Seu Nicola e a economia de água

 

Seu Nicola preserva a naturezaSeu Nicola Bachini, 78 anos, não tem medo da chuva. Usufrui dela. Assim que o tempo fecha, começa uma operação que já se transformou rotina na casa dele em Vila Primavera, bairro de Sapopemba, em São Paulo. A água que escorre do telhado vai para uma bacia no pátio. Com a canequinha em uma mão e o funil em outra, transfere a água para garrafas PETs. Tudo que for armazenado será usado no dias secos para regar as plantas. No dia em que a foto foi feita, Nicola recolheu 60 litros de água.

A obsessão do seu Nicola pela economia de água não para por aí: com o que sobra da máquina de lavar, lava o quintal; e o chuveiro fica aberto apenas o suficiente para o banho diário.

Os filhos já pensam em construir uma cisterna para tornar o trabalho do pai mais produtivo e menos cansativo. O que não entendem é a desconfiança da Sabesp que, sem acreditar no cuidado dele com o consumo de água, insiste em trocar o hidrômetro já que a conta não vai além dos 10 mil litros por mês. Trocaram três até aqui, de acordo com Clécio Bachini: “Se fazem campanha para economizar, por que desconfiam da gente ?”

Nova Marginal e a enchente na cidade

Rua alagada em SP

A construção das novas pistas da Marginal Tietê vai provocar mais alagamentos na cidade de São Paulo na opinião do engenheiro da Politécnica Roberto Massaru Watanabe, ouvido pelo CBN SP. Especializado em hidráulica fluvial, ele entende que a enchente ocorrida nesta terça, 09.09, na capital é resultado de políticas públicas que permitiram a impermeabilização do ambiente urbano. Plantar mais árvores e rever o projeto da Marginal seriam caminhos para conter o problema provocado pelas chuvas na cidade.

A entrevista com o professor Watanabe provocou uma série de comentários enviados por e-mail ao CBN SP de ouvintes-internautas concordando com a opinião dele. Publicado duas dessas mensagens:

“Ouvi a sua entrevista com engenheiro especialista em hidráulica. Na verdade, ele só veio, confirmar o que realmente, vai acontecer com marginal Tiête em virtude dessa obra que o governador juntamente com o prefeito esta fazendo. O pior de tudo isso, é que ninguém faz nada, exceto a população dos que já estão ferrados fazem algum protesto por que o resto, fazem vista grossa” José Sinval Rocha da Silva

“Que beleza a clareza de respostas e de exposição de idéias deste sr, não? E ele não está em Harvard, Sorbonne, ou qq outra faculdade do exterior. Suas pesquisas são financiadas por nossa sociedade, ele trabalha na universidade do município, é quadro nosso. Já ouvi várias vezes os pesquisadores da USP defendendo idéias semelhantes, tanto que já aprendi, vc tb. Pq nossos administradores não conseguem aprender? Talvez devessem contratar fonoaudiólogos para ajudá-los com seus problemas de aprendizado. Será que eles sofrem de TDA (Transtorno de deficit de atenção)??” Cristiane Caldeira

Ouça a entrevista com o professor e engenheiro Roberto Watanabe e dê a sua opinião, também.

Canto da Cátia: A terra que cai

 

Deslizamento em Osasco

A chuva forte, a terra deslizando, os barracos caindo e famílias mortas são cenas que ainda fazem parte do cenário brasileiro, onde as contruções irregulares e muitas vezes incentivadas por políticas públicas de habitação capengas e por homens públicos inconsequentes ainda persistem. Osasco, na região metropolitana de São Paulo, foi o último caso, mas outros mais estarão no noticiário nos próximos temporais aqui ou em qualquer região do Brasil. Durante toda a manhã, a repórter Cátia Toffoletto acompanhou o trabalho na busca dos corpos de três das crianças que estavam em um das casas que despencaram durante a terça, 09.09.


Acesse aqui outras imagens feitas pela Cátia, em Osasco, e fotos enviadas por ouvintes-internautas das consequências do temporal na capital paulista.

Xixi no banho para economizar água

Não é o Heródoto, é o mascoteA SOS Mata Atlântica lança campanha bem humorada para chamar atenção para o desperdício de água. “Xixi no Banho”, com direito a mascote de carinha engraçada, quer convencer o cidadão a diminuir o número de vezes em que dá a descarga no banheiro. Mario Mantovani, diretor da ONG, diz que a prática gera economia de 12 litros de água por dia, 4 mil 380 por ano.

Depois de entrevistar Mantovi, nosso colega Heródoto Barbeiro deu sinais de que vai aderir a campanha: Ouça entrevista e a adesão do Heródoto