Avalanche Tricolor: Luan voltou!

 

Corinthians 0x0 Grêmio
Brasileiro – Arena Corinthians SP/SP

 

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Bom te ver em campo 

 

Imagino que muitos de nós queríamos sentir o gosto da vitória, nesta noite, em São Paulo. Seria a confirmação de que o time começa a retomar o rumo, uma pressão maior sobre o adversário direto ao título e a manutenção da vice-liderança. 

 

Mas vou lhe dizer uma coisa, caro e raro leitor desta Avalanche, com toda a minha sinceridade. Independentemente do placar final da partida de hoje – e o empate está de bom tamanho, tudo levado em consideração -, eu tinha um só desejo e esse se realizou no momento em que o time entrou em campo. Ver Luan de volta. E Luan voltou.

 

A perna ainda está presa e o ritmo não é o mesmo de quando sofreu a lesão e teve de ficar afastado do Grêmio. Mas se vê claramente que ao tocar na bola, Luan modifica a forma de o time jogar.  Ela chega certa no pé do companheiro, faz um traçado diferente, driblando a burocracia e permitindo mais agilidade no ataque. Os espaços aparecem e os jogadores se aproximam. Tira a carga das costas – ou dos pés – de Arthur que tem com quem dividir o domínio da bola e pode se movimentar com mais liberdade em campo.
 

 

Para quem tem a Libertadores como obsessão e a final da Copa está a apenas dois jogos, ter o time reformatado é fundamental. E Luan é quem põe o Grêmio no eixo como mostram as estatísticas: o aproveitamento chega a 79% quando ele está jogando. Vai ficar melhor ainda até a semana que vem quando teremos pela frente a primeira decisão da semifinal.

 

Jogamos melhor do que o adversário, ficamos mais com a bola no pé, demonstramos uma consistência impressionante na defesa e provocamos os lances de maior perigo no ataque. Não foi suficiente para vencer. Mas neste treino de luxo que o Grêmio fez para Libertadores, repito o que disse no início desta Avalanche, o mais importante era ver Luan em campo. E Luan voltou.

Avalanche Tricolor: foi bom, meu amigo!

 

Corinthians 0x0 Grêmio
Brasileiro – Arena Corinthians

 

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Roger em foto de arquivo (LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA)

 

Foi oxo mas foi bom, meu amigo!

 

Foi bom porque vimos o Grêmio marcando alto e pelo alto, quase sem nenhuma falha. Nossos atacantes não se furtaram de impedir que o adversário saísse jogando com tranquilidade ao pressionar a saída de bola. Enquanto a turma que ficava na nossa área foi testada o jogo todo com cruzamentos e bolas lançadas por cima. E, amigo, digo sem pestanejar: nossa turma lá de trás passou no teste.

 

Foi bom, também, porque, ao contrário do que um dos jogadores deles disse ao fim da partida, não fomos (ou viemos) a São Paulo na retranca. É curioso, meu amigo, como ainda tem quem entenda ser retranqueiro o time que marca bem e no campo todo. O Grêmio marcou bem e no campo todo. E não foi retranqueiro. Foi eficiente.

 

Foi bom, ainda, porque vimos Roger investir em nova escalação com dois jogadores que atuam mais avançados: Bobô e Bolaños. Tinha ainda Luan, Giuliano e depois Everton (sem contar Henrique Almeida), que também gostam de jogar próximo da área do adversário. E, saiba amigo, mesmo com esta gente toda acostumada ao ataque, Roger conseguiu dar consistência na marcação, graças a intensa movimentação e dedicação deles.

 

Eu sei, amigo, que poderia ter sido melhor: se aumentasse a precisão do passe, especialmente quando nos aproximamos da área adversária; se Luan atuasse à altura do futebol que lhe é peculiar; se nossos atacantes acertassem o pé no chute final.

 

Mesmo assim, insisto, foi bom. Até porque você não tem ideia da quantidade de amigo corintiano que me cerca no trabalho, aqui em São Paulo. Um tropeço contra eles e a vontade que tenho é de sumir no dia seguinte. Porque você sabe, quando o assunto é futebol, os amigos não perdoam.

 

Portanto, digo e repito, meu amigo: foi oxo, mas foi bom!