Cliente secreto produz cliente satisfeito

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

 

Somos clientes permanentemente. Ao usar os serviços públicos essenciais, ou ao comprar bens e serviços. Telefone, internet, TV a cabo, saúde, bancos, restaurantes, carros, imóveis, alimentos, roupas, etc. São itens necessários, e cotidianamente para adquiri-los dependemos do atendimento de vendedores. É a partir daí que começam os problemas.

 

A inegável evolução dos produtos e serviços aumentou a capacitação desejada para um bom atendimento, o que não tem ocorrido. As chances da boa experiência de compras, tão almejada pelas marcas, estão distantes da satisfação do consumidor. Quanto mais do encantamento deste comprador.

 

Além dos necessários treinamentos em vendas, do acompanhamento das estatísticas do PROCON e das pesquisas de mercado, há um caminho mais direto e bastante eficiente.

 

No ano de 1990, como sócio e diretor da CORI, empresa de moda feminina bastante focada no conceito de estilo de vida e comprometida com investimento em atendimento exclusivo e personalizado, fui surpreendido com uma matéria da Folha de São Paulo. Em chamada de primeira página registrava: “É da CORI o melhor atendimento”. O jornal tinha contratado a Buy&Test. Jovem empresa de clientes camufladas, que atuando no Shopping Ibirapuera pesquisou várias lojas das quais a CORI recebeu destaque absoluto .

 

Chamei então a entusiasmada dona da empresa de pesquisa, Stella Kochen, e após inteirar-me dos conceitos, critérios, e metodologia contratei os serviços de “espionagem”.

 

Foram dez anos de descobertas, acertos e consertos, inovações e premiações. As pesquisadoras faziam avaliação total. Da loja, da arrumação, da vendedora, da gerente. Conferiam a execução dos passos chaves das técnicas de vendas, a qualidade dos produtos, e, claro, a atitude e aparência da equipe. Cabelos, brincos, odores, mãos, unhas, esmaltes, batons, etc. A equipe de vendas, avisada e revisada, comprou a ideia do desafio de abraçar o caminho da mudança permanente e da atenção definitiva, buscando a excelência no serviço da venda. Os resultados das pesquisas eram mensalmente expostos a toda a equipe e os usávamos como treinamento e motivação. Sem punição, apenas a premiação, que levou muita gente à Nova Iorque.

 

De 1990 até hoje, Stella Kochen, acumulou extensa experiência, lidando com a prática do atendimento através de uma metodologia que configura a essência da ciência da compra. E, em outubro, a pesquisadora se apresentará como escritora. “Cliente secreto, a metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor” contará todas as facetas desta nova abordagem do velho e maltratado atendimento.

 


Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos, e escreve às quartas-feiras, no Blog do Mílton Jung

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Uma lição aprendida de pesquisa …

 

Por Julio Tannus

 

Situação 1:

 

Em fevereiro de 1990, após ter finalizado um projeto de pesquisa, estava preparando-me para atender um compromisso em Paris/França quando recebo uma comunicação urgente de uma empresa norte-americana, cliente da dita pesquisa, solicitando minha presença na matriz, em Detroit/USA, para fazer uma apresentação dos resultados.

 

Argumento que na data solicitada não seria possível atender ao chamado devido ao compromisso já assumido. De imediato recebo a seguinte comunicação: “informe-nos sobre a data de tal compromisso que tomaremos todas as providências para que, após sua apresentação aqui em Detroit, não deixe de atender ao seu compromisso”.

 

Dito e feito, após minha apresentação em Detroit, colocam-me em um voo Detroit-New York, com conexão para Paris. Já em pleno voo, meu olhar se fixa em uma senhora sentada na poltrona um pouco a minha frente. Vejo ela abrir sua bolsa e retirar um cigarro. Fica por um bom tempo martelando o cigarro sobre o polegar. E de repente, acende e dá uma tragada profunda. Imediatamente, qual um gato gigantesco, seu vizinho de poltrona, um “mariner” de quase 2 metros de altura, dá um salto e, agarrando-a pelos ombros, ergue a velha senhora. Imediatamente a tripulação intercede na situação.

 

Algumas horas depois, vejo-me num voo PanAm sentado numa poltrona de primeira classe ao lado de um executivo norte-americano, embarcado originalmente em Los Angeles. Após os drinques, caviares e camarões de praxe, eis que nos servem a refeição principal. E qual não é minha surpresa quando vejo passar na frente de meu nariz um filé atirado pelo tal executivo americano, que aos berros declara a todos que pagou uma fortuna pelo bilhete e não admite comer sola de sapato.

 

Imediatamente atende aos impropérios do empedernido executivo um comissário de bordo solícito que tenta corrigir tal situação. O executivo rechaça qualquer possibilidade de ajustes e imediatamente põe-se a escrever uma carta para o presidente da companhia aérea denunciando o fato e garantindo que ao seu retorno irá entrar com um processo na justiça.

 

O comissário de bordo resigna-se e volta sua atenção para os demais passageiros.

 

Situação 2:

 

Em abril de 1995, um executivo norte-americano, a fim de cumprir um compromisso inadiável em Roma/Itália, embarca em um vôo da Ibéria, Madri-Roma, na primeira classe. Alguns minutos após a decolagem, o comandante da aeronave informa aos passageiros que, devido a problemas técnicos, irá retornar ao aeroporto de Madrid. O executivo, aos berros declara a todos que pagou uma fortuna pelo bilhete e não admite voltar para Madrid.

 

Imediatamente atende aos impropérios do empedernido executivo o próprio comandante da aeronave, que tenta convencê-lo da sabedoria da decisão tomada. O executivo rechaça qualquer possibilidade de ajustes e imediatamente põe-se a escrever uma carta para o presidente da companhia aérea denunciando o fato e garantindo que ao seu retorno irá entrar com um processo na justiça.

 

O comandante resigna-se e volta sua atenção para a aeronave.

 

Então concluo:

 

Se desconfiamos de quem nos presta um serviço, todo imprevisto é um forte argumento para justificar a desconfiança.

 

Se contratamos um especialista de confiança é dele a responsabilidade maior pelas decisões críticas.

 

Nem sempre a rota planejada deve ser seguida a qualquer custo, o imponderável pode estar presente.

 

Mesmo o mais seguro dos meios de transporte pode sofrer desvios no seu percurso.

 

Profissional é aquele que em situações de emergência oferece caminhos alternativos para contorná-las.

 

Diante da irracionalidade exacerbada a melhor forma de contorná-la é ater-se ao racional.

 

Em processos que envolvem tecnologia e ser humano, resignação pode ser a palavra-chave para o encaminhamento de soluções.

 

Contar com o outro como forma de trabalho exige calma, paciência e sabedoria.

 

…O Cliente nem sempre tem razão!

 

Julio Tannus é consultor em estudos e pesquisa aplicada, co-autor do livro “Teoria e Prática da Pesquisa Aplicada” (Editora Elsevier), e escreve no Blog do Mílton Jung

Mundo Corporativo: Seja inesquecível para o seu cliente

 

“Excelência em atendimento é tornar-se inesquecível para o seu cliente, superar a concorrência e a expectativa do consumidor”. A definição é do professor-titular da PUC-SP de Graduação e Pós-Gradução de Marketing, Alexandre Luzzi Las Casas, que, nesta entrevista ao Mundo Corporativo, da Rádio CBN, fala das estratégias a serem implantadas no seu negócio para transformar o atendimento em diferencial competitivo. Durante a entrevista, ele responde a uma série de perguntas de ouvintes-internautas interessados em compreender como melhorar o relacionamento com os clientes e reduzir o número de reclamações recebidos pelas empresas prestadoras de serviço. Alexandre Las Casas é o coordenador do livro “Marketing em Atendimento ao Cliente”, lançado pela MBooks.

 

 

O Mundo Corporativo vai ao ar às quartas-feiras, 11 horas, no site da CBN, com participação dos ouvintes-internautas pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br e pelo Twitter @jornaldacbn. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN

Mundo Corporativo: Conquiste e preserve seu cliente

 

O comportamento do cliente e os caminhos que as organizações e empresas têm para atrair e cativar o consumidor foram temas da entrevista com Marcelo Zambon, no Mundo Corporativo. “É preciso construir um relacionamento mutuamente vantajoso”, disse Zambon, mestre em administração, especialista em marketing e um dos organizadores do livro Gestão do Relacionamento com o Cliente, lançado pela editora Cengage. Você vai saber, também, o que realmente conta na hora do cliente decidir se vai ou não fazer a compra.

O Mundo Corporativo vai ao ar toda quarta-feira, ao vivo, às 11 horas da manhã, no site da Rádio CBN, com participação dos ouvintes-internautas pelo Twitter @jornaldacbn ou pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br. Aos sábados, você ouve a reprodução no Jornal da CBN