Observações, apenas: Apesar dos nomes semelhantes, a iniciativa do Adote um Vereador nos moldes apresentados pela reportagem não foi do Instituto Ágora. A ONG realiza projeto envolvendo escolas e o legislativo. O Movimento Voto Consciente que promove o Adote é o de Jundiaí, interior de São Paulo, e o trabalho é exemplar. O Voto Consciente da capital paulista, que apoiaremos sempre, tem outros canais de atuação. E, finalmente, pela primeira vez o tema é abordado sem que seja feita vinculação com este jornalista, o que me entusiasma, pois a ideia original era agir como agitador da cidadania, mas deixar a organização aos que estivessem dispostos a se envolver no monitoramento, controle e fiscalização dos vereadores. Nosso agradecimento pelo apoio oferecido e parabéns a todos os voluntários.

Adote um Vereador se encontra no Mobile Fest

 

adoteNeste sábado, integrantes da campanha Adote um Vereador estarão presentes na palestra “Rádio na Era do Celular”, durante o Mobile Fest, em São Paulo. Todo segundo sábado do mês, alguns dos mais ativos participantes desta ação fiscalizadora do legislativo se encontram para troca de experiência. Desta vez, decidiram mudar de endereço. Deixaram o bar do Centro Cultural São Paulo pela sede do MIS para aproveitar o encontro sobre tecnologias móveis.

A internet, em especial, tem importante função no trabalho dos “padrinhos” pois é nela que eles procuram informações sobre seus afilhados-vereadores e por ela que registram as informações levantadas. Todos os integrantes do Adote um Vereador, que completa um ano, publicam em blogs os dados e questionamentos que consideram interessantes. Com isto teremos, ao fim de quatro anos, um relato sobre o trabalho e o perfil do parlamentar.

Caso você tenha interesse em se unir a este grupo, aproveite o Mobile Fest para conhecer alguns dos integrantes. Leve sugestões a eles e conheça a experiência que adquiram neste tempo acompanhando e fiscalizando a ação dos parlamentares.

Vereador gasta R$ 2 mil por site fora do ar

 

De olho na prestação de contas do vereador Souza Santos (PSDB), a ouvinte-internauta Angela Brizante soube que o parlamentar teria justificado gastos de R$ 2 mil da verba do gabinete para cobrir custos com a manutenção do site dele, no mês de junho. Como ‘madrinha’ atenta, se surpreendeu pois desconhecia a página do vereador tucano na internet. Foi ao Google, visitou o portal da Câmara Municipal, perguntou para os vizinhos e não conseguiu saber onde está o site de Souza Santos.

Participante do Adote um Vereador, além de postar a informação no blog onde ela faz o acompanhamento do trabalho do parlamentar na Câmara, Angela mandou um e-mail pra cá, certa de que teríamos uma informação alentadora a oferecer.

A produtora Fabiana Boa Sorte conversou por telefone com o vereador que alegou não saber o que acontecia e pediu para que ela fizesse contato com a assessoria do gabinete dele. Foi de lá que chegou a informação de que o site está sendo remodelado, por isso está fora do ar, neste mês.

Angela Brizante diz que nunca viu o site no ar. E que começa a entender melhor porque Souza Santos é o vice-líder de gastos na Câmara, tendo sido reembolsado em R$ 85.077,14, no mês de agosto, segundo o jornal Diário de São Paulo.

Mais informações você encontra no blog Adotei Souza Santos

Estudantes adotaram dois vereadores de São Paulo

 

Os alunos da Escola Estadual Martim Francisco adotaram dois vereadores da capital paulista, dentro de projeto pedagógico que tem a intenção de incentivar a participação da sociedade no legislativo. O grupo de alunos, capitaneado pelo professor Eugênio Carvalho, esteve na Câmara, semana passada, e ouviu os vereadores Roberto Tripolli (PV) e Eliseu Gabriel (PSB), escolhidos para serem monitorados nesta etapa do trabalho.

Para chegar até aqui, eles pesquisaram os problemas que a cidade enfrenta em sete áreas: Saúde, Educação, Meio Ambiente, Criança e Adolescente, Transporte, Habitação e Direitos Humanos. Divididos por temas, selecionaram asinformações mais relevantes e se prepararam para questionar os parlamentares. De acordo com o professor Eugênio, em breve outros vereadores serão incluídos na lista dos estudantes da rede pública e será divulgado um boletim informativo para que a população tenha acesso ao comportamento dos parlamentares.

A Martim Francisco é escola que teve sua sede na Vila Nova Conceição ameaçada de ser derrubada, em 1997, mas que se manteve em pé devido a mobilização da sociedade, em especial moradores da região e comunidade escolar. 

Leia mais sobre o projeto acessando aqui

Conheça e participe do Adote um vereador 

Câmara Municipal na veia

adote.pngTerminei a segunda-feira com uma hora de gravação do Fim de Expediente, programa apresentado por Dan, Teco e Zé, na CBN, no qual discutimos o papel das câmaras municipais e dos vereadores. Estava na mesa, o coordenador de projetos da Transparência Brasil Fabiano Angélico que apresentou números interessantes sobre gastos no legislativo. Deixo para que  estes sejam divulgados na sexta-feira, às sete da noite, quando o programa for ao ar.

Discordamos eu e ele apenas quando a pergunta do Teco foi se éramos a favor ou contra o voto obrigatório. Por ser nova a experiência democrática no Brasil, Angélico defende que a obrigatoriedade seja mantida. Eu sou contra: o eleitor tem de ter o direito de escolher, inclusive se quer ou não votar. E ao candidato restará se aproximar cada vez mais do cidadão para convencê-lo a ir para as urnas.

Foi, aliás, uma segunda dedicada à Câmara, pois logo cedo estive lá na “Casa do Povo”, por quatro horas, falando o mínimo necessário e ouvindo muito em seminário que discutiu a participação da sociedade civil no legislativo. Líderes de alguns partidos e o Movimento Nossa São Paulo provocaram a discussão pública pois estão convencidos de que o resgate da credibilidade da casa passa pela ação cidadã acompanhando o trabalho do parlamentar.

Fora um ou outro discurso histérico, o tom da conversa foi positivo. Os vereadores insistiram na ideia de que os poderes do legislativo são restritos e, portanto, muitas das ações não avançam como a sociedade espera. O Nossa SP, através de Oded Grajew, chamou atenção para o fato de a Câmara não demandar pelo respeito que merece ao permitir que leis aprovadas pelos vereadores não sejam cumpridas pelo Executivo.

Crente de que apenas aproximando o olhar  vamos entender melhor a ação legislativa e teremos capacidade de avaliar a produtividade dos parlamentares, reforcei a intenção da campanha Adote um Vereador, que lá esteve representada por três padrinhos – o Sérgio, o Massao e o Cláudio Vieira (o blog que cada um deles mantém, está na lista aí do lado direito), aos quais devo desculpas públicas pois deveria tê-los apresentado no auditório.

Sobre a cobertura jornalística lembrei que ainda o fazemos de maneira pontual, preconceituosa e generalista, reproduzindo o senso comum. E o papel do jornalista é ir além, analisar melhor, qualificar e não apenas quantificar a atuação parlamentar.

Se há ainda muita gente sem esperança de que podemos recuperar o legislativo, depois desta overdose de Câmara estou entorpecido com a ideia de que a coisa vai melhorar para o nosso partido, o do Cidadão.

A Copa de 2014 e o Adote um Vereador

adote.pngA oficialização de São Paulo como cidade-sede da Copa do Mundo de 2014 trará investimento para a capital paulista e mexerá com diferentes interesses. Massao, que adotou o vereador Jooji Hato, postou texto em seu blog sobre o tema:

A FIFA, neste domingo dia 31/05, anunciou as 12 cidades brasileiras que serão sedes da Copa do Mundo de 2014. A meu ver, momento importante para que todos fiquem de olho no seus “tamaguchis” políticos.Pêra ai, o que tem a ver política e consequentemente o “Adote um Vereador” com a Copa do Mundo?Tem tudo a ver, porque é neste mandato dos vereadores que será feita os preparativos para a Copa, pois haverá muito investimento para modernizar os equipamentos públicos, melhorar as vias de transportes, a segurança pública e da rede de turismo.

E com isso haverá muito dinheiro sendo investido, o que obviamente haverá grandes interesses econômicos em jogo. Os lobistas, verdadeiros cartolas, vão tentar influenciar os nossos representantes do legislativo e executivo de forma mais agressiva, usando como justificativa a Copa na nossa cidade, que projetos de leis e permissões sejam facilitadas para a suas áreas de interesse.

Mas o simples fato da Copa estar já perto (afinal são apenas cinco anos até lá) não significa que pode ser que o que eles querem é de interesse de todos os cidadãos paulistanos.

Leia mais aqui

Alunos da Martim Francisco vão adotar vereador, em São Paulo

Adote um VereadorA Escola Estadual Martim Francisco, na Vila Nova Conceição, foi cenário de uma batalha social e jurídica desde que, em 2004, foi feito o anúncio de que seria fechada, os alunos transferidos para um prédio ao lado e o terreno ficaria com uma construtora em troca de área cedida à prefeitura de São Paulo. Houve protestos, muita gritaria e a garantia da permanência no local veio após decisão da Justiça em 2007.

Os alunos da Martim Francisco terão mais uma oportunidade de exercer sua  cidadania, desta vez acompanhando o trabalho dos vereadores de São Paulo. A iniciativa é do professor Eugênio Carvalho, inspirado na campanha Adote um Vereador, que repassou, por e-mail, o roteiro que os estudantes da rede pública estadual terão de cumprir:

1- Foram definidos sete temas para pesquisa. São eles: Saúde, Educação, Meio Ambiente, Criança e Adolescente, Transporte, Habitação e Direitos Humanos.

2- As classes foram divididas em grupos por tema.

3- Cada grupo ficou responsável por levantar todas as informações sobre o tema escolhido. ( o foco de interesse é a cidade de São Paulo)

4- Os alunos deverão utilizar como fonte de pesquisa: Caderno Metrópole do  Jornal Estado de São Paulo, Cotidiano da Folha de São Paulo. Sites: Voto Consciente, Inst. Ágora, Transparência Brasil, Instituto Sócio Ambiental, Nossa São Paulo, Seade e Câmara dos Veradores.

5- Será montado um mural com todas as informações recolhidas, além disso os alunos farão duas questões sobre o tema pesquisado.

6- Na segunda quinzena, os alunos farão visita monitorada à Câmara Municipal. Nesse mesmo dia, estaremos entregando um ofício em cada gabinete comunicando sobre o projeto.

7- A partir do segundo semestre todas as informações  sobre projetos e votações  serão afixadas no mural da escola.

8- É objetivo também elaborar um informativo.

Minha sugestão ao professor Eugênio e sua turma de “adotadores”  é que criem um blog para a divulgação de todas estas informações, permitindo que cidadãos que não façam parte da comunidade escolar também tenham acesso aos dados que, certamente, serão muito úteis para que se tenha uma ideia melhor sobre o desempenho dos vereadores e o trabalho realizado na Câmara Municipal de São Paulo.

Os alunos da Martim Francisco estão de parabéns pela iniciativa.

Adote um Vereador ganha versão na Assembleia

Adote um VereadorAcompanhar o trabalho do vereador Aurélio Miguel (PR-SP) motivou Mário Cesar Nogales a estender esta ação de cidadania para a Assembleia Legislativa de São Paulo. Nesta quinta-feira, ele lançou o Blog Adotei Milton Leite Filho, que fiscalizará o deputado estadual pelo DEM-SP, que está em sua primeira legislatura.

Nos primeiros posts, Nogales lista os projetos de lei apresentados pelo parlamentar desde 2007 e traz o perfil do deputado, filho do vereador Milton Leite. Curiosamente, a família Leite está na mira do cidadão, pois se o filho tem seu trabalho acompanhado por Nogales, o pai é acompanhado por Alessandro Temperini.

Aliás, foi no Blog do Adotei Milton Leite – DEM SP que tive a oportunidade de assistir ao vereador travestido de âncora de programa de televisão. Há a reprodução de vídeos do programa Sala de Visita apresentado por Milton Leite forjando entrevista com os “queridos”* representantes da cidade de Cotia e da Subprefeitura de Capela do Socorro, não por acaso região em que está centrada a base eleitoral do vereador.

* O “queridos” acima é apenas para usar adjetivo repetido todas as vezes em que o vereador se referia aos seus entrevistados.

Adote um Vereador na MTV

A campanha Adote um Vereador foi destaque no comentário político do jornalista Marcelo Soares, na MTV, que mantém o Blog E Você Com Isso, que considerou a iniciativa como uma das formas mais eficazes para se transformar o legislativo. Marcelo alerta que se você não se lixa para o político, ele também não se lixa para você. Assim, quanto mais distante do parlamento, mais gente como o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), meu conterrâneo infelizmente, conquista espaço no legislativo.

Hoje, aliás, Moraes agradeceu aos jornalistas pela divulgação que deram ao nome dele. O camarada está contando com a memória curta dos brasileiros. Ano que vem, na hora de escolher um deputado federal, talvez o nome dele se destaque entre tantos outros que estejam concorrendo, mas o eleitor não lembre mais os motivos que o levaram a aparecer na mídia.

Se você estiver atento ao trabalho no Legislativo não será vítima deste esquecimento. Adote um vereador. Adote um deputado. Adote um senador. Adote esta ideia.

Tucano critica “Adote um Vereador”, em São Paulo

Adote um VereadorIncomodado com o monitoramento feito pelo “padrinho” Angel Brizante que aderiu a campanha Adote um Vereador, o tucano Souza Santos usou seu tempo no plenário da Câmara para criticar a ação cidadã. Leia a bronca do vereador no texto transcrito do site do legislativo:

Souza Santos (PSDB) disse não concordar com a campanha “adote um vereador”, pois, em sua opinião, “se querem o ‘adotar’ que venham conhecer o seu trabalho”. E mais: “não adianta me criticar pela internet sem saber o que faço aqui dentro. Venha ao meu gabinete, conheça o meu trabalho antes.”

O que deve ter causado tal irritação no vereador foi a avaliação publicada no Blog Adotei Souza Santos na qual Angel Brizante informa que a partir de consulta no Diário  Oficial do Município e o site da Câmara “verifiquei que o vereador NÃO APRESENTOU NENHUM PROJETO de lei no mês de Abril…..Também nas atividades parlamentares: Nenhum pronunciamento, nenhum requerimento. Ou seja: Nenhuma Produção Legislativa … mas os gastos… devem ter acontecido… aguardo a publicação p/ comparar!”.

A prevalecer a ideia de Souza Santos na próxima eleição só votará nele o eleitor que comparecer na Câmara e visitar o gabinete dele. Os demais não terão capacidade para avaliar a produção legislativa.

Vai faltar voto, vereador.