Fiscalizem o uso do cinto de segurança

 

Por Milton Ferretti Jung

 

Sinto-me obrigado, volta e meia, a retornar a um assunto sobre o qual não gostaria de ser tão repetitivo: o lado negativo do trânsito. Faz algum tempo, numa dessas quinta-feiras da vida, nas quais, a convite do meu filho, escrevo neste blog, relatei uma pequena viagem a Tramandaí, em que estava acompanhado por Maria Helena, minha mulher. Então, ainda era de 100 quilômetros por hora a velocidade máxima, para veículos leves, na Free-Way, apelido recebido pelo trecho da BR-290 que leva às praias do Rio Grande do Sul, quando se acreditava que a rodovia fosse, realmente, permanecer free, o que não aconteceu. Subiu, hoje, para 110, tratando-se de veículos leves. Já os pesados, ônibus e caminhões, não podem (ou não deveriam) ultrapassar 90 por hora.

 

Fiquei revoltado, especialmente no retorno da viagenzinha, com os motoristas dos veículos pesados que rodavam bem acima da velocidade permitida. Afinal, com minha Tucson a 100 por hora, era ultrapassado por ônibus e caminhões. Pois bem, nos últimos dias, sem falar nos caminhões tombados ao longo de rodovias gaúchas, o que ocorre com frequência, quatro ônibus se envolveram em trágicos acidentes em estradas gaúchas. As causas desses desastres ainda não foram explicadas, mas é difícil que o excesso de velocidade não tenha estado presente.

 

Fiquei sabendo que os ônibus, fabricados antes de 1990, não estão obrigados, por lamentável falha da legislação, a oferecer cinto de segurança para os passageiros. Não me lembro quando o cintos passaram a ser acessórios obrigatórios em veículos leves. Sei, porém, que já faz muitos anos. Ora, por que os ônibus anteriores a 90 também não são forçados a se atualizarem? Caso isso não ocorra, que sejam descartados. O diabo, é que mesmo muitos condutores de automóveis dispensem o uso deste apetrecho que salva vidas. Nunca peguei um táxi, por exemplo, cujo motorista, apesar de eu estar sentado ao seu lado, me alertasse para afivelar o cinto. Se sento atrás, então, nem se fala.

 

A Polícia Rodoviária Federal, aqui no Sul, pretende, visando às viagens do carnaval, fiscalizar os ônibus a fim de tentar conscientizar motoristas e passageiros para a necessidade de usar cinto de segurança. Sem ele, basta apenas uma travada mais forte – imaginem uma queda ou trombada de qualquer tipo – para que as pessoas sejam projetadas contra os bancos que ficam à frente. Seria interessante que a PF desse uma olhada, igualmente, nos motoristas e passageiros de veículos leves.

 


Milton Ferretti Jung é jornalista, radialista e meu pai. Às quintas-feiras, escreve no Blog do Mílton Jung (o filho dele)

Viagem segura e com cinto

 

Por Milton Ferretti Jung

Mais vale prevenir do que remediar. Em se tratando de trânsito, convém lembrar, remediar nem sempre é possível. Nesse feriado prolongado, que culminou com os festejos da virada do ano, mesmo que o fato não tenha sido divulgado com destaque pela mídia do Rio Grande do Sul, a Operação Viagem Segura, realizada pela Polícia Rodoviária Federal, Comando Rodoviário da Brigada Militar e Departamento Estadual de Trânsito, foi executada com sucesso. É verdade que, apesar disso, 2012 começou com uma tragédia, cujo palco foi a Estrada do Mar. Três carros envolveram-se em acidente que provocou duas mortes. A motorista de um dos veículos estava visivelmente embriagada e não possuía carteira de habilitação. O automóvel, que ela dirigia, se chocou frontalmente contra outro veículo que, por sua vez, atingiu um táxi.

Neste réveillon, nas 60 horas em que se desenvolveu o programa preventivo criado pelas autoridades, foram aplicadas, por hora, 91 multas. Na mesma época de 2010, em que a maioria dos infratores abusou da velocidade, o número de multas foi superior: 126 por hora, em três dias de rigorosa fiscalização. Agora, falando apenas nas estradas gaúchas, controladas pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar, uma irregularidade chamou-me a atenção: foram multados 353 motoristas, porque eles ou passageiros dos veículos que dirigiam, não faziam uso do cinto de segurança. Eu imaginava que esta infração fosse das menos expressivas, mas me enganei. Ficou em segundo lugar, com 353 autuações, perdendo somente para as ultrapassagens proibidas, que levaram 484 motoristas a perder pontos na carteira de habilitação.

O motorista e o passageiro que fica ao seu lado, em geral, atam seus cintos. Os que viajam no banco traseiro, porém, porque não sabem o perigo que correm e aquele a que expõem os que estão à sua frente, não se dão ao trabalho de afivelar este verdadeiro salva-vidas. Sempre que ando de táxi, não só trato de usá-lo, mas peço a quem viaja atrás, que aperte o seu. Não quero correr o risco de ter a cervical rompida por um passageiro catapultado desse local, caso ocorra uma colisão ou, até mesmo, uma freada brusca e forte. Seja lá como for, torço para que as autoridades responsáveis pelo trânsito, em cada fim de semana, pelo menos, repitam a Operação Viagem Segura.

Milton Ferretti Jung é jornalista, radialista e meu pai. Às quintas-feiras, escreve no Blog do Mílton Jung (o filho dele)

Senta que lá vem turbulência

Por Armando Italo

Nesta semana, terça 26.05, tivemos a noticia sobre um avião da TAM, Airbus A330, que passou por forte turbulência, também conhecida como CAT – Clear Air Turbulence -, somente a meia hora de pousar no Aeroporto de Guarulhos, causando sérios ferimentos em alguns passageiros que estavam, certamente, sem os cintos de segurança afivelados e chegaram a bater seu corpo no teto do avião!

Já presenciei fato semelhante durante um voo num Electra da VARIG que fazia a Ponte Aérea Rio-São Paulo. A causa foi uma forte tempestade em formação na terminal São Paulo. Fomos pegos por uma turbulência sobre a cidade de Santos durante os procedimentos de aproximação e descida, para os pilotos, voando nas proas dos VOR REDE (RDE) e de Santana do Parnaíba (STN).

“A situação” ficou feia lá em cima! Como sou prevenido e “radical” sempre viajo com os meus cintos devidamente afivelados por precaução.
Muitos passageiros tem medo de voar. Durante a viagem o medo diminui e o passageiro fica mais relaxado. De repente os seus olhos arregalam com o som do alarme solicitando para todos colocarem os cintos. O “ding dong” ouvido pelo “atento” passageiro nada mais é do aviso para todos para atacharem o cinto de segurança, porque  vem pela frente a temível turbulência!

E agora o que fazer ?  Correr para onde? Aiiiiii meu Deus! Nada a temer, desde que algumas precauções básicas sejam tomadas, ainda com o avião no solo.

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