Código de Defesa do Cidadão, do Eleitor e do Contribuinte

 


Por Julio Tannus

 

CODIGO

 

Vamos lutar para a constituição de um Código de Defesa do Cidadão, do Eleitor e do Contribuinte, e exigir:

 

• Redução drástica das despesas do Judiciário, Governo, Congresso e outras instâncias do Estado Brasileiro, através da diminuição de cargos e outras medidas

 

• Reforma do sistema político com propostas eleitorais claras e bem objetivas. Em caso de não cumprimento arcariam com o peso da demissão.

 

• Representação proporcional a população dos Estados da União, no Congresso Nacional Brasileiro

 

• Fim do voto de legenda

 

• Fim de acordos políticos espúrios

 

• Cargos que exigem conhecimento técnico nos governos federais, estaduais e municipais a serem preenchidos por profissionais competentes e não por políticos

 

• Fim da reeleição em todas as instâncias governamentais

 

• Trazer maior proteção a todos os contribuintes para evitar possíveis abusos na relação que atualmente é bastante problemática e desigual

 

• Redução drástica da carga tributária incidente na pessoa física dos cidadãos e cidadãs do Brasil – IRPF, IPTU, etc.

 

Vamos começar por aí!!!

 

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Julio Tannus é consultor em estudos e pesquisa aplicada, coautor do livro “Teoria e Prática da Pesquisa Aplicada” (Editora Elsevier), autor do livro “Razão e Emoção” (Scortecci Editora)

Mundo Corporativo: Percival Jatobá fala como a inovação tem tornado mais seguros os pagamentos eletrônicos

 

 

 

 

“O banco recebe uma informação dizendo que você está na latitude A e na longitude B, e o comércio se encontra em um outro local, absolutamente diferente, ele vai ter muito mais propriedade para tomar decisão … a indústria vem trabalhando muito fortemente no campo de garantir que os dados sejam corretamente carregados e que a transação ocorra da forma mais segura possível”. Desta maneira, Percival Jatobá, vice presidente de produtos da Visa do Brasil, explica como as empresas do setor de pagamento eletrônico têm atuado diante do desafio da segurança e da privacidade dos dados do cliente. Ele foi entrevistado pelo jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da radio CBN.

 

Uma das inovações que vem sendo estudadas pela empresa é a utilização dos carros conectados que podem ser usados para tornar mais simples e produtiva a relação de compra dos consumidores. Hoje já se tem tecnologia que permite que o motorista faça a encomenda de uma refeição, e, ao chegar ao ponto de venda, encontre o produto à sua espera e com o pagamento realizado, apenas pelo comando de voz. A Visa mantém, em São Paulo, um centro de inovação para promover a interação entre novos empreendedores e incentivar a busca de soluções tecnológicas.

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã, no site ou na página da CBN no Facebook. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN, e aos domingos, às 11 da noite, em horário alternativo. Colaboraram com o Mundo Corporativo Juliana Causin, Luiza Silvestrini e Debora Gonçalves.

Acabou o tempo das promessas e prefeitos eleitos terão de encarar a verdade das contas públicas

 

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O tempo está fechando em foto de Valter Santos/FlickrCBNSP

 

 

À noite, soltavam foguete pra comemorar a vitória nas urnas. Hoje cedo, os eleitos acordaram para a realidade. Ainda falam em prioridades de governo. A maioria faz o discurso da conciliação após eleição acirrada e violenta na maioria das cidades.

 

Na transição, os futuros prefeitos vão se sentar diante do orçamento escasso, da queda da arrecadação e do aumento dos gastos e terão de desenhar suas administrações a despeito das caricaturas que fizeram durante a campanha.

 

Os planos mirabolantes que conquistaram eleitores até aqui terão de ser deixados na gaveta, porque não cabem nas contas impactadas pela recessão que se iniciou há dois anos. Calcula-se que em três anos, o PIB terá encolhido 10% no país.

 

Estudo da Firjan – Federação da Indústria do Rio de Janeiro, divulgado em julho, puxou o traço do rombo dos municípios e chegou a R$ 45,8 bilhões de deficit nominal (é o saldo entre as receitas e despesas, incluindo gastos com juros, que neste caso é negativo)

 

O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) mostra que mais de 87% das cidades estão em situação difícil e crítica. Poucas escaparam da crise em condições de oferecer folga fiscal aos prefeitos eleitos. E triste daquele prefeito eleito que entender que este dinheiro que restou possa ser gasto sem responsabilidade.

 

A Confederação Nacional dos Municípios calcula que 77,4% das prefeituras estão com suas contas no vermelho.

 

Em processo que se iniciou há décadas, atendendo reivindicações de grupos políticos locais, o Brasil assistiu à pulverização de municípios com a criação de cidades em número muito aquém do necessário. Criou-se cidades e se esqueceu de oferecer condições para estas se manterem.

 

A maioria dos 5.770 municípios brasileiros não é capaz de pagar sua própria conta com o dinheiro arrecadado, depende do que entra no Fundo de Participação dos Municípios e de convênios assinados com o Governo Federal. Uma fonte e outra estão secando. O FPM é formado por 22,5% da arrecadação do IR e do IPI que caiu diante da crise e tem sido repassada em quantidade menor às cidades. Enquanto os convênios se tornam escassos em um governo que tem obrigação de ajustar as contas que, em breve, serão travadas por emenda constitucional (vide PEC 241).

 

Soma-se a esse drama a dificuldade que os prefeitos terão de aumentar suas principais fontes de arrecadação: o IPTU, o ISS e o ITBI. Seja pela carestia que atinge os contribuintes seja pelas promessas que fizeram na campanha de não mexer nas alíquotas. Há ainda aqueles que se comprometeram em assumir parte do aumento de gastos com transporte público sem repassar às tarifas. É mais custo e menos dinheiro no cofre.

 

Os prefeitos eleitos não podem alegar desconhecimento de causa. O problema nas contas públicas vem sendo alardeado há pelo menos dois anos. Portanto, se temiam falar em cortes ou controle de gastos na campanha, para não perder a eleição, espera-se que, a partir de agora, sejam honestos em assumir a tarefa de administrar com equilíbrio e sensatez as contas do município.

 

Falta de honestidade e contas descontroladas cobram um preço alto demais do cidadão. E dos políticos, também, como mostra a história bem recente do país.

Listas, muros e bons pagadores

 

Por Carlos Magno Gibrail

Innocente

Os muros, por mais que a história das civilizações demonstre que nunca funcionaram, são usados até hoje com o propósito de proteger ou de isolar. Foi assim em Berlim, está sendo no Oriente Médio. Bem, em São Paulo crescem para proteger moradores que ainda não perceberam que os bandidos chegam pela entrada social, com metralhadoras ou controle remoto.

As listas, intencionadas em premiação ou punição, dificilmente conseguem alcançar funcionalmente o objetivo inicial. Com o decorrer do tempo as de privilégios são aumentadas e as punitivas reduzidas.

Em suma, listas e muros não se sustentam, nascem com o mesmo objetivo e morrem do mesmo modo. Imprestáveis.

O Legislativo nacional acaba de aprovar o Cadastro Positivo, uma lista que pretende beneficiar os totalmente adimplentes. E, que mesmo depois de vetado pelo Executivo e receber muitas retificações, não deve beneficiar os consumidores, foco aparente do projeto.

A redução do custo do dinheiro, argumento básico do lobby do sistema financeiro é falácia, pois hoje existem vasos comunicantes afiados dentro destas entidades e o inadimplente é automaticamente identificado.

A autorização do cidadão à inclusão do seu nome no Cadastro Positivo é discutível, pois a negação levará a considerá-lo mau pagador, e ficar do outro lado do muro.

Ao permitir incluir o seu nome, estará dentro do muro, mas correndo o risco de informações financeiras particulares serem divulgadas e manipuladas para ofertas comerciais e financeiras.

A advogada Maria Inês Dolci, Coordenadora do Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) questiona: “Pessoas que atrasaram parcelas de um empréstimo não são, necessariamente, péssimos pagadores ou caloteiros. Podem ter enfrentado problemas de saúde ou desemprego. Governos caloteiam os precatórios. Estarão fora da lista positiva? E quem garante que os cadastros positivos não serão vendidos em CDs, na Rua 25 de março, em São Paulo, como as nossas declarações de Imposto de Renda?”.

Até o Estadão de domingo em seu editorial vê que a vantagem será apenas do gestor das listas. Poderá trabalhar com a segmentação de mercado, que irá informar os diferentes perfis de consumidor, gerando um banco de dados sofisticado e devastador como privacidade para os participantes na lista.
Estamos caminhando para uma dura realidade, em que o cidadão comum ficará cada vez mais exposto e imposto, enquanto os blindados pelo poder político e/ou econômico, menos sujeito a prestar contas, e, portanto, acima do muro.

Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e escreve, às quartas-feiras, no Blog do Mílton Jung


A foto deste post é do álbum digital de Funcky64, no Flickr