Mundo Corporativo: Sérgio Zimerman, da Petz, revela as transformações e o futuro do mercado pet no Brasil

Séregio Zimerman em entrevista ao Mundo Corporativo Foto: Priscila Gubiotti

“Se alguém acha que isso é uma onda, está absolutamente equivocado. Isso aqui, na verdade, é o início de uma grande mudança em como tratar o pet”

Sérgio Zimerman, PETZ

O mercado pet no Brasil é um universo em constante expansão, representando um dos cinco maiores do mundo. E o que explica esse poder é o amor que os brasileiros têm pelos animais de estimação, na opinião de Sérgio Zimerman, CEO e fundador da Petz. À frente da maior rede de lojas do setor no país, ele destacou ainda a tendência crescente da humanização desses animais, que hoje são vistos como membros da família.

Em entrevista ao Mundo Corporativo, da CBN, Sérgio Zimerman compartilhou sua jornada de empresário e falou da importância de se adaptar às mudanças do mercado e às necessidades dos consumidores. Ao refletir sobre a evolução do setor nos últimos 20 anos, Sérgio lembra que as pessoas passaram a entender que o cachorro não era mais o animal para ficar no quintal latindo e espantando as pessoas que se atrevessem a chegar perto. Os pets começaram a frequentar outras dependências da casa e estão na cama do quarto. 

“As crianças que nasceram nos últimos 10, 20 anos são crianças que estão vendo a naturalidade do pet indo para o restaurante, indo para o hotel, sendo tratado com todos os cuidados veterinários e cuidados de higiene. Essas crianças vão casar, vão ter filhos e, seguramente, essa memória afetiva vai retroalimentar esse movimento da humanização do pet”. 

O empresário lembra da primeira experiência profissional quando teve um fusca roubado e com o cheque do seguro decidiu comprar uma fantasia de palhaço para ele e para a namorada. Foi quando começou a trabalhar com animador de festas infantis. Depois do personagem divertido se aventurou nas barraquinhas de cachorro quente, pipoca e algodão doce, trabalhou em uma adega e no setor de atacado de alimentos e perfumaria. Foi, então, que teve o “privilégio de falir”:

“Eu digo o privilégio no sentido do aprendizado. É privilégio porque eu escolhi que fosse um privilégio ver aquele insucesso se transformado numa fonte de aprendizado, numa fonte de reflexões para que no próximo negócio eu pudesse usar. E esse próximo negócio veio ,foi justamente o mercado pet”.

Hoje, a Rede Petz tem cerca de 250 lojas no Brasil e 40% das suas vendas são online, modelo que cresceu de forma exponencial durante a pandemia e segue se expandindo. O mercado de produtos para cachorros ainda é o maior, porém o de gatos tem se destacado de forma considerável, constatou Sérgio Zimerman. 

Dentre os pontos cruciais para o sucesso da rede de lojas, o empresário fala da importância de se saber contratar profissionais de qualidade:

“Um dos grandes aprendizados de vida empresarial que eu tive foi que para crescer e tornar o que a Petz ficou, eu precisei ter a clareza de contratar gente muito melhor que eu,”

Falando sobre a evolução do negócio, Sérgio comenta sobre a necessidade de adaptar-se às demandas do consumidor. Ele observa que a indústria pet tem evoluído com alimentos de melhor qualidade, refletindo o cuidado dos tutores com a longevidade e a saúde de seus animais. 

“Hoje, os pets vivem notoriamente melhor e mais”

Sobre o desafio de gerenciar diferentes aspectos do negócio pet, Zimmerman destaca a importância de ter uma equipe competente e diversificada

“Eu tive algum mérito nessa história [foi] saber contratar pessoas que flagrantemente eram melhores do que eu no que se propunham a fazer,” explica ele.

A entrevista também aborda os desafios enfrentados pelo setor pet e pelo varejo em geral, incluindo questões tributárias e a concorrência com plataformas internacionais. Sérgio destaca a importância de políticas que apoiem empresas locais, em vez de favorecerem importações que não geram empregos ou impostos no Brasil.

Finalizando, o empresário oferece um conselho valioso para aspirantes a empreendedores no setor pet: 

“Se você pensar em ter um negócio, primeiro responda a seguinte pergunta: por que eu, como consumidor, compraria no seu comércio ou no nosso prestador de serviço? Se você não conseguir dar uma boa resposta para isso, não gaste o seu dinheiro.”

Assista ao Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, todas às quartas-feiras, às 11 horas da manhã, no canal da CBN no You Tube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, domingo, às dez noite, em horário alternativo, e está disponível em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Renato Barcellos, Letícia Valente, Priscila Gubiotti e Rafael Furugen. 

Mundo Corporativo: João Paulo Figueira, da Special Dog, ensina como fazer uma transformação cultural em empresas que não têm o ESG no DNA

Photo by Cong H on Pexels.com

“Inovação é premissa para sustentabilidade” 

João Paulo Figueira, Special Dog Company

A sustentabilidade está no DNA da empresa. Quantas vezes, você já ouviu essa frase? Dezenas? Talvez, centenas de vezes! A ideia é convencer as pessoas de que a empresa nasceu predestinada a atuar dentro das normas que pautam a governança ambiental, social e corporativa — mesmo que nem sempre a afirmativa expresse a verdade. De tão comum na fala de presidentes, CEOs e gestores, quando algum líder começa a entrevista dizendo o inverso disso, ficamos surpresos. Foi o que aconteceu na conversa com João Paulo Figueira, gerente de desenvolvimento sustentável na Special Dog Company, no quinto episódio do Mundo Corporativo ESG:

“A Special Dog Company vem de uma trajetória de 21 anos e se eu falasse aqui que a sustentabilidade está no DNA da Special Dog, eu estaria mentindo”.

João Paulo disse que a ideia de sustentabilidade foi sendo construída ao longo do tempo. Em 2014, por exemplo, a empresa entendeu que a gestão voltada para o lucro e rentabilidade faria sentido se esta fosse um meio para se conquistar algo maior, se estivesse pautada na responsabilidade socioambiental, na mitigação do impacto ambiental e no aprofundamento de uma relação mais harmoniosa com as pessoas e o planeta. Um ano depois, foi criado o departamento de desenvolvimento sustentável, liderado por ele com a proposta de impulsionar uma transformação cultural no grupo, que nasceu há duas décadas na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo:

“Inicialmente (transformação cultural) do nosso público interno, dos nossos colaboradores, mas com o passar dos anos isso foi extrapolando os muros da empresa e chegando até a nossa cadeia de valor, fornecedores, clientes, a nossa comunidade”. 

Foi em 2017, que o ESG passou a fazer parte da estratégia de negócio da Special Dog, com as intenções e ações ocorrendo de forma transversal, ou seja, com cada gestor e líder assumindo a responsabilidade de incluir atitudes sustentáveis em suas áreas e ‘cascateando’ isso para todos os públicos que estão ao seu alcance.

Zootecnista por formação, tendo migrado para a área de sustentabilidade após nove anos atuando dentro de sua especialidade na Special Dog, João Paulo identifica dois movimentos que exemplificam o compromisso assumido pela empresa na agenda ESG. 

Um deles é a redução do uso da água nos seus processos e a consequente resiliência hídrica, causada por essa mudança. Até 2020, a gestão hídrica era vista de forma parcial, com o consumo de água atrelado ao volume de produção; agora, a empresa passou a olhar o consumo de água de forma absoluta, o que permite que se identifique o impacto real provocado na bacia hídrica e se tenha metas mais apropriadas para se alcançar redução no consumo de água. 

“Nós queremos aumentar em 60% o uso de fontes alternativas de água até 2025 e reduzir em 50% o uso de água potável, até 2030”.

O outro projeto destacado por João Paulo, batizado de “igual para igual”,  tem como foco a diversidade e a inclusão:

“Estamos no estágio inicial para a equidade de gênero. Assumimos um  compromisso público com a Rede Brasil do Pacto Global de avançar com o número de mulheres em cargos de alta liderança até 30%, em 2025. Nós estávamos, em 2019, com 18%, ja chegamos a 23,3%, e esperamos atingir 25% ainda este ano”.

Uma indústria voltada para a fabricação de alimentos PETs não poderia deixar de atuar em frentes que beneficiam os animais de estimação. Um dos programas desenvolvidos dentro da agenda ESG é o ‘Doe Amor’, em que a Special Dog incentiva, através de serviços de comunicação, cerca de 3 mil médicos veterinários e púbico em geral a levarem seus cães e gatos a doarem sangue, beneficiando cerca de 60 instituições, tais como hemocentros e bancos de sangue.

Já falei parágrafos acima que João Paulo é zootecnista por ‘nascença’ e gestor de sustentabilidade por ‘vivença’. A trajetória profissional dele, é motivo de inspiração para outros profissionais que estejam, neste momento, prospectando o mercado de trabalho e identificando oportunidades de emprego que o tema ESG, cada vez mais presente nas empresas, possa gerar:

“O guarda-chuva de sustentabilidade ou ESG, ele é muito amplo, então é um conhecimento genérico que é importante de entender todas as interfaces, de conhecimento, mas sem dúvida nenhuma é necessário trazer foco e priorização ao trabalho. Ter um conhecimento amplo, mas focar naquilo que tem mais sinergia com o negócio da empresa”.

Assista à entrevista de João Paulo Figueira, gerente de desenvolvimento sustentável na Special Dog Company e tutor de dois cães, a Belinha e a Pandora — das quais mantém ‘guarda compartilhada’ com a esposa e as filhas.

O Mundo Corporativo tem a colaboração do Renato Barcellos, Bruno Teixeira, Débora Gonçalves e Rafael Furugen. O programa vai ao ar, aos sábados, no Jornal da CBN; aos domingos, às dez da noite, em horário alternativo; e a qualquer momento em podcast.

Para encantar clientes, hotel oferece serviço de luxo aos cães

 

Por Ricardo Ojeda Marins

 

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Para aqueles que não podem sequer pensar na ideia de deixar seus animais de estimação em casa durante uma viagem, uma notícia perfeita: o luxuoso hotel Pera Palace Jumeirah (Istambul) lançou um novo menu, “Four Legged Luxury”, no qual oferece mimos para que os pequenos animais de estimação de seus hóspedes possam experimentar o mesmo serviço impecável que seus donos vivenciam.

 

O menu “in-room” foi especialmente desenvolvido com aprovação veterinária e inclui salmão e filé de carne bovina, entre outras coisas. Todos os pratos são preparados sem qualquer tempero ou ossos, garantindo que sejam saudáveis para os bichinhos.

 

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Projetado pelo renomado arquiteto Alexander Vallaury, o Pera Palace Hotel Jumeirah já recebeu uma impressionante lista de convidados, incluindo Ernest Hemingway, Alfred Hitchcock e Agatha Christie. Hoje, o hotel mantém o estilo clássico elegante que o tornou famoso, com características do século 19.

 

Talvez ao ler esse artigo, muitos leitores pensarão que trata-se de futilidade. A verdade é que quem tem um animal de estimação, o tem como membro da família, e existe uma relação de amor incondicional. Além disso, é incontestável que o mercado de produtos e serviços para pets cresce cada vez mais.

 

Antenado com as tendências mundiais, o Pera Palace Hotel Jumeirah, com esse programa especial, está encantando ainda mais os seus clientes, e encantar no mercado do luxo é algo que exige que as empresas não meçam esforços quando o desejo é a questão principal. O hotel está ainda empenhado em ações beneficentes e recentemente fez uma parceria com uma instituição de caridade para arrecadar fundos para um abrigo de animais abandonados nas proximidades.

 

Luxo contemporâneo e consciente!

 


Ricardo Ojeda Marins é Professional & Self Coach, Administrador de Empresas pela FMU-SP e possui MBA em Marketing pela PUC-SP. Possui MBA em Gestão do Luxo na FAAP, é autor do Blog Infinite Luxury e escreve às sextas-feiras no Blog do Mílton Jung.

Para aumentar a taxa de ocitocina dos nossos cães. E a nossa, também!

 

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Foi a ciência que nos inspirou a tratar do assunto, mas foi o coração que falou mais alto.

 

Carlos Heitor Cony e Artur Xexéo dividiram com os ouvintes do Liberdade de Expressão, quadro do Jornal da CBN, a experiência de ambos com seus animais de estimação. Foram provocados pelo estudo de pesquisadores japoneses que dizem ter encontrado em um hormônio, a ocitocina, a resposta para a ligação forte entre humanos e cães.

 

Deixando os dados científicos de lado, Xexéo já se apresentou como “cachorreiro” e daquele tipo que, ao ver um dos seus morrer, jura que nunca mais terá outro, para, em seguida, repetir a experiência. Olha ele aí com Arya:

 

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Cony foi mais longe, lembrou-se de Mila, uma cadela que, segundo o próprio, o escolheu e foi personagem de crônica escrita no jornal Folha de SP, em 1975. Até hoje, nosso cronista recebe recados de leitores querendo saber um pouco mais da “moça” que, infelizmente, já se foi.

 


Ouça aqui a nossa conversa no Liberdade de Expressão.

 

Nosso bate-papo não havia se encerrado e no meu Twitter já surgiam as imagens de dezenas de animais de estimação amados por seus donos, cada um com seu olhar e nome especiais. Foi uma sequência de lembranças e juras de amor. Coisa de chamar a atenção.

 

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No meu e-mail, recebi a mensagem do Elmano Baroncelli, do Rio de Janeiro:

 

Da indiferença à paixão. É como podemos chamar a emocionante narrativa do Cony sobre o olhar dos cachorros. Deu pra sentir vc ali no programa com agonia do tempo restrito  correndo e  sem “coragem” de interromper narrativa tão interessante e de uma pessoa que muitos esperavam frio com esse tipo de sentimento. Vivi deve ter cedido, discretamente, seu tempo para se deleitar e também se emocionar com o que estava escutando. Deu pra “ver” a cadela pedindo para voltar com ele no Karman-Ghia e não ser devolvida; deu pra sentir o carinho que ele foi adquirindo por ela. No final, até livro dedicado ela ganhou! Onde vemos a utilização muito engraçada desse “olhar sedutor” dos animais é no filme Gato de Botas com a voz do Antonio Banderas. Quando aquele gato esperto quer alguma coisa lança um olhar irresistível de coitadinho e sempre consegue o que quer! Sou daqueles caras, como disse bem o Xexéo, que quando perde o cão que estimava diz que não vai ter mais nenhum outro, mas que acaba tendo.  Estou na fase do “não quero ter mais nenhum outro”.  Se tiver – e acho que é o que vai acabar acontendo – vai ser uma cadela como a outra que perdi e vai se chamar MILA. Com certeza.

 

Com tantos interessados, na conversa, resolvi buscar nos arquivos da Folha, a coluna escrita pelo Cony. Vale a leitura:

 

Mila Cony

 

Depois de ler em voz alta, aqui em casa, Eros e Ramazzotti, meus cães de estimação, me olharam com aquele olho de quem pede uma crônica igual. Pobres coitados! Posso me comprometer em cuidar muito bem deles, mas escrever como o Cony, ninguém será capaz. Resta-me seduzi-los publicando a foto dos dois aqui no blog. Espero que ao verem este post, a dose de ocitocina aumente:

 

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