Bahia 1×1 Grêmio
Copa do Brasil – Arena Fonte Nova, Salvador/BA

Calma! Não se precipite! O título que abre esta Avalanche não se refere ao Grêmio que conquistou mais um bom resultado no desenlace da primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil. É uma referência a conversa que tive com você, caro e cada vez mais raro leitor, sobre minha experiência com a internet durante meus períodos de férias ou, para ser mais preciso, minhas aventuras para assistir ao Grêmio onde quer que eu estivesse.
Hoje, com toda a tecnologia disponível, 5G no celular, banda larga de alta velocidade e outras traquitanas que nos colocam em contato com qualquer (ou quase) parte do mundo, ainda encontramos barreiras que nos afastam do prazer de um jogo de futebol. Chuvas e raios registrados há alguns dias aqui em Ansedonia, litoral do Tirreno, onde aproveito minhas férias, teriam atingido o sinal de internet da casa — a operadora promete resolver tudo nesta quarta-feira. Além disso, aqui no alto da montanha o celular teima em navegar no velho e lento 3G, o que torna impossível assistir a imagens ao vivo.
Diante desses problemas da tecnologia e de a partida ter se iniciado às duas da madrugada, hora local, pouco me restou a fazer a não ser driblar a ansiedade, fechar os olhos, dormir e esperar por boas notícias na manhã seguinte.
Claro que não tive sucesso. Assim como algumas das nossas tentativas de ataque, ontem à noite, no Brasil, fui desarmado pelo adversário — a inquietação. De tempos em tempos, acordava e acessava o celular para saber o que estava acontecendo lá na Bahia.
Acordei algumas vezes ainda no primeiro tempo e o placar permanecia no 0 a 0, o que para mim já estaria de bom tamanho, considerando que a vaga será decidida na nossa Arena. Como minha fonte de informação era o “placar em tempo real” do Google, não soube da ausência de Luis Suárez, que sentiu dores enquanto fazia o aquecimento pré-jogo. Nem sofri com os constantes chutes a gol do adversário.
Por uma generosidade de Morfeu, após ser informado que tínhamos ido para o intervalo no 0 a 0, o sono se estendeu por mais tempo e só fui acordar quando tudo já estava resolvido — sem o sofrimento de assistir ao gol do adversário nos primeiros minutos da segunda etapa e a pressão de um time embalado pela torcida nem o prazer de comemorar mais um resultado positivo conquistado nos acréscimos.
Restou-me conferir os melhores momentos da partida que sequer foram tantos — ao menos na ótica do editor do vídeo do GE. E vibrar —- acredite, comemorei no “videotape” — com o gol de Cuiabano que concluiu nas redes, em lance que lembrou o da vitória de domingo. Uma chegada forte pela esquerda, um passe preciso de Bitello, o deslocamento de Reinaldo em direção a linha de fundo e o cruzamento dentro da pequena área. No jogo passado foi Ferreirinha quem fez as vezes de Reinaldo e Gustavo Martins as de Cuiabano. Bitello seguiu sendo Bitello.
Este Grêmio que estamos assistindo conecta muito bem a experiência e a juventude, o talento e a intensidade, a paciência e a raça que nos impedem de desistir enquanto houver um sinal de esperança. Claro que a medida que essa conexão estiver funcionando pouco importa meu sinal de internet — mas que o pessoal da TI resolva logo os problemas por aqui porque tem mais decisão nas próximas semanas.







