Liberem o caminho dos carros, por favor !

Texto publicado no Blog Adote São Paulo, que escrevo no site da revista Época São Paulo

 

Ouvi em reportagem da rádio CBN, na qual a mobilidade urbana era o tema principal, a prefeitura defendendo as restrições ao uso de caminhões na cidade. Como você deve lembrar, recentemente os transportadores de cargas foram proibidos de entrar nas marginais Pinheiro e Tietê no horário do rush, sob a alegação de que o excesso de caminhões trava o fluxo de veículos. Houve reação e para protestar deixaram de abastecer os postos de combustíveis o que gerou enorme transtorno aos motoristas de carro, em especial. Como a prefeitura não recuou, os caminhoneiros tiveram de se adaptar as condições impostas pela cidade e, hoje, é comum vermos uma fila deles estacionados no acostamento das rodovias que chegam à capital, em um comportamento que causa risco à vida das pessoas, tanto que é proibido pelo Código Brasileiro de Trânsito. Parar no acostamento apenas em situação de emergência, o que não parece ser o caso. O sindicato que representa a categoria diz que os profissionais da direção estão, também, mais expostos às quadrilhas que roubam carga e o número de assaltos aos motoristas teria aumentado, ao menos informalmente, já que a maioria preferiria não registrar Boletim de Ocorrência. Com a nova regra, as entregas demoram mais e o número de viagens diminui, o que deixou o frete mais caro, custo que, logicamente, foi parar no preço dos produtos transportados. O que mais me chamou atenção, porém, na reportagem foi uma informação passada pela prefeitura que, questionada pelos impactos no setor de transporte de cargas, se defendeu dizendo que a restrição fez reduzir o número de acidentes envolvendo caminhões. É lógico, se tiro os caminhões do caminho, a probabilidade é que os acidentes diminuam

 

Fiquei pensando como poderíamos abusar desta iniciativa para combater a quantidade de mortes que temos no trânsito da capital paulista. De acordo com a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego morreram 1.365 pessoas em acidentes no ano passado, número 0,6% maior do que em 2010. A maior parte morre em ocorrências com motocicletas, foram 512. Imagine se a prefeitura decidisse proibir a circulação de motos na cidade, provavelmente ao fim do primeiro mês teríamos reduzido a zero o número de motociclistas mortos nestas circunstâncias. Além de garantirmos a integridade dos espelhos laterais dos automóveis. Entusiasmados com os resultados logo determinaríamos que as pessoas ficassem dentro de casa, o que faria despencar drasticamente a quantidade de pedestres mortos no trânsito – foram 617 no ano passado, número 2% menor do que em 2010. Sem pedestres, eliminaríamos as faixas de segurança e os carros poderiam rodar tranquilamente pelas ruas e avenidas sem este incomodo de ter de prestar atenção se algum ingrato vai se arriscar em atravessar a rua. Sem pessoas caminhando, para que investir em ônibus e metrô? São Paulo se transformaria em cidade modelo e exemplo para o mundo no combate a violência do trânsito. E todos os nossos problemas estariam resolvidos nesta área.

 

Perdão se desperdiço parte do seu tempo de leitura com um parágrafo inteiro de ironias, mas é que sempre tenho a esperança de que os gestores de nossas cidades encontrem saídas mais criativas do que simplesmente tentar eliminar ou restringir ônibus fretados, caminhões, motos ou pedestres sempre com o objetivo de deixar o caminho livre para os automóveis.

Um prefeito para chamar de seu

 

Depois das experiências em rádio, jornal, televisão e blog só me faltava esta (como diria minha mãe): escrever em revista. E logo na última página, aquela que eu sempre respeitei tanto, onde li cronistas incríveis e histórias super interessantes. Foi o pessoal da Época São Paulo quem me proporcionou esta oportunidade, quase um ano depois de ter aberto o espaço para mim no Blog Adote São Paulo. No convite feito pessoalmente pelo Camilo Vannuci não constava a enorme ansiedade que eu teria ao começar a digitar o artigo, ato que se repetiu com irritante frequência, sem que eu conseguisse ir além do primeiro parágrafo. Falo pelos cotovelos quando o microfone está aberto, solto a palavra ao publicar no blog, mas escrever em uma revista é um baita desafio. Revistas, assim como jornais e telejornais, tem um negócio que chamam de deadline -nome apropriado a medida que muitos colegas são fuzilados quando não entregam sua reportagem no prazo determinado pelo editor. O meu se aproximava a medida que o medo aumentava. E vice-versa. O texto ficou pronto com antecedência, é bem verdade. Mas li um tanto de vezes e, por sorte e por bons editores, recebi sugestões da redação da Época até chegar a versão final. Talvez você o leia e não perceba todo este esforço e apoio, mas quero deixar registrado aqui que minha sensação foi a de um parto: com sofrimento e um prazer sem tamanho. Falei de um tema que me interessa em especial, a política local. E que, tenho certeza, lhe interessará, também, em breve. Afinal, em 2012 vamos escolher um novo prefeito para a cidade de São Paulo, de preferência um prefeito para chamar de seu.

Leia a crônica “Um prefeito para chamar de seu” acessando o Blog Adote São Paulo

Cidade limpa: campanha para acabar com saco plástico

 

Em duas semanas, a cidade de São Paulo começará mobilização para acabar com um costume bastante antigo e prejudicial ao meio ambiente: o uso de sacolas plásticas, estas que costumam decorar os aterros sanitários, córregos e rios e levam até 100 anos para se decompor. A Associação Paulista dos Supermercados – APAS iniciou conversa com o prefeito Gilberto Kassab DEM para que seja lançada campanha semelhante a realizada na cidade de Jundiai, interior paulista, onde, em um ano, se conseguiu reduzir em até 95% a distribuição dessas sacolinhas, mesmo sem haver uma lei proibindo o comércio de usá-las.

Na capital, a lei que obriga a extinção da sacola plástica no mercado deveria entrar em vigor em 1º de janeiro, mas foi suspensa em caráter liminar a pedido do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo. Como até agora a prefeitura, que teria este direito, não recorreu da decisão da Justiça, não parece interessada em levá-la à frente. Em contrapartida, aceitou a proposta dos supermercadistas de convidar o consumidor a colaborar com o meio ambiente dando preferência às sacolas retornáveis. Parece acreditar mais na conscientização do que na proibição pura e simples que atrapalharia alguns setores do comércio. Sem contar que é dos supermercados que saem em torno de 90% das sacolas.

O dia marcado para as sacolinhas desaparecerem dos cerca de 1.200 supermercados paulistanos é bastante significativo, 25 de janeiro, aniversário da cidade. A campanha “Vamos tirar o Planeta do sufoco” da prefeitura e da APAS tem um mês e meio para convencer o paulistano a abandonar prática comum, ainda hoje, quando cada morador, em média, usa 67 sacolas descartáveis por mês nas compras. Sabe o que isso significa: 664 milhões de sacolas por mês ou oito bilhões de sacolas por ano – algo como 30 mil toneladas de plástico.

Leia a reportagem completa no Blog Adote SP, na revista Época SP

Paulistano perde um mês por ano no trânsito

 

Cruzamento insano

O paulistano perde mais tempo nos congestionamentos e na fila do ônibus, e anda cada vez menos a pé. E, neste cenário, considera que problema do trânsito está se agravando na cidade. Estas são algumas da conclusões da quinta edição da pesquisa sobre mobilidade urbana encomendada pela Rede Nossa São Paulo ao Ibope apresentada nessa quarta-feira, véspera do Dia Mundial Sem Carro.

Após ouvir 805 pessoas, o Ibope identificou que o tempo médio de deslocamento gasto no trânsito diariamente passou de 2h42 em 2010 para 2h49 em 2011. 19% dos entrevistados disseram que perdem mais de 4 horas nos congestionamentos que também atrapalham a vida de quem depende do transporte público. Comparado a pesquisa do ano passado, mais pessoas dizem que aumentou o tempo de espera nos pontos de ônibus. Se antes 34% tinham esta percepção, hoje 47% pensam assim. Com resultados como esse não é de se surpreender que mais da metade (55%) considera o trânsito péssimo.

Durante apresentação dos dados, Oded Grajew, coordenador da Rede Nossa São Paulo, disse que “é como se as pessoas passassem um mês por ano no trânsito”.

Leia post completo no Blog Adote São Paulo, da revista Época SP

Semana da Mobilidade começa nas calçadas

 

Calçada na Barata Ribeiro

Todos nós somos pedestres diz a campanha da CET que promove o respeito as faixas de segurança (muito bem-vinda, por sinal). Busca alertar para o fato de que o mesmo motorista que põe em risco a vida do cidadão quando não para antes de uma faixa, a qualquer momento terá de atravessar a avenida a pé e será alvo do mesmo comportamento. Fico pensando se o prefeito Gilberto Kassab e seus assessores prestaram atenção nesta ideia. Não me parece, dada a falta de prioridade que os mesmos têm quando o tema é a principal via usada pelos pedestres: a calçada.

Sei que ao ler este primeiro parágrafo (se é que alguém o lerá), o pessoal da comunicação da prefeitura vai disparar uma resposta com uma dezena de dados tentando provar o contrário. Pode mandar, mas não vão me convencer. E duvido que convençam qualquer outro paulistano que tenha tido a necessidade de caminhar na cidade, por menor que seja o percurso. É lamentável o estado de boa parte dos 32 mil quilômetros de calçadas que temos (não calculo aqui os que não temos e deveríamos). Pior mesmo apenas a situação para aqueles que têm dificuldades próprias de locomoção. Cadeirantes e deficientes visuais, por exemplo. Idosos, sem dúvida. E, até mesmo, a saudável mãe de recém-nascido, que sabe quanto é complicado empurrar o carrinho do bebê de uma esquina a outra.

De tanto caminhar e reclamar nos mais variados fóruns – Câmara, Ministério Público, audiências públicas, ONGs, seminários, etc -, a gerontóloga Asuncion Blanco se transformou em porta-voz dos pedestres. Hoje, é coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo e coleciona uma quantidade enorme de fotografias e casos incríveis de calçadas mal cuidadas. “Costumo dizer que as calçadas de São Paulo não fazem a curva, você tem um pedaço correto aqui, mas você não consegue fazer a curva sem encontrar um problema”, me falou em conversa que tivemos sobre a abertura da Semana da Mobilidade, nesta sexta-feira, dia 16.09, no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo, às 9 e meia da manhã. Não por acaso, os pedestres, ao lado dos ciclistas, serão o centro do primeiro debate de uma série que se encerrará no dia 22 de setembro, o Dia Mundial Sem Carro.

Leia a reportagem completa no Blog Adote São Paulo, da revista Época SP

Acompanhe aqui a programação da Semana da Mobilidade.

Controle o vereador, antes que ele controle você

 

Vereador discursa e plenario não presta atenção

Já está no ar, meu artigo semanal noi Blog Adote São Paulo, publicado no site da revista Época São Paulo. Nesta semana, falo da nossa relação com a Câmara Municipal, avanços e barreiras que o cidadão tem encontrado na Casa. Destaquei o trabalho da rede Adote um Vereador, a avaliação do Movimento Voto Consciente e ações da Rede Nossa São Paulo. Aqui reproduzo apenas alguns parágrafos, o texto completo você lê acessando aqui. Deixe lá, também, o seu comentário.

Na contramão desses, a Mesa Diretora da Câmara fechou acordo com a Rede Nossa São Paulo e vai fazer consulta pública para identificar as prioridades do cidadão paulistano. Com base nos resultados do IRBEM – Indicadores de Referência de Bem-Estar 2011, coletados pelo Ibope, uma comissão da Rede e da Câmara apresentará temas de interesse da cidade para que o paulistano defina as prioridades. O resultado pautará, a partir do segundo semestre, a criação de projetos de lei, emendas e o papel fiscalizador do vereador.

Assim, associa-se a ação parlamentar com a demanda do cidadão, reduzindo, provavelmente, a apresentação de projetos de baixo impacto e pouco interesse, prática comum que prejudica a avaliação dos vereadores – no trabalho do Voto Consciente este quesito é o que tem o maior peso. “São cerca de 700 projetos por ano, a maioria sem importância”, diz Sonia Barboza, uma das fundadoras da ONG.

Evidentemente, transformar as ideias apresentadas pela população em lei dependerá do desejo político dos partidos, mas desrespeitar essa demanda se transformará em enorme risco eleitoral aos vereadores, em 2012.

Cada vez mais, a sociedade tem criado mecanismos para fiscalizar os parlamentos. Em São Paulo, há dois anos, a rede do Adote um Vereador convida o eleitor a escolher um dos 55 vereadores da cidade e a acompanhar o trabalho dele, de forma crítica, publicando as informações em blogs.

CONVITE

Neste sábado, dia 9 de abril, o Adote um Vereador SP se encontra no bar do Pátio do Colégio, no centro da capital, das 14 às 16 horas. É um bate-papo sem nenhuma formalidade, muita conversa e entusiasmo aberto a qualquer pessoa interessada em colaborar com a rede seja com atos ou ideiais. Seja bem-vindo.

Contra promessas, Mapa de Rotas é saída para bicicleta

 

Bicicleta na pista

Foi com satisfação que comecei a ler a entrevista do secretário municipal de Desenvolvimento Urbano Miguel Bucalem, na Época São Paulo, edição de março, que está nas bancas. A manchete era convidativa: “Os carros serão usados apenas como opção de lazer”. Era do tipo pingue-pongue, pergunta e resposta, e logo soube que estão nos planos da prefeitura a entrega de 100 quilômetros de ciclovias até 2012, melhoria da circulação dos pedestres e novos corredores de ônibus, além de um planejamento voltado para 2020.

Quatro páginas e 18 perguntas depois caí na real. Ao ser perguntado sobre o que realmente seria entregue até o fim deste ano, Bucalem tascou: “O Complexo Padre Adelino – três viadutos com intersecções que levarão os motoristas provenientes de ambos os sentidos da Radial Leste a acessar a Avenida Salim Farah Maluf”. Motoristas de carro, é lógico.

E as ciclovias? Nem alguns metros dos quilômetros sugeridos? Quem sabe uma faixa exclusiva para os ônibus? Ou ruas privilegiando o pedestre?

Nada disso será contemplado em 2011. Mas, calma, tudo faz parte dos planos para a cidade.

Foi aí que lembrei de um experiente e pragmático editor de política da TV Cultura, Rui Rebelo, cansado de ouvir políticos prometendo maravilhas para dali quatro, cinco, dez anos: “jogue para o futuro e você nunca vai errar”, dizia ele, apostando no esquecimento do cidadão e da mídia para as promessas de médio e longo prazos.

A cidade dos nossos sonhos com ambiente urbano organizado, mobilidade garantida e carros como opção de lazer – assim dito pelo secretário à Época SP – estão na promessa deste e dos governos anteriores. Enquanto isso, confinamos os ciclistas a uma faixa que grita em tinta vermelha no asfalto que só deve ser usada domingo das 7h às 14h.

Leia este post completo no Blog Adote São Paulo, na Época São Paulo

Debate reúne diretores das 6 melhores escolas do Enem

 

A educação é o tema que mais preocupa o eleitor paulista. Pesquisa do Ibope havia constatado esta realidade e, enquanto converso com os candidatos ao Governo de São Paulo, fica evidente o interesse pelo tema nas mensagens enviadas pelos ouvintes-internautas. Lamento apenas que todo o debate esteja voltado para a progressão continuada que se transformou em bode expiatório para o maus resultados obtidos pelas escolas públicas.

Hoje à noite, terei oportunidade de enxergar outra realidade. Estarei mediando debate promovido pela Época São Paulo que vai reunir os diretores dos seis colégios paulistanos com melhor desempenho no Enem2010. O encontro é uma das etapas de reportagem produzida pela revista com o tema “Em busca da escola perfeita” e será aberto ao público que poderá participar ao vivo ou por e-mail. Estarão no encontro os diretores do Vértice, Objetivo, Móbile, Santa Cruz, Bandeirantes e Instituto Federal de SP.

A Época SP pretende ajudar os pais na definição de critérios para a escolha da escola mais apropriada para a educação de seus filhos. Assim, “o debate passará por temas que têm a ver com a construção de um ensino médio ideal: infraestrutura, laboratórios, educação humanística, valor de mensalidade, carga horária, ambiente escolar, convivência com o diferente, tendência a priorizar exclusivamente a preparação para o vestibular, entre outros”, como explica o editor Camilo Vannuchi.

O debate será hoje, às sete da noite, na sede da Editora Globo (Av. jaguaré, 1485). Para quem pretende assistir ao encontro a inscrição pode ser feita no e-mail rsvpeventos@edglobo.com.br. Para perguntas, use o e-mail cvannuchi@edglobo.com.br e coloque a palavra “Debate” no campo do assunto.

Contaminação e zoneamento no caminho do Piritubão

 

CBN SPO Ministério Público Estadual abriu inquérito civil, sexta-feira, para investigar as informações de que o terreno no bairro de Pirituba, onde se planeja construir o estádio de São Paulo para a Copa de 2014, está contaminado e em área estritamente residencial. O promotor de Justiça Raul de Godoy pediu que a Cetesb que apresenta laudo sobre as condições ambientais encontradas no local seja entregue em 30 dias e prevê que o inquérito seja concluído em seis meses.

Ouça a entrevista com o promotor Raul de Godoy.

Acompanhe outras informações da pauta do #CBNSP:

Condomínio Legal – A Justiça do Trabalho em São Paulo permitiu que uma empresa de telecomunicação não cumprisse a lei que exige contratação de pessoas com deficiência. A alegação é que falta mão e obra qualificada. Empresas com mais de 100 funcionários precisam oferecer ao menos 5% de suas vagas a deficientes. O comentarista Cid Torquato disse que o caso revela a necessidade de se melhorar o acesso a educação e sugere lei que incentive contratações de pessoas com deficiência por empresas de pequeno e médio porte. Acompanhe o comentário.

Esquina do Esporte – A derrota do São Paulo para o Vitória, na Bahia, preocupa muito mais pela atitude da equipe em campo do que pelo resultado em si. O Corinthians, por sua vez, tende a se manter líder do Campeonato Brasileiro a medida que tem apresentado um futebol produtivo. Ouça outras opiniões de Paulo Massini e Mário Marra, comentaristas da CBN, que participaram do quadro de esportes do CBN SP, para comentar os resultados da 9a. rodada do Brasileiro.

Época SP na CBN – O uruguaio Jorge Drexler é um dos destaques musicais da semana. Ele se apresentará, sexta-feira, no Via Funchal, e alguns setores estão com ingressos esgotados. Ouça as outras dicas do Rodrigo Pereira, no CBN SP