Por Abigail Costa
Marianne me pediu um favor, daqueles irrecusáveis.
As malas estão prontas (quer dizer umas três peças estão dentro de uma, a outra vai vazia e o resto se traz de lá), mas não tenho ideia do que fazer. Destino, ai aí aí, Nova York. ADORO.
Usei sem exagero umas quatro, cinco horas, colocando no papel o que já tinha feito por lá e o que valia a pena recomendar.
Primeiro a lista, vai gostar, tem que ver, tem que comprar.
Lugares. A parada obrigatória é no High Line, um parque suspenso, numa área de uma antiga linha de trem, o primeiro desse tipo no país, a nove metros de altura da rua Gansevoort. A localização é perfeita. No badalado distrito de Meatpacking, com lojas e gente descolada. Além de funcionar como mirante na cidade – do alto se vê o Rio Hudson, Estátua da Liberdade e o Empire State – o lugar é perfeito para um brunch – piquenique mesmo. Antes de subir, passe em uma das lojinhas no andar de baixo e compre delícias. Quando o pedido é feito “to go” vem numa cestinha. Super-fofa !
E a lista continua. Agora nos cosméticos (não vou colocar nome de loja, não faço publicidade de graça, aliás nem pagando). Muitos são os departamentos recheados de cremes e afins. A novidade do momento é um rímel que promete deixar os cílios EL – grandes e largos. Um shampoo de ginseng com cereja – dá prá imaginar? – da fruta, o antioxidante; da raiz, o desestresse; e o cansaço das madeixas, até relaxei….
Seguindo: ela vai viajar com o pai (quer coisa mais aconchegante? viajar com o pai depois dos vinte e tanto de idade!) que adora comida italiana, então dicas de restaurantes que servem deliciosos raviólis com recheios a gosto, desde que o creme seja de mascarpone, e de sobremesa bolo de pistache com sorvete de creme (chocolate também cai bem).
Como ninguém é de ferro, pelo menos para as mulheres, uma bolsa. Só uma. DAQUELAS!
Antes de passar para o computador pedi ajuda para minha querida Aline, descoladérrima, das minhas, nunca acha que exagero, mas sempre que eu mereço.
Aline já tinha um roteiro de onde ir, o que comprar, pra onde olhar. Tudinho pronto.
Coloquei as minha dicas e as dela no “pacote” e entreguei a minha amiga com uma recomendação: leitura de bordo.
Me senti fazendo parte da viagem da Marianne. Mesmo sem bilhete comprado, sem reserva no hotel, eu também vou.
Quero estar ao lado dela nas entradas aos restaurantes, nas visitas aos parque, nas compras….
Fico imaginando o olhar de satisfação em comemorar o aniversário numa das cidades mais lindas do mundo junto com o que considero o mais importante no mundo: a família.
– Quer alguma coisa de lá?
- Quero!
Mari, quero muito que essa viagem seja inesquecível.
Ps. Muita fotos, por favor.
Abigail Costa é jornalista, escreve às quintas-feira no Blog do Mílton Jung e está sempre de malas prontas
