Candidata do PSTU defende fim do Senado

 

 

Ana Luiza PSTU A candidata a senador pelo PSTU de São Paulo, Ana Luiza Figueiredo, defende a extinção do Senado Federal e a revisão no número de deputados na Câmara, além de o aumento na participação popular nas decisões parlamentares. Ela foi a primeira convidada a participar da série de entrevistas promovida pelo CBN São Paulo, que irá ao ar das 10h45 às 11h.

Ana Luiza é funcionária pública e chegou sozinha ao estúdio, no centro da cidade, depois de desembarcar na estação Santa Cecília do metrô. Ao contrário dos principais candidatos, não trouxe assessores nem se apresentou com uma estrutura partidária. O PSTU tem pouco dinheiro e não pretende gastar mais de R$ 150 mil na campanha. Tão curto quanto a grana, é o tempo disponível no horário eleitoral. Os 15 minutos destinados a entrevista no CBN São Paulo é muito mais do que todos os candidatos do partido terão para falar no rádio e na TV.

Foi este o tempo que aproveitou para defender algumas das ideias socialistas que, segundo ela própria, são vistas com estranheza e preconceito pela população: calote na dívida pública, reestatização de empresas como a Vale, intervenção no sistema financeiro, entre outras.

Quanto ao fim do Senado, Ana Luiza entende que o fato de ter três vagas para cada Estado, independentemente do número de eleitores, provoca uma distorção na representatividade dos cidadãos. Ela é a favor do sistema unicameral.

Ouça a entrevista da candidata ao Senado pelo PSTU-SP, Ana Luiza Figueiredo.

Ficha Limpa pode impugnar 60 candidaturas, em SP

 

ficha-limpa-limpaApós analisar a ficha e os cadastros de 3.100 candidatos, a Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo pediu a impugnação de 1.486 registros, entre eles o do deputado federal Paulo Maluf (PPS) que concorre à reeleição. Assim como o ex-prefeito, 60 candidatos podem perder o direito de disputar esta eleição por não atenderem as exigências da Lei Ficha Limpa.

De acordo com o Procurador Regional Eleitoral de São Paulo Pedro Barbosa Pereira Neto foram apontados problemas, também, na candidatura de Paulo Skaf (PSB) ao Governo de São Paulo. O empresário não apresentou documento que comprove o afastamento dele da presidência da Fiesp dentro do prazo previsto em lei eleitoral. Neste caso, porém, o próprio procurador entende que basta o envio do documento.

Todos os pedidos de impugnação serão julgados pelo TRE-SP, tendo os candidatos ainda direito de recorrer ao TSE.

Ouça aqui a entrevista com o Procurador Regional Eleitoral de São Paulo Pedro Barbosa Pereira Neto, ao CBN SP


Agora o outro lado

A assessoria do candidato Paulo Skaf enviou nota sobre o assunto:

“O entendimento dos advogados da campanha é que a Fiesp não é entidade sindical, assim, Skaf não estaria sujeito às regras de desincompatibilização de outros órgãos sindicais. Ainda assim, por excesso de zelo, e para que não fosse alegado durante a campanha o uso da máquina da entidade em prol da candidatura, o candidato do PSB se licenciou da presidência da Fiesp dentro do prazo legal. Hoje mesmo será entregue à Justiça Eleitoral um documento com tal comprovação, com o intuito de sanar eventuais dúvidas da Procuradoria”

Procura-se governador para o DF. Quem se candidata ?

 

adoteTem de ter mais de 30 anos, título de eleitor do Distrito Federal em dia e direitos eleitorais em vigor. Se você se encaixa neste perfil, prepare-se: você pode ser o novo governador do DF.

A situação por lá está complicada. O Ministério Público Eleitoral pediu o mandato do governador preso* José Roberto Arruda devido a desfiliação dele do DEM, em fevereiro. Este é o processo mais avançado de todos que tramitam contra ele nos tribunais e deve ser julgado segunda-feira e a decisão pode ser pela cassação.

Nosso consultor para encrencas eleitorais, o advogado Antônio Augusto Mayer dos Santos – que às segundas escreve no Blog do Mílton Jung – explicou que se o TRE-DF cassá-lo a Câmara Legislativa terá de convocar eleição indireta, conforme determina o artigo 81 da Constituição Federal. É que o vice não existe mais: Paulo Otávio renunciou dias após substituir Arruda. Já estamos no segundo biênio do mandato eletivo: os governadores assumiram em 2007. E Arruda venceu a eleição de 2006 com mais de 50% dos votos eliminando a possibilidade do segundo colocado assumir em seu lugar. Ele teve 50,8% contra apenas 23,97% da candidata Maria Abadia (PSDB).

Sendo assim, convocada eleição direta, qualquer um pode se apresentar como candidato, devendo apenas cumprir os requisitos apontados na abertura deste texto. Seria interesssante, também, incluir na lista “espírito público” – mas ai parece estar pedindo de mais.

*Sim, além de governador eleito, governador em exercício, governador licenciado e outras tantas figuras que encontramos no palavreado político do Brasil, temos também o cargo de governador preso