Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: o poder que sai da boca do cliente

A propaganda mais eficiente pode não estar nas mãos de grandes agências ou nas telas mais caras, mas sim na fala espontânea de um cliente satisfeito. A persistência do velho e conhecido “boca a boca” é tema do Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, apresentado por Jaime Troiano e Cecília Russo, no Jornal da CBN.

Cecília relembrou que o termo “marketing boca a boca” começou a ser estudado academicamente na década de 1960 e ganhou corpo nos anos 1970 com o psicólogo George Silverman, que criou grupos de aconselhamento entre médicos. “Ele percebeu que as opiniões positivas de alguns influenciavam os demais”, contou. A comentarista destacou que a prática existe informalmente desde os tempos antigos, mas só mais recentemente passou a ser estruturada como estratégia de negócio. “Hoje é a base de muitos negócios que só existem por conta de indicações, recomendações estruturadas ou informais”, afirmou.

Do informal ao estruturado, o marketing boca a boca se modernizou, incorporando ferramentas digitais e se multiplicando em formatos como os vídeos de unboxing, em que consumidores mostram seus produtos e embalagens em redes sociais. “Aquilo que antes era só desembrulhar, agora vira conteúdo e gera desejo”, exemplificou Cecília.

Para Jaime Troiano, a força do boca a boca permanece mesmo diante da inteligência artificial. “IA é, entre aspas, um grande boca a boca de informações coletadas de várias fontes”, observou. No entanto, ele faz uma distinção importante: “A mágica do boca a boca original está na base confiável. Quando alguém nos dá uma dica espontânea, a gente acredita”.

Além da confiança, Jaime chamou a atenção para outro fator: a vaidade humana. “Quando você pergunta para alguém alguma coisa, o cara se sente o máximo, um professor. Isso alimenta o ego e o status daquele que está dando a informação”. Segundo ele, o baixo custo dessa cadeia de comunicação também torna o boca a boca especialmente valioso: “Vale muito a pena”.

A marca do Sua Marca

Alimentar o boca a boca é uma estratégia acessível e potente, capaz de conectar marcas e consumidores com legitimidade, custo reduzido e alto potencial de retorno.

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Um e-mail para Bel Pesce

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

Bel Pesce TED

 

Poucos minutos antes das sete horas, ao menos três manhãs por semana, levo meu filho Rodolfo, de 11 anos, ao Pueri Domus. Um trajeto de quinze a vinte minutos. Do Morumbi à Verbo Divino. Tempo precioso para um diálogo com o meu filho. O que me motiva para a jornada que se inicia. Por isso mesmo, para não interferir, ligo o rádio somente depois que o deixo na escola. A não ser naqueles dias em que estou só. E, não faz muito tempo, comecei a ouvir nestas ocasiões a interessante conversação entre o Milton Jung e a Bel Pesce. Quando logo apostei em que a forma jovem do contexto poderia facilitar o entendimento do conteúdo para o meu filho.

 

A primeira confirmação veio de cara. Liguei o rádio e assim que se iniciou o programa não veio nenhum repúdio da parte dele. Fato que me animou a repetir a experiência. Até que na semana passada atrasei a ligar o rádio e ele perguntou: “Não está na hora do caderninho da Bel?”. Contente com o resultado resolvi então comprovar a aposta inicial. E, na segunda feira, entrei no carro faltando dois minutos para as sete horas e não liguei o rádio. Ele sentou e perguntou: ”Você não vai ligar no programa da Bel?” Justamente neste dia o tema se referia ao amor e ódio aos e-mails, terminando na abordagem dos aspectos positivos de parte deles. Sugerindo então que se enviassem e-mails.

 

Motivado pelo resultado da introdução do Rodolfo ao noticiário do rádio, via Bel e Milton, resolvi colocar neste espaço, que ocupo todas as quartas, o agradecimento à contribuição de ambos. E, informar que a CBN ganha um novo ouvinte novo. Rodolfo, 11 anos, e fã do CADERNINHO DA BEL.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Milton Jung, às quartas-feiras.

Pelo direito de opinar e escolher

 

A internet nos abriu inúmeras possibilidades e democratizou a transmissão de informação e opinião. Infelizmente, este espaço nem sempre é usado da melhor maneira possível e os abusos são frequentes em especial quando bárbaros se aproveitam do anonimato. É comum identificarmos na área destinada aos comentários ofensas pessoais, baixaria e despropósitos. Em muitos casos vira terra de ninguém ou de alguém que confunde aquilo com liberdade de expressão.

Foi muito dura a luta por este direito no Brasil. Por nascimento, minha geração já se apoderou quando boa parte da violência da ditadura havia passado. Peguei, na luta estudantil, apenas o fim deste processo e me orgulho daqueles que me antecederam e foram corajosos o suficiente para encarar a situação. Sei lá se eu teria tanta.

Por tudo isso, é justo o desejo de que os fóruns abertos para discussão pública fossem mais bem valorizados, explorados de forma a agregar valor à sociedade. Sempre foi esta a minha vontade. O que parece não foi assim entendido por alguns ouvintes-internautas que acompanharam o bate-papo com minha colega Ceci Melo que precede o Jornal da CBN – quatro escreveram reclamando, acusando-me de ser contra a liberdade de expressão.

O tema principal da conversa era a decisão da Justiça que condenou o rapaz que, por ciúmes e vingança, publicou na internet fotos nuas de sua ex-namorada e usou para isso o e-mail dela. Ceci ficou incomodada com o fato de que ao ler os comentários deixados em um site havia pessoas que defendiam a atitude do ex-namorado. Disse a ela para não perder tempo com estas mensagens. Não valem a pena.

E sustento esta posição. Precisamos selecionar o que lemos ( o que vemos e ouvimos, também). É um direito nosso (meu e seu, também). Deixei de ler comentários deixados em alguns sites e o faço apenas naqueles espaços que considero mais adequados, onde sejam publicados temas qualificados menos propensos a baixaria; blogs que apresentem argumentos coerentes mesmo que defendam posições diferentes das minhas; fóruns de discussão nos quais o moderador impede palavras de baixo calão e ofensas pessoais, por exemplo.

Diga-se, reproduzo este comportamento em relação a todas as mídias: livro, jornal, rádio e TV.

Nada disso, porém, pode ser confundido com algum interesse meu em cercear as opiniões alheias. Cada um escreve o que quiser, expõe sua personalidade como achar melhor, desnuda seu espírito nas palavras que publica, e assume a responsabilidade por seus atos (apesar de muitas vezes o fazer de maneira covarde); mas eu continuarei selecionando minhas fontes.

Neste blog que escrevo, os comentários têm moderação muito mais por uma questão de segurança do sistema, pois todas as opiniões são publicadas – exceção àquelas (raras) que contenham ataques pessoais a terceiros. Com frequência respondo a cada um que me dá a honra de usar este espaço para publicar sua opinião, hábito que mantenho desde quando a interação com o ouvinte-internauta era feita apenas por e-mail (começou em 1998, na CBN).

Faço este esclarecimento pois acredito na máxima de que comunicação não é o que digo mas o que você entende. E, pelo que li nas mensagens enviadas pelos ouvintes-internautas – duas no e-mail, uma no Twitter e uma neste blog -, não gostaria de que estes e outros mais que não se pronunciaram ficassem com a impressão de que defendo qualquer tipo de censura.

Convido-os, sim, a ajudarem a qualificar este espaço democrático conquistado pela sociedade, tomando-o para si e comentando com argumento e coerência – o que, me parece, já o fazem dada a qualidade das opiniões enviadas.